JellyPages.com

,

,

O ASTRO

O ASTRO

.

.

APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

Não, não vou sair daqui...

Não, não vou sair daqui...

0

0

.

.

.

.

domingo, 29 de agosto de 2010

SEKHMET – A DEUSA DO CASTIGO

CAPÍTULO UM – O SONHO DIVINATÓRIO

Nossa ! Que sonho horrível! Cruz! Sonhei que o meu amigo Dom Ratão
estava bem aqui mesmo em nosso querido Portal dos Sonhos e Magia
e a boa anfitriã Fada Arco-íris o recebeu com muita, mais muita alegria
por ter a plena certeza de que tenho por esse rato um amor de irmão.

Depois de tão calorosa, simpática, determinada e festiva receptividade,
Dom Ratão se transforma repentinamente num imenso e terrível gato
que só faz espalhar o terror. Parecia que tudo no sonho era algo nato.
Lembro-me direitinho desse sonho. O gato agia com muita crueldade.

Conheço muito bem Dom Ratão. Ele não é cruel, assassino, sanguinário.
Dom Ratão tem bastante lábia, é malandro, é um grande trambiqueiro,
faz qualquer traquinagem, qualquer tramóia para conseguir o seu dinheiro.

O engraçado é que na vida real está morto e enterrado esse rato ordinário.
Outra coisa absurda é a presa (rato) se transformar no seu cruel predador
e depois sair pelo Portal disseminando tudo que é típico de ato de terror.

CAPÍTULO DOIS – DECIFRANDO O SONHO DIVINATÓRIO

De uma coisa tenho certeza: esse sonho deixou-me a sensação de que algo ruim vai acontecer.
Eu vou conversar com as minhas amigas Fadas e pedir cada uma delas um palpite ou sugestão.
Depois de ouvir as fadas uma por uma, trocar ideias e dar-lhes do mundo toda minha atenção
É que terei a plena consciência daquilo que seja realmente certo e eu deva de fato fazer.

Novamente o Mago se transforma em Grilo Falante e sai pensativamente de sua residência.
De todas as Fadas que ouviu sobre o sonho, a Fada dos Sonhos foi a criatura mais coerente.
Ela disse: Grilo Falante, se o seu amigo se transforma num enorme gato assim de repente,
Não é interpretação do sonho, pois eu não sei fazer isso, apenas ouço a voz da experiência,

Ou o Dom Ratão é um poderosíssimo mago ou então ele é uma importante divindade.
Um gato grande poder ser uma onça, um tigre, um leopardo quiçá até um feroz leão.
Seu raciocínio está correto Fada dos Sonhos; agora já tenho uma plausível interpretação.

Se nós trocarmos então propositalmente do gigantesco felino do sonho a sua sexualidade
Poderemos dizer que seria uma grande gata, uma onça, uma tigresa ou leoa. Isso me arremete
Associando ainda com a onda de pavor a pensar somente nessa poderosa deusa: Sekhmet.

CAPÍTULO TRÊS – CONVOCANDO A UMA ASSEMBLEIA

Fada dos Sonhos, muito obrigado por me ajudar a entender o meu sonho,
é com base nele que eu quero convocar a todos os seres vivos do Portal
porque devamos nos preparar muito bem para um acontecimento infernal
que transformará nossa vida, ainda que acordado, num pesadelo medonho.

Grilo Falante, pela sua expressão facial e o seu tom de voz, estou muito assustada!
Você pode me adiantar alguma coisa ou só falará quando todos estiverem presentes?
Prefiro a segunda opção, uma vez que o que eu quero dizer será para todos residentes
onde todos terão que pensar numa solução que numa assembleia será referendada.

Em poucas horas o centro da floresta estava coberta por uma grande multidão
ávida para entender o porquê daquela assembleia e o que será ali decidido.
Quando o Grilo ia iniciar a assembléia, ao olhar para frente, fica estarrecido.

Não é possível! Aquele rato grande e gordo que estou vendo é o Dom Ratão?
Como pode? Ele já morreu cozido numa panela de pressão, todos sabem disso!
Antes de começar a assembleia vou chamá-lo num canto e buscar esclarecer isso.

CAPÍTULO QUATRO – DOM RATÃO

Sabia que ao me ver, você, meu amigo Grilo Falante ficaria bem assustado,
mesmo assim eu lhe peço: pare de me olhar com esses olhinhos tortos,
visto que você conhece Osíris, o deus egípcio supremo da Morada dos Mortos,
e foi por graças ou intermédio dele, sei lá, que eu, Dom Ratão, fui ressuscitado.

Grilo Falante, não estou aqui a passeio. Tenho algo bastante sério para lhe falar,
a pedido dos deuses egípcios, mas lhe direi assim que terminar a assembleia,
Porque alguma coisa me diz aqui dentro que você tem exatamente a ideia
daquilo que os deuses me mandou lhe dizer; disso eu sou capaz de apostar.

Antes do seu pronunciamento, Grilo Falante, dê-me aqui um forte abraço,
pois a saudade de você é muito grande. Vamos !Venha cá, meu amigo!
Depois quero saber tintim por tintim de tudo que aconteceu consigo.

Uma vez que a saudade foi matada, o assunto posto em dia, minhas malas eu faço
e retorno de onde eu vim antes de morrer, das estorinhas da Dona Carochinha...
Nossa! Terei um monte de coisas pra contara todos de lá, inclusive à Dona Baratinha.

