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O ASTRO

O ASTRO

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APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

Não, não vou sair daqui...

Não, não vou sair daqui...

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

“LUZ! CÂMERA! AÇÃO!”


CAPÍTULO UM – A INVASÃO

“ De repente, nada mais que de repente”
o nosso Portal dos Sonhos e da magia
é povoado bem rápido por um monte de gente
pessoas que na televisão aparecem todo santos dia.

Apareceram também aquelas que ficam nos bastidores,
porém a essas ninguém presta nenhum tipo de atenção,
na verdade quem causa mesmo suspiro são os aqueles atores
que fazem papéis de um corajoso herói ou um malvado vilão.

Jamais na história o Portal fora invadido por tanta gente estrangeira!
Ninguém entendia o porquê daquela colonização de forma tão ligeira
sem comunicar ou pedir alguém se quer uma simples autorização.

Chegaram simplesmente, quebraram a rotina do encantado local,
ocuparam todos os espaços que julgaram aptos para tal...
como é sem limites essa gente de cinema e/ou televisão.

CAPÍTULO DOIS – A MANDANTE DO PORTAL

Perfeito! Esse lugar é exatamente o que pede o roteiro!
Vou fazer aqui mais um campeão de bilheterias do cinema.
Vamos filmar aqui todas as cenas externas neste local primeiro,
só depois retornaremos aos nossos estúdios. Acredito sem problema.

Mal acabou de falar, viu que cometera um ledo engano,
Pois pessoas viraram estátuas e tudo ao redor estava paralisado.
Na mesma hora uma voz feminina gritava: Vamos humano
Saia imediatamente com o seu pessoal desse Mundo Encantado!

Quem está aí! Sou de paz! Sou o diretor do filme! Podemos conversar?
Eu sou a Fada Arco-Íris, a responsável por este mágico lugar.
Como mandatária daqui eu ordeno: todos vocês, cascam fora!

Espere um pouco, Fada Arco-Íris! As coisas não podem se resolver assim!
Vamos conversar sobre o filme e se você, por acaso, achar o roteiro ruim
Eu aviso o meu pessoal que não haverá mais filme algum e vamos embora.

CAPITULO TRÊS – O FILME

Está bem! Nesse ponto você está certo. Aproveite a chance!
Não quero ouvir nenhuma mentira, somente a verdade!
Obrigado! Espere só eu recuperar os nervos. Estará a seu alcance
toda a explicação a respeito do filme, sem nenhuma falsidade.

Eu me chamo Luís Câmara Paixão. Sou um diretor renomado
Nacional e internacionalmente. O público alvo do filme é a criança.
A minha intenção é que o ele seja em grande parte aqui rodado.
O tema principal é sobre bruxa, princesa, animal falante, fada...
ou seja, seres encantados que habitam naturalmente este Portal.
Outro detalhe que você, assim como eu, achará bastante legal:
trinta por cento arrecadados pelo filme é para ajudar criança carente.

Acertamos com a UNESCO e uma conta será aberta para isso.
Como pode ver, além da arte cinematográfica temos o compromisso
De tentar melhorar a vida de vários pinguinhos de gente.

CAPÍTULO QUATRO – FADINHAS NO FILME

Bem, tudo que tinha para dizer, foi dito. O que você decide então?
Já que você vai falar de seres mágicos e ajudar as crianças... tem meu apoio!
Viu! Não sou cabeça dura! Achei ótima a sua explicação!
Apenas gostaria em nome da sensatez separar o trigo do joio.

Fada Arco-Íris, gostaria que seus amigos encantados participassem da filmagem.
Como é que é? As fadinhas virarem artistas do filmes, ou melhor, atrizes?
Correto! No filme gostaria que o ser humano interpretasse personagem
Humano, seres mágicos interpretassem seres mágicos. Eis as diretrizes.

Pela Fada Rhiannon! O Portal dos Sonhos e Magia virará um escarcéu!
Quem escolherá as fadas para o filme? Você? Eu? Uma comissão?
Ih! Esta ideia de escolher fadas para serem atrizes vai dar confusão!

Não conheço as fadas, Fada Arco-Íris, portanto, não quero cometer tal injustiça; penso
Que o mais legal é vocês escolherem entre si e chegarem para isso a um consenso,
assim acredito que estamos tomando de forma mais sóbria essa decisão.

CAPÍTULO V – FADINHAS EM MUVUCA

Fadinhas! Convoquei-as porque temos uma decisão séria a tomar!
É a respeito, Fada Arco-Íris, dos humanos artistas que aqui estão?
Isso mesmo, Fada Sol, o pessoal do cinema querem em nosso Portal filmar,
portanto o que falarei agora todas vocês têm que prestar muita atenção.