CAPÍTULO CINCO – “A PODEROSA”

Seres mágicos do Portal dos Sonhos e Magia! Ouvem-me com atenção!
Eu venho tendo uns sonhos que na realidade são ruins presságios
só através de nossa união e inteligência que amenizaremos esse sufrágio
isso se falarmos, pasmem, que evitaremos o nosso querido Portal de uma extinção.


Todos estavam atentos a fala do Grilo Falante e cada vez mais incrivelmente assustados.
Está vindo para cá uma impiedosa deusa egípcia fugitiva cujo nome é SEKHMET.
Sekhmet é uma deusa muito poderosa e brava, com ela ninguém se intromete,
Nem mesmo os deuses egípcios conseguem lhe causar qualquer tipo de danos.

Ela é a deusa do castigo e quando é pra punir alguém, faz isso sem nenhum dó.
Sekhmet , além da medicina, é responsável pelo poder e divindade da figura do faraó.
Para vocês terem uma verdadeira noção da grande força que essa deusa tem,

Ela fora criada pelo deus supremo dos deuses, Rá, para punir a insolente humanidade.
O homem do antigo Egito estava ignorando, uns até desrespeitando, qualquer divindade;
magoando os deuses .Eles criaram Sekhmet . Deram-lhe carta branca para agir como convém.

CAPÍTULO SEIS - SEKHMET

Reafirmando, a deusa Sekhmet foi criada para punir os maus adeptos e os céticos.
Ela desceria incontinenti ao planeta Terra, ou seja, ao mundo de nós, mortais,
Com esse objetivo; só que a poderosa deusa Sekhmet acabou avançado os sinais
Castigando os céticos e os ardorosos fiéis, levando a medo e sofrimentos frenéticos.

Quando a Sekhmet pune alguém, ela, ás vezes, faz isso com requintes de crueldade.
Coitadinho do pobre mortal que tem a deusa do castigo pela frente como seu algoz!
A dor e o sofrimento impostos a ele será tanta que a vítima não terá nem mesmo a voz
Pois esta fugirá completamente, escondendo-se talvez para sempre na eternidade.

Cansados de tanta perversidade, os homens pedem ajuda ao deus supremo egípcio Rá
Para que a deusa do castigo voltasse ao panteão dos deuses e fosse da Terra retirada,
Porém o deus Rá disse que nem ele e também outros deuses podiam fazer nada.

Numa reunião dos deuses, eles descobriram um jeito infalível de tirá-la de lá. Em nome da fé,
haveria uma festa à Sekhmet na Terra, uma taça de sangue vermelho humano ela iria bebê-la
ao lhe ser oferecida, só que o drinque era um vinho com sonífero (um “boa noite Cinderela”).

CAPITULO SETE – A DEUSA LEOA

O plano foi executado com total sucesso. A raça humana agora se sentiu aliviada.
Voltando à Sekhmet, ela é uma deusa que tem a cabeça de leoa num corpo de gente.
No último dia de cada ano a deusa do castigo é invocada por um mago, religiosamente,
para que o faraó tenha sempre o poder divino e a figura dele por todos seja endeusada.

Nesse ritual,l o mago recita palavras dirigidas a ela sobre um tecido de linho fino.
Oferece-lhe pão, cerveja, além de um cheiroso e um ótimo incenso queimar.
Logo em seguida pega esse linho fino, dá-lhe doze nós, cada um difícil de desatar;
depois o mago dá esse linho cheio de nós a alguém, livrando este do castigo divino.

Sekhmet está vindo para cá, não sei qual é o motivo, sem ser invocada por mim,
portanto não tem jeito de preparar e entregar para todo mundo o sagrado linho.
Se não quisermos ser castigado, não sei como, teremos que seguir outro caminho.

No momento para fugir da punição da deusa Sekhmet teremos que agir assim:
toda vez que nos dirigirmos a Sekmet, a mesma deve ser por nós referenciada
devemos orar aos deuses egípcio . Assim sendo conosco não acontecerá nada.

CAPÍTULO OITO – EI-LA

Belíssima explicação, nem eu faria melhor Grilo Falante, ou devo dizer Mago Teófilo?!
Vendo o Grilo Falante abandonando a sua forma de inseto e assumindo a forma humana,
os seres do Portal ficam todos surpresos. Mago Teófilo, você a mim e mais ninguém engana
e vou mais além: Teófilo é um grande e poderoso mago, justíssimo, tranquilo e bibliófilo,

Poliglota, escritor, apaziguador, inteligentíssimo e pelos deuses Apolo e Thot protegido.
Sagaz, competente, educado, generoso, humilde, compreensivo, sistemático e esotérico,
traz consigo a serenidade no seu rosto jovial. Nunca vi na vida o Mago Teófilo colérico.
Todos que estão na sua presença são dignos de sua proteção sendo ou não por ele querido.

Já que o Mago Teófilo falou tudo sobre mim, pergunto: há alguma coisa para eu explicar?
Fada Atrevida iria fazer sua costumeira implicância quando a esperta Bruxa Maroka,
Com uma forte presença de espírito, veio e lhe tampou rapidamente a pequenina boca,

Cochichando no ouvido da fada: você está doida? Quer ser extinta ou um castigo ganhar?
Não prestou atenção no que dissera o nosso amigo Grilo falante ou o Mago Teófilo, sei lá!
Essa maldita deusa egípcia é tudo de ruim que hoje em nosso mundo encantado há.

CAPÍTULO NOVE – O PRIMEIRO CASTIGO

A presença daquela poderosa deusa tirana faz a Fada menina copiosamente chorar.
Por que você está chorando, minha flor? Até o presente momento motivo você não tinha,
mas vou lhe dar um. Estalando os dedos, a boneca que a Fada Menina segurava se esfarinha...
se você continuar chorando à-toa, será assim que as suas outras bonecas irão ficar.

Criaturas deste mundo encantado, entendam somente uma coisa: Sekhmet agora é a lei.
Não pensem jamais em faltar com respeito para comigo ou então vir me enganar,
meu nome em egípcio significa PODEROSA, isto quer dizer que quem me confrontar
vai se arrepender de ter nascido, porque nenhum pouco de dó desse infeliz terei.

Mago Teófilo, o seu castelo será a partir de agora uma das minhas muitas moradas.
Nem mesmo você poderá entrar nele sem o meu total consentimento, compreendeu?
Você irá morar no seu laboratório a espera de me servir quando for solicitado, entendeu?

Agradeça a minha benevolência por não destruir os seus livros e outras bagulhadas.
Obrigado pela sua bondade, ó deusa poderosa! Saiba que estarei sempre a sua disposição.
Permita-me levar a fada menina embora porque ela esta muito assustada com essa situação

CAPÍTULO DEZ – OS PLANOS DA DEUSA SEKHMET

Concedo-lhe mais essa benevolência. Aconselho-o a ensinar à fadinha educação e respeito
porque se ela fizer qualquer coisa que me contrarie, a fadinha me dará todo direito
de corrigi-la consoante a minha ira e você sabe que é bem curto o meu estopim.
Agradeço-lhe pelo conselho e lhe garanto que vou segui-lo ao pé da letra sim.

Pode ficar tranquila, ó deusa Sekhmet! A fada menina não lhe causará nenhum problema,
para o bem dela, o meu, de sua divindade, e de todos que habitam o nosso ecossistema.
Digo a senhora ,deusa toda poderosa, de forma resoluta: pode confiar em mim.
A Fada Menina ficará comigo no meu laboratório quietinha como um anjinho enfim.

Será vexatório para você, um grande mago, não dar conta de cuidar de uma piralha.
Sobre a fada menina considero assunto encerrado. Minha intenção aqui não é batalha,
porém se vocês me contrariarem ou quiser me enfrentarem não hesitarei , declararei guerra.

A minha estadia aqui é temporária, não sei quanto tempo, mas no momento exato
deixo o Portal dos Sonhos e Magia, vou cumprir aquilo que pretendo fazer a anos de fato:
Vingar-me daqueles idiotas mortais que habitam ignorantemente o planeta Terra.

CAPÍTULO ONZE – A BELINHA ADORMECIDA

Através da magia, o laboratório do mago foi afastado do castelo a cem metros de distância.
Isso aconteceu porque a deusa do castigo queria manter sua sagrada privacidade;
consequentemente o Mago Teófilo acabou tendo a sua também para a sua felicidade,
apesar da vontade dele para deusa Sekhmet não ter mínima importância.

Apavorada com tudo que estava acontecendo, Fada Menina parecia um zumbi em miniatura.
Fada dos Sonhos fez à infante dormir e o Mago criou um Anjo Azul para zelar pela Fadinha.
Vamos manter a Fada menina dormindo até acabar esse maldito inferno todo, coitadinha...
quando tudo passar, ela achará que foi um pesadelo e voltará com toda sua desenvoltura.

Grilo Falante ou mago Teófilo, como devo lhe chamar a partir de agora, meu amigo?
Fada dos Sonhos, essa minha nova identidade... tenho uma explicação razoável para ela,
só que para explicá-la vai demandar muito tempo, no momento temos que nos livrar daquela

deusa que está expondo o Portal dos Sonhos e magia à tirania e a constante perigo.
Chama-me do que você quiser querida Fada! Mago Teófilo ou se preferir Grilo Falante,
Sendo minha querida amiga assim como outras fadas esse detalhe é o menos importante.

CAPÍTULO DOZE - A PREOCUPAÇÃO DA DEUSA DAS FADAS

Mago Teófilo! Mago Teófilo! Por favor, me desculpe por invadir assim o seu espaço,
mas é que eu estou precisando de mais de conversar sério e urgentíssimo consigo.
Estive com os deuses egípcios, disseram-me que você é capaz de nos tirar desse perigo.
Eu sei, Fada Rhiannon,estou pensando muito no caso, mas ainda não sei o que faço ...

Não há como tirar a deusa leoa daqui na marra. Primeiro, a deusa Sekhmet é indestrutível;
segundo é que se isso acontecer, ela vai fazer surgir no Portal terríveis pragas e/ou pestes
que disseminarão muitas mortes, muitas dores. Como vamos viver com sofrimentos destes?!
Por enquanto a única alternativa é obedecer à deusa Sekhmet em tudo que for possível.

Aqui estão os sagrados papiros que contém as orações dos deuses do mundo mitológico.
Peça as fadas, mesmo não querendo adorar os deuses egípcios, que elas rezem para eles
porque, por enquanto, somente as orações ofertadas aos deuses salvarão as nossas peles.