O diretor do filme quer cinco de nós trabalhando em tal fita
e somos nós que escolheremos agora entre nós quem.
Observem! O diretor deixou aqui nesta folha de papel escrita
tudo a respeito do que devemos fazer e saber sobre a filmagem.

As fadinhas ficaram num alvoroço que no Portal jamais havia visto
e as coisas saíram tanto do controle, ficando absurdamente insustentável
que as fadas passaram a se agredirem; o que não estava de modo algum previsto.

As fadas esqueceram a amizade entre si, cada uma querendo a vaga desejável,
O pensamento delas de perder a cobiçada vaga para outra não era bem quisto,
assim a Fada Arco-Íris também entrou em pânico neste contexto insuportável.

CAPÍTULO SEIS – REFORÇO À FADA ARCO-ÍRIS

Fada Arco-Íris, não vai dar para você resolver esta situação sozinha.
Espere um pouco! Quem é você? Como sabe o meu Nome? Sou Teófilo, o Mago...
Parece que você não me ouviu, Fada Arco-Íris. Quer uma mãozinha?
Guarde as suas desconfianças, Fada. Sou do bem, só amor eu propago.

Usando fortes poderes, Mago Teófilo cria paredes invisíveis entre as fadas.
A parede invisível resiste qualquer coisa mesmo, até magia.
Fada Arco- Íris ficou boquiaberta. Suas amigas estavam isoladas.
Todos que estavam naquele local não acreditavam naquilo que via.

Fada Arco-Íris, assuma o comando agora, as fadas irão agora lhe ouvir.
Deixo bem claro que assim que terminar essa tumultuada reunião
Onde tudo ficar realmente definido, cada parede irá sumir
Restando apenas cumprir o que resolveram desde então.

Obrigada, Mago Teófilo! Desculpe-me por parecer assim tão ignorante.
Não o conheço... Conhece sim, amiga! O Mago se transforma no Grilo Falante.

CAPÍTULO SETE – QUEM É O MAGO TEÓFILO

Depois o Grilo Falante volta a ser o Mago Teófilo novamente.
Meu amigo Grilante, quem fez isso com você? Não faça isto! Para onde você vai?
Fada Arco-Íris, mais tarde conversaremos. Agora prossiga com a reunião,
Vocês têm que escolher quem participará do filme. Agora sai...

Sou agora um Mago dos Deuses. Moro num castelo a sudoeste da floresta.
Retornarei caso precise de mim. Saberei qual será o momento certo.
Esses seus amigos deuses não lhe deixam em paz! Aposto que eles tiram esta
Absurda ideia depois que você deixou de ser lagarta. Cheguei perto?!

Exatamente! Naquela época era para ser feita uma eleição, só que ela não aconteceu.
Lembro sim! Só que eu não consenti naquele momento, meu querido amigo Grilante.
Era para ser escolhido se eu seria um mago, um sacerdote ou continuaria a ser eu.

Como a eleição não ocorrera, terei que vivenciar cada cargo postulante...
A escolha é minha, mas ela tem que ser tomada sábia e consciente.
Deixa-me seguir o meu destino... lembre-se: você tem um assunto pendente.

CAPÍTULO OITO – A ESCOLHA DAS FADAS

Percebendo a inutilidade de suas magias e o fato de estarem isoladas,
as fadinhas “murcharam seus fachos” e agora o contexto está propício
para que a reunião continuasse e as decisões fossem tomadas.
Agora para chegar a um consenso entre as fadas vai ser para lá de difícil.

Fadinhas! Precisamos ter para o filme cinco fadinhas selecionadas.
Já que não dá para escolher, faremos um concurso relâmpago.
Cada uma de nós interpretará um mini-texto. As cinco primeiras colocadas
irão concretizar o desejo de ser atriz que está lá no fundo do âmago.

Faremos um corpo de jurados formados pela Dona Carochinha;
a segunda jurada será a nossa querida e poética formiguinha
e por última a nossa também amiga a Guardiã da Magia.

Fada Arco-Íris, você esqueceu de chamar para fazer parte do jurado o Grilo Falante.
Não, não esqueci, Fada Primavera. Sobre o nosso querido amigo Grilante,
disse a Fada Arco-Íris com a voz embarcada, conversaremos outro dia.

CAPÍTULO NOVE – AS ESCOLHIDAS FORAM...

Todos os presentes concordaram numa boa com a sugestão
E assim sumiram do nada as fortes paredes invisíveis.
Cada fada pegou seu mini-texto para fazer sua interpretação,
Já imaginando estar ocupando uma das cinco do filme possíveis.

Cada mini-texto durava cinco minutos e as fadas se dedicaram de corpo e alma
Nas suas curtas encenações. Muitas fadas pareciam ser excelentes profissionais...
Enquanto elas se dedicavam, o corpo de jurado julgava com responsabilidade e calma
Pensando apenas em escolher as melhores fadas-atrizes e nada mais.