Não provoquem a deusa Sekhmet e nem batem de frente com ela, este gesto é ilógico,
no mínimo quem o fizer estará praticando em sã consciência uma tentativa de suicídio,
pois o ataque da deusa Sekhmet é mais letal do que o mais perigoso e peçonhento ofídio.

CAPÍTULO TREZE – UM PRESENTE À DEUSA SEKHMET

Pelos deuses! Anjo Azul, acredito que acabo de ter uma idéia ma-ra vi-lho-sa!
Na cidade de Lídia, da Grécia antiga, há uma moça, uma fantástica tecelã
cujo nome é Aracne. Quem vê o trabalho dela na mesma hora vira maior fã
acreditando que a técnica da moça foi aprendida de alguma deusa, de tão esplendorosa.

Peço-lhe o seguinte favor: vai até a cidade de Lídia, traga essa grande tecelã para cá.
Sendo a deusa Sekhmet muito vaidosa, vou mandar fazer pra ela um vestido encantador.
À deusa do castigo se sentirá tão fascinada com o presente e o meu gesto de amor
que para esta vestimenta em momento algum dizer um não a deusa Sekhmet ousará.

Enquanto você, Anjo Azul, vai para Lídia, eu conversarei generosamente com a deusa leoa.
Tenho certeza de que a deusa Sekhmet ficará tão feliz que aceitará o presente numa boa
O tal agradozinho que eu intencionalmente quero e vou mandar imediatamente fazer.

Saiamos da teoria e partamos para a ação rapidamente, meu solidário anjo
O resto pode deixar comigo que um jeitinho para que tudo saia bem eu arranjo
E depois só nos resta cruzarmos os dedos com muita fé no coração e torcer.

CAPÍTULO CATORZE – FELIZ DA VIDA SEKHMET DIZ SIM

Mago Teófilo, espero que você tenha um grande motivo para vir me importunar!
Ó poderosa deusa Sekhmet! Faz uma semana que a senhora está aqui com a gente
e para demonstrar à grande divindade a alegria de tê-la na minha vida presente,
resolvi mui respeitosamente um agrado lhe fazer: um lindo vestido que a senhora vai amar.

Com medo de que a minha idéia não lhe agrade, eu decidi então não lhe fazer surpresa.
Mandei o meu ajudante, Anjo Azul, buscar Aracne, uma excepcional tecelã e costureira
que lhe fará um vestido seguido de uma coroa de rosas, extraída da mais bela roseira.
Caso a poderosa deusa não aceite, assim que a moça chegar a dispensarei, com tristeza.

Aí lhe pedirei mil perdões e que não me castigue por esta minha ousadia sem fim;
uma vez que eu tive a mais pura intenção é lhe mostrar que a venero, deusa leoa,
e ficarei com uma tremenda raiva de mim por minha tentativa fracassar assim à-toa.

Visto que é uma demonstração de carinho para comigo, só posso, mago, lhe dizer sim.
Obrigadíssimo, magnânima deusa! Uma felicidade indescritível agora em mim ressoa.
Como não quero decepcioná-la, pedirei à Fada das Flores para lhe fazer a majestosa coroa.

CAPÍTULO QUINZE – O VESTIDO

Deusa egípcia, chamo-me Aracne,sinto-me honrada em fazer para senhora um vestido!
Aqui estão os panos para que possa escolher aquele que está adequado a seu gosto.
Os tecidos que trouxe são os que existem de mais sublime hoje em dia. Eu aposto!
Daqui a três dias o presente que o fiel Mago Teófilo encomendou estará concluído.

Lindos tecidos! Não foi à-toa que sua fama é enorme! A deusa já escolheu o tecido dela?
Escolheu sim, Mago. Vou já começar o meu trabalho para entregá-lo no prazo combinado.
Você é que é a costureira, mas gostaria que o vestido fosse por este pano preto forrado.
Não tem problema. O pano combina com o tecido que a deusa escolheu para o vestido dela.

Aracne, só coloque o pano preto como forro quando o vestido tiver terminado, entendeu?
O vestido da deusa egípcia que o senhor encomendou será feito consoante a sua vontade,
Porque para mim o que interessa é que a vestimenta saia com excelente nível de qualidade.

Na hora certa você e a deusa Sekhmet entenderão o motivo desse curioso pedido meu.
Para encerrar de vez este assunto, antes de deixá-la, quero lhe confiar uma verdade:
O tecido preto não é um pano comum e sim especial e como quero agradar a divindade...

CAPÍTULO DEZESSEIS – A COROA DE FLORES

Ó poderosa deusa Sekhmet! Muito obrigado por ter aceitado o meu humilde convite,
como não conheço o gosto da senhora, fiquei com medo da deusa não gostar da coroa;
talvez não gostasse das rosas selecionadas por mim e como quero ficar consigo numa boa,
Assim como todas as fadas do Portal, peço-lhe que escolha as rosas e no que falei, acredite.

Sekhmet escolheu rosa de tudo que é cor. Quero que você ao fazer a coroa intercale as cores.
A senhora leu o meu pensamento, deusa Sekhmet! Essa era mesma a minha real intenção!
Quando Aracne me disse do tecido escolhido pela senhora, esta, de fato, era a melhor opção.
Exatamente! Estou querendo retornar ao castelo. Vamos embora então, Fada das Flores?!

Vamos sim! As rosas foram muito bem escolhidas pela senhora. Trabalho encerrado aqui!
Fada das Flores, responda-me: cadê aquela fada que é ainda uma pequena menina?
Ora vou ser honesta com a senhora. Ela foi levada dormindo pelo Mago que eu vi.

Aconselhamos a fadinha a ficar longe da deusa, uma vez que ela é muito traquina,
quando ela sair da mão do Mago, será uma lady, a grosseria dela morrerá ali,
Com isso a Fada Menina, acredito eu, terá agora pela frente uma cor- de- rosa sina.

CAPÍTULO DEZESSETE – A ENTREGA DO PRESENTE

É chegada a hora. Sekhmet estava ansiosa para ver como ficaram os seus presentes,
Também estava aflita para ver como eles ficariam no seu corpo. Imaginava-os perfeitos.
Quando os recebeu do Mago Teófilo, abriu os presentes e saiu à cata de possíveis defeitos.
Vocês duas, Fada das Flores e Aracne, estão de parabéns! Vocês duas são muito competentes.

Mago Teófilo, lindos os dois presentes. Eles são dignos de mim. Vou usá-los imediatamente.
Minutos depois de usar a nova vestimenta, começa funcionar o plano que o Mago arquitetou.
O que está acontecendo comigo? Não estou me sentindo bem! Muito fraca parece que estou.
Mago Teófilo, não fique aí parado, sua lesma! Aja rápido!Tira-me desta situação deprimente!

Eu não posso, deusa Sekhmet, daqui a pouco será sua hora de retornar à sua antiga morada.
Thot me deu um manto negro da Morada dos Mortos, disse-me pra eu usá-lo com sabedoria
Usa manto lá, em almas que querem sair à força da Morados dos Mortos. Ele Suga a energia

De quem com ele entra em contato. Sem energia, o espírito paralisa, não consegue fazer nada.
A senhora ficará assim estática por um determinado período, não sei precisar o tempo certo.
De uma coisa eu sei: quando esta paralisia cessar, não quero nem em sonho estar perto!

CAPÍTULO DEZOITO – ENCOMENDA AOS DEUSES

Você me paga, Mago Teófilo! Acertarei as minhas contas com você até no fim do mundo!
O Mago gela-se todo. Recupera-se depois e diz: futuro é algo que pode acontecer ou não.
Sekhmet mostra todo o seu ódio através do olhar, já que ela está em estágio de vegetação.
Uma hora após, nem força para olhar mais tem. A deusa egípcia entra num coma profundo.

Anjo Azul, vá ao laboratório porque a pequena Fada Menina deve acordar daqui a pouco.
Fada das Flores, ajuda-me aqui! Tire o jarro desta mesa. É nela que a deusa Sekhmet ficará.
Ela não corre risco de morte. A deusa é indestrutível. Irei para o quarto de oração que aqui há.
Pedirei aos deuses para virem buscar Sekhmet e aí sim, poderei afirmar que saímos do sufoco.

Obrigado, Fada das Flores, pela linda coroa. Caiu como uma luva. Digno de uma deusa felina.
Aracne, não sei como lhe agradecer. Atrevo-me a dizer que você é a semideusa da costura.
Se o vestido não fosse mesmo divino, a deusa Sekhmet não cairia no meu plano por ventura.


Fadas das Flores, ainda vai chegar a hora em que lhes contarei a minha vida e minha sina.
Agora não é o momento; mas numa hora oportuna darei toda explicação que me compete.
Agora com licença! Os deuses Rá e Osíris já estão aqui para levar embora a deusa Sekhmet.

O FILHO DA POETISA

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

SONETO GENETLÍACO À FADA DAS FLORES


A natureza hoje está mais colorida.
As plantas estão repletas de cores.
Sabe quem completa anos de vida?
É a nossa querida Fada das Flores.

É verdade mesmo, minha gente!
Já estava passando despercebido.
Quem aniversaria merece presente,
ainda mais sendo um ser tão querido.

Feliz aniversário, amiga Fada das Flores,
desejo-lhe do fundo do meu coração
que você tenha só coisas melhores

na sua vida como paz, saúde, alegria,
fé em Deus e dinheiro de montão,
além de um viver repleto de poesia.

O FILHO DA POETISA

P.S.: Esse poema foi um presente meu à Fada das Flores pelo aniversário da mesma.

A ESTÓRIA QUE SEI DA DEUSA DAS FADAS RHIANNON


O que vocês chamam de Rainha das Fadas, Rhiannon,
conheço-a pelos outros nomes que você não faz idéia...
no mundo que sei da mitologia greco-romana, bom!
Ela é chamada de Perséfone, Prosérpina ou Coreia..

Perséfone e nessa mitologia a jovem deusa da fertilidade,
filha da deusa Deméter ou Ceres, deusa da agricultura,
com o deus Júpiter ou Zeus, o deus supremo da divindade;
Prosérpina passou na sua vida uma triste ventura.

Num belo dia quando Coreia estava colhendo lindas flores
ela fora raptada pelo deus do inferno, Hades ou Plutão;
o que fez a sua mãe Deméter ou Ceres sofrer horrores.