Eis os nomes das vencedoras depois de uma disputa tão acirrada:
Fada Rosa San, Fada das Águas, Fada azul, Fada Primavera e Fada melada;
Para as demais restaram a tristeza por não serem escolhidas.

As vencedoras não cabiam em si de tanto contentamento.
Fada Arco-Íris não conseguia tirar o Mago Teófilo do pensamento.
Tudo pronto. Agora as filmagens poderão iniciar e serem concluídas.

CAPÍTULO DEZ - MAIS UM CAMPEÃO DE BILHETERIA

Com o elenco já formado, o diretor iniciou os trabalhos.
Todos os artistas foram perfeitos no papel para os quais foram escalados.
No fim do dia os nervos já estavam em plenos frangalhos,
mas o diretor ficava muito feliz com os excelentes resultados.

Assim foi o batido da latinha. Ponto final. O filme já foi rodado.
O Portal dos Sonhos e Magia, no filme, ficou explícito que era mero cenário;
Com este disfarce se manteve em segredo o lugar onde fica o Mundo Encantado.
O filme do Luís Câmera Paixão apresentou nas bilheterias um sucesso extraordinário.

Todos que participaram do filme estavam visivelmente felizes.
Até as fadas que estrearam no cinema como sendo atrizes,
Por terem ajudado as crianças carentes do mundo inteiro.

Assim ficamos. As fadas não escolhidas continuam com a dor de cotovelo;
O Mago Teófilo (ex-grilo falante) em paz e zelando pelo Portal em seu castelo
E a Fada Arco-Íris orando pelo seu sincero amigo Grilante aventureiro.

O FILHO DA POETISA

segunda-feira, 26 de julho de 2010

MISSÃO ANGELICAL OU MATERNAL , SEI LÁ !!!


O papai do céu convocou um anjinho
para exercer com carinho a seguinte missão:
conceder à uma simples mortal
a graça divina de ser mamãe
e a dignidade de ser o alvo deste amor maternal.

O papai do céu convocou um anjinho,
Parece-me que ele aceitou a missão.
Como é que eu sei disso?
Os exames de gravidez dessa mulher
não deram positivos? Então!!!

O Filho da Poetisa

sábado, 24 de julho de 2010

AMIZADE NO MUNDO DAS FADAS

Já falei! É gastar energia à-toa! Pare já com isso,
sua feiticeira má! Pegue a sua magia e suma!
Você tem que entender que nenhum feitiço
terminará com uma amizade de forma alguma!

Amizade não é somente amor, vai muito além disso.
Sua magia contra amizade não terá reação nenhuma,
portanto vá embora já sem causar qualquer reboliço...
Ah! E limpa sua boca que está coberta de espuma.

Eu e as fadas somos amigos no sentido real da palavra.
Todo dia com união, sinceridade, carinho, a gente lavra
Os nossos corações para que a nossa amizade seja infinita.

É por isto que todos os moradores vivem felizes no Portal,
porque aqui não há condições para a propagação do mal,
uma vez que é o amor que faz essa terra ser bendita.

O FILHO DA POETISA

FADA SOL E O GRILO FALANTE


Minha querida amiga Fada Sol, que alegria
em parabenizá-la hoje por ser aniversariante.
Você trata com bastante carinho e simpatia
a este seu pequenino amigo, o Grilo Falante.

Não sei mesmo se eu tanto merecia
ter uma amiga assim tão radiante,
Que se embriaga com a minha poesia
fazendo-me sentir um poeta brilhante.

Peço sempre nas minhas orações proteção divina
A você e minha linda amiguinha, Joanna, menina
Que igual a você saboreia cada verso que componho.

Feliz aniversário para você, Fada Sol, minha amiga,
Saiba que carinhosamente o meu coração abriga
Um amor por você que de tão lindo parece sonho.

O FILHO DA POETISA

FADA SOL E O FILHO DA POETISA


Dou-lhe os parabéns minha ilustríssima amiga Fada Sol
e faço isso com muito orgulho e amor no meu coração,
Pois você é como se fosse aquele importantíssimo gol
Que me deu a infinita alegria de receber a faixa de campeão.

Ao aparecer na minha vida, transformou-a num encantador show
Que assisto de alegria chorando por não suportar tal emoção.
Sinto-me eternizado como um vistoso, grande e saudável girassol,
Que no jardim da vida, pela imponência, chama de todos a atenção.

Novamente lhe escrevo um poema que lhe parabeniza
Só que ele é uma homenagem do Filho da Poetisa
Que também quer demonstrar a você um grande carinho.