Ceres pediu a Zeus que tirasse Perséfone lá do inferno,
como a moça comeu seis grãos de romã ferindo a condição
dada por Zeus à libertá-la foi condena ser esposa de Hades por todo eterno.

O FILHO DA POETISA

domingo, 15 de agosto de 2010

O DUENDE AMBICIOSO

CAPÍTULO UM – PERDENDO A VIAGEM

Esperem um pouco, Fadas! Para onde vocês estão indo?
Boa tarde, senhor duende! Eu e a Fada Arco-Íris iremos visitar o Mago.
Fada de Luz! Fada Arco-Íris! Acho melhor dessa ideia irem desistindo
porque o Mago não se faz presente, porém um convite lhes trago.

Convido vocês irem à minha casa, tomar um chazinho agora,
até bom que vocês descansam um pouco, me fazem uma visita.
Depois que tiverem revigoradas, aí sim, vocês irão embora.
O que acham do meu convite? Não veio numa hora bendita?

Olha, já perderam a viagem mesmo! Será que as duas me farão esta desfeita?
As fadas olham uma para outra e respondem uníssonas: tá bom, a gente aceita.
Os três então seguem felizes a tomar o chá da tarde tendo o duende como patrono.

O chá quentinho veio acompanhado de deliciosas torradas
Além de nela estar embutida um forte sonífero que fez com que as fadas
Caíssem imediatamente num pesadíssimo sono.

CAPITULO DOIS - A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Ao acordar do fortíssimo sono, Fada Arco-Íris se surpreende.
Ela estava colocada numa caixa pequena de vidro transparente.
Apavorada com a situação, Fada Arco-Íris grita: duende! Duende!
Tira-me já daqui! Por que você está fazendo isso com a gente?

O duende solta uma gargalhada gostosa. Você será minha galinha de ovos de ouro.
Espere um pouco! Não estou entendendo nada, seu duende! Como assim?!
Como você é ingênua, Fada Arco-Íris! Graças a você terei enfim o meu tesouro;
afinal a gente não encontra um pote de ouro quando um arco-íris chega ao fim?

“Pode tirar seu cavalinho da chuva”! Não alimentarei de jeito algum a sua ganância.
Fada Arco-Íris, menos, menos!Acho melhor deixar de lado a sua petulância!
Se você não fizer o que estou lhe mandando a sua amiga, Fada de Luz, morre.

Observe! Sua amiguinha está noutra caixa de vidro com um manto negro perto.
Fada Arco-Íris, a cor preta representa no mundo ocidental ausência total de luz, certo?
Cobrindo com ele a caixa, o manto mágico sugará a luz de sua amiga, fazendo-a perecer.

CAPÍTULO TRÊS – EM DESVANTAGEM

Se a fada de Luz morrer há outras que poderão ter a mesma sina.
Cito-lhe a Fada Dourada, a Fada Sol, a Fada Mão de Luz.
Esse mantinho mágico absorverá toda luz que a tais Fadas ilumina
e o fim de cada uma delas será em sua vida uma pesada cruz.

Pelos deuses! Onde você encontrou este buraco negro em forma de pano?
Roubei do castelo do Mago. Ele tem cada apetrecho mágico fabuloso...
Chega de blá-blá-blá! O que escolheu? A vida da Fada de Luz vai pelo cano
ou você me torna um duende do mundo mágico mais rico e poderoso?!

Infelizmente não tenho outra escolha. Tenho que ceder a sua chantagem,
mas isso terá um fim e quando conseguir reverter a sua vantagem
nós vamos ter uma séria conversa franca de igual para igual.

“Ai que me meda!” A fadinha está me ameaçando?! Que coisa feia!
Fada é para realizar desejo, pregar o amor, e não aquilo que a gente odeia,
portanto o que você falou é apenas uma bravata de cunho emocional.

CAPÍTULO QUATRO – ACORDOU A OUTRA FADA ADORMECIDA

Mesmo ainda sonolenta, ao acordar, a Fada de Luz, percebe algo estranho no ar.
Fada Arco – Íris, tem como me deixar informada de tudo que está acontecendo?
Claro que sim, mas senta primeiro porque sei que você vai se assustar!
Á medida que a Fada Arco-Íris ia falando, a Fada de luz ia cada mais se benzendo.

Amiga, estou passada! O duende parecia ser uma ótima criatura...
Pois é, Fada de Luz! Não passava de um lobo na pele de uma ovelha.
O que vamos fazer, Fada Arco-Íris, para resolver essa desventura?
Ainda não sei o que fazer. O que você me aconselha?

Para fazer um arco-íris você precisará da varinha de condão. Estou errada?
Não, você está certa! Então este será o nosso único e ideal momento.
De posse da varinha você terá que agir rápida e nos livrar dessa enrascada.

Vamos fechar assim: amanhã, na hora que esse asqueroso duende aparecer
e pedir um arco-íris, assim que ele me der a varinha mágica, agirei afinal
com a intenção de libertamos dessa situação chata de doer.

CAPÍTULO CINCO – O PLANO DEU ERRADO

Mal o dia amanhece, o ganancioso duende levanta da cama.
Caminha apressadamente ao quarto onde estão as fadas prisioneiras.
Chegando lá, pega o manto negro, joga na caixa onde fada de Luz está e proclama.
Tome a varinha de condão, Fada Arco-Íris, faça o que lhe ordeno, sem asneiras.

Fada Arco –Íris pega a varinha, aponta-a em direção à Fada de Luz e libera a magia.
O duende misturando raiva com gargalhada tira outro pano preto do bolso.
Fada Arco-Íris ficou muito assustada, pois o pano preto engolira toda a mágica energia.
Não sendo possível livrar a Fada de Luz daquele terrível e escuro calabouço.

O duende joga o paninho negro sobre a Fada Arco-Íris e a enfraquece.
Toma-lhe a varinha mágica da mão e grita bastante irritado.
Fada trambiqueira! Que pretensão mais ridícula essa de me fazer de tolo!

Já que você não quer acatar a minha ordem, dar-lhe-ei o castigo que merece.
Ficará sob pano preto. Sugará a energia, acinzentando o arco-íris deixando-o desbotado.
Vendo o seu grande sofrimento este será o meu grande real consolo.

CAPÍTULO SEIS – TUDO DE NOVO

Já que vocês duas não vão me ajudar mesmo, o jeito é deixá-las aí morrendo lentamente
sob o efeito do pano negro. Quanto às varinhas mágicas, vou quebrá-las ao meio.
Depois olhou as duas fadinhas enfraquecidas com um olhar de fúria, infelizmente.
Logo em seguida, por estar contrariado, saiu do quarto soltando um monte de nome feio.

Idiotas, dentro de um prazo de vinte e quatro horas vocês estarão mortas!
Como pode! Preferem suicidamente a morte a me tornar rico cada vez mais!
Desgraçadas! Deram-me mais trabalho, coisa que duende da minha estirpe não suporta.
Para minha sorte, existem outras fadas com mesmos poderes. Espero que não sejam iguais...

O jeito é sair e ficar esperando outras criaturinhas mágicas semelhantes a elas,
Atraí-las para cá, bancar o bonzinho, logo em seguida surpreendê-las;
Inclusive usando aquelas duas fadas imbecis que mantenho como reféns.

Depois é só pedir e ter todo o tesouro que quiser num só segundo,
Tornando-me o duende mais rico e concomitantemente mais poderoso do mundo.
Nesse momento, eu mesmo, sem modéstia nenhuma, me darei os parabéns.

CAPÍTULO SETE – NOVA AMEAÇA

Por deuses! Sinto vir do Portal dos Sonhos e Magia energias negativas e vibrações alvoroçadas.
Infelizmente isso não é bom sinal. Só há uma coisa que eu deva agora fazer:
ir in locu, ver o que de ruim está acontecendo com as minhas queridas fadas
para depois tomar a decisão mais sábia que para ocasião possa parecer.

Não posso ir como mago. Muitas fadinhas ou seres do Portal não me conheceriam assim.
Por isso o Mago se zoomorfizou no querido amigo delas, o pequenino Grilo Falante.
Como estava saindo do castelo muito, mas muitíssimo preocupado sim,
o caminho para chegar às fadas parecia ainda mais longo e distante.

Olha só quem encontro por aqui! Você é o bendito e amado pelas fadas, o Grilo Falante...
Sou eu mesmo! Como o senhor duende me conhece? Pode, por favor, me explicar?
Em que, para o senhor, eu possa parecer alguém muito importante?

É simples seu estúpido inseto! Tenho um passarinho que adora um grilo crocante,
Portanto , caso você seja incrivelmente tolo e não fizer o que eu lhe ordenar
o meu amiguinho penado terá como refeição da tarde um suculento grilo falante.

CAPÍTULO OITO – MAQUIAVÉLICO

Ah, não! De novo não!Nesse Portal só deve ter criaturas que adota a ignorância como estilo.
Grilo, seu burro! Vou ser bem claro: se não me obedecer, você vai virar comida de passarinho.
Entendeu agora seu, seu sonso! Você não tem magia, não tem tamanho, é apenas um grilo,
nem acompanhado de suas amigas mágicas está, tornando uma presa fácil estando sozinho.

Já que você vai manter a resposta negativa, sua cabeça dura, não me dá alternativa.
Pegou o gorro de sua cabeça e o jogou sobre o Grilo, tornando-o mais novo prisioneiro.
Você é que escolheu o seu triste fim de virar para o meu passarinho comida
mas antes que isso aconteça, quero aumentar ainda mais sua tristeza primeiro.

O duende leva o Grilo Falante onde estão sendo vitimadas suas amigas.
O Grilo chama pelo nome as duas fadas, mas sua atitude foi em vão.
Fadas de Luz e Arco-Íris pareciam estar sobre efeito de imensas fadigas.

Não vou perder meu tempo lhe explicando o que está acontecendo com elas.
Correto! Poupe seu tempo, duende malvado. Sei muito bem qual é explicação.
O manto negro que colocou nas fadas, está sugando toda energia delas.

CAPÍTULO NOVE – PEGO DE SURPRESA

Minha mãe! Esse grilo não é só falante não, é inteligente também!
Seu inseto sabichão! Saiba que agora na minha cabeça você fez estrago.
Como você sabe sobre o Pano preto, se não falei nada dele para ninguém?
Ora, a questão é muito simples. É que na verdade não sou um grilo e sim um mago.

Quando o duende olha em direção do grilo, fica apavorado visivelmente.
Um frio do nada surge na sua barriga. A sua fisionomia de alguém assustado
é porque no lugar do pequeno inseto, o duende ver um ser em forma de gente.
Ainda tenho suas fadas comigo, Mago, portanto fazer mal a mim, não tente.