Está aí! Um singelo soneto como presente de aniversário
Onde os meus versos naturalmente têm como certo destinatário
Você e o seu olhar que para eles parecem um aconchegante ninho.

O FILHO DA POETISA

A LINGUAGEM DOS SONHOS


- Princesa! Princesa! Desculpe-me o atrevimento, por que Sua Alteza está chorando? – indaga uma linda cigana que residia naquele lugar próximo do bosque em que as duas por hora se encontravam.
A princesa parecia que jamais iria parar de chorar, por mais que a jovem cigana a consolasse. No meio de tantas lágrimas a princesa conseguiu forças para explicar o que estava acontecendo.
- Moça, tem noites que não estou conseguindo dormir direito! Tenho sonhos terríveis que me fazem acordar muito apavorada com eles! Porém há dois sonhos que todas as noites vêm e me assombram. Você tem tempo para que eu possa contá-los?
- Tenho sim, Sua Alteza! Será uma honra para mim compartilhar do seu sofrimento e espero que depois de contá-los, Vossa Alteza extirpe de vez com esta agonia do seu coração.
- Como você se chama, minha jovem?
- Eu me chamo Mahila, a cigana. – disse a jovem atentamente.
- Pois é, Mahila! Eu sou a princesa Ychy e resido num castelo que fica a um quilômetro deste bosque.
Controlando o choro e os soluços, a princesa então narra tudo sobre os seus pesadelos...
- Bem, todas as noites sonho que estou casando com um nobre. Só que ele está vestido de branco, até usa maquiagem branca; eu apareço vestida de noiva, porém a cor desse vestido é preta!
- Que horror, Princesa YchY!– falou a cigana levando uma das mãos à boca que já estava em formato de ó.
- Outro pesadelo é que entra um ladrão no meu quarto e arranca do meu peito o meu coração, limpa-o , cobre-o com um pano vermelho e depois coloca o meu coração dentro do peito dele.
- E o nobre? Não aparece nesse sonho? Esses sonhos aparecem nessa sequência que Sua Alteza me contou agora? – indagou Mahila, impressionada com os sonhos.
- Mahila, o nobre não aparece no segundo sonho; quanto à segunda pergunta, esses dois sonhos quando vêm, aparecem sempre nessa ordem. A minha agonia é que se não estiver errada, no dia do meu casamento, eu e o meu amado não chegaremos ao ápice do nosso amor, visto que seremos mortos por um ladrão. Primeiro o meu amado, depois eu...
Não aquentando mais segurar, a princesa Ychy volta ao choro compulsivo e a cigana pega carona e começa a chorar também.
Um bem-te-vi que estava indo procurar comida para seus filhotes, interrompe a sua jornada e pousa no colo da princesa e pergunta o porquê do chororô das duas beldades (a princesa e a ciganinha). Ychy não tinha mais condições de falar, então Mahila interrompe o choro e reconta a estória da princesa ao passarinho, assim como a interpretação dos pesadelos que reserva para Vossa Alteza um destino cruel.
- Posso fazer uma simples pergunta às duas? E já fazendo: por acaso as moças são entendidas em interpretação de sonhos? Se a resposta for não, por que então esse choreiro todo?
Novamente a princesa para de chorar, enquanto a Mahila encara o bem-te-vi que continua falando...
- Mahila, você ensinou-me que quando alguém tem pesadelo, pode ser a presença dos demônios dos sonhos (incubo ou sucubo), não é mesmo? Neste caso o sonho não quer dizer nada e aí vocês estão chorando à-toa!
- É mesmo, bem-te-vi! – apoiando a ideia do passarinho, Mahila se dirige á Ychy:
- Princesa, o nosso amigo penado pode estar certo. Não adianta a gente ficar aqui chorando sem ter certeza de nada. Vamos consultar quem realmente entenda de sonhos. Deixa-me pensar... Fada dos Sonhos... Morfeu, o deus grego dos sonhos...
- Mahila, seu amigo penado aqui tem outra sugestão. Não precisa ir tão longe! Aqui mesmo tem um mago chamado Teófilo, ele é portador de uma grande magia. Ele é amigo dos deuses e sabe interpretar sonhos como ninguém. O mago que lhes falei fica a três quilômetros a sudoeste daqui do bosque.
- Vamos às buscas de nossas respostas, Mahila. Você quer vir com a gente, bem-te-vi? – pergunta a princesa agora com esperança de que tudo termine bem.
- Se for com vocês, quem dará comida aos meus filhotinhos? – pergunta o passarinho em dúvida.
- Venha conosco, bem-te-vi, prometo que lhe recompensarei mais tarde!
- Não quero recompensa não, Alteza! Apenas quero que os meus filhinhos não tenham fome. Tá bom! Vou com vocês! Ao que me parece só eu é que sei o caminho certo para se chegar ao mago