Suas mágicas amigas estão ainda sobre o efeito dos maléficos panos...
Que panos duende? Estes que estou segurando? O mago os panos no rosto, na mão...
Por tudo que é sagrado! Esse Mago poderoso vai acabar arruinando a mim e meus planos...

Se ele destruir os meus planos não tem importância, mais tarde faço outros, sem problema.
Se ele acabar comigo... não! Não posso deixar acontecer isso comigo não!
Para salvar a sua pele, o duende pensa rápido e monta outro esquema.

CAPÍTULO DEZ – PERSUASÃO

Chorando lágrimas de crocodilo, o duende ganancioso se faz de coitado.
Por favor, seu Mago! Pelo amor que você tem aos seus amados! Não judia de mim!
Sou apenas um pobre duende que passa a vida toda sendo pelos outros humilhado,
Por isso, sem querer, sou obrigado a agir, insisto, mesmo sem querer, assim.

Ajoelho-me perante sua magnitude. Não permita que nenhum mal caia sobre mim.
Reconheço que agi mal ultimamente, mas lhe peço bem humilde: dê-me nova oportunidade!
Tenho a plena certeza de que o senhor Mago poderoso não é da minha laia.
Acredito que você me dará outra chance. Você é Mago, é nobre, quase uma divindade.

Duende, vou lhe fazer uma pergunta e quero que você seja realmente bem franco:
O que farei com estes panos negros? Cobrir-me com ele para eu saborear do meu veneno.
Errou! Se agisse assim não seria um nobre como você disse. Cada pano negro ficou branco.

Branco representa a paz, a união de todas as cores, portanto captação de luz.
As fadas serão cobertas com ele, recuperando-se da saúde de modo pleno,
voltando a viverem felizes, com amor e magia; o que lhe é jus.

CAPÍTULO ONZE

Duende, vamos cuidar do seu caso, uma vez que o das fadas já resolvi.
Mais assustado ainda, o duende se atira aos pés do Mago e lhe implora.
Por favor, seu Mago, eu sei que corretamente com as fadas não agi...
pela primeira vez em sua vida as lágrimas sinceras de arrependimento chora.

Fique de pé, duende! Não lhe farei maldade a não ser que você queira.
Muito obrigado, seu Mago! O senhor tem um bom coração. Não vai se arrepender.
Fiquei a viver errado assim, por ser um sujeito que vive sem eira e nem beira.
Não vou mais seguir o caminho do mal; mas para ter minhas riquezas o que vou fazer?

Está bom seu duende, não aquento mais ouvi-lo falar em acumular riqueza.
Não fique irritado, seu Mago! Para nós, duendes, isso é pra lá de normal;
Pensar em acumular coisas valiosas faz parte de nossa natureza,

de acordo com as nossas fortunas é que temos mais ou menos prestígio social.
Entendi, duende! Pode pedir! O que você deseja para ter e aumentar o seu tesouro?
Para você deve ser simples, Mago. Eu quero ter o dom de tudo que tocar virar ouro.

CAPÍTULO DOZE – O EFEITO REI MIDAS

Não faça isso duende! Há muito tempo atrás um rei fez isso e deu tudo errado!
Lá vem você com estorinha só pra não atender meu pedido. Era bom demais pra ser verdade!
Não é isso duende! Mas você não quer me ouvir! Só me resta satisfazer sua vontade...
faça isso, seu Mago! Garanto-lhe que deixarei o senhor e as suas amigas fadas de lado.

Quando viu que tudo em que tocava virava ouro, o duende era só gargalhada.
Que maravilha! Virei uma fonte inesgotável de riqueza. Mago, muito obrigado!
Feliz , o duende se distrai, bate no vão da porta. Leva a mão à cabeça e vira estátua dourada.
O duende não ouve o não sonoro do Mago. Acaba que pelo próprio veneno é envenenado.

Fada Arco-Íris e Fada de Luz já estavam como antes, totalmente recuperadas.
Encontram-se com o Mago e mostram-lhe as varinhas mágicas quebradas.
Dê-me as varinhas de condão, pois esse problema irei agora resolvê-lo.

Ao tocar nas varinhas, as mesmas ficam inteiriças e voltam funcionar perfeitamente.
Apontando à estátua dourada do duende o Mago diz: olha o que a ganância faz com a gente!
Tudo resolvido. Fadas, voltem em paz às suas casas, enquanto eu voltarei para o meu castelo.

O FILHO DA POETISA

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

PEQUENA NINA


Ela é uma criança travessa
e também muito pequenina
seu nome verdadeiro é Andressa,
mas apelidaram-na de NINA.

Inteligência ela tem de monte
e uma tia de alcunha Cotó,
aprendeu com o tio de Belo Horizonte*
a fazer com as rosquinhas os "olhinhos da vovó".*

Nina é elétrica como um raio
e repete igual a um papagaio
tudo aquilo que a gente faz ou diz.

Nina é uma menina sapeca,
Nina é uma menina boneca,
Nina é uma menina feliz.

O FILHO DA POETISA



(*) o tio de Belo Horizonte é o autor deste poema.
(*) "olhinho da vovó" é colocar uma rosquinha de biscoito em cada olho para eles
ficarem grandes como os olhos da avó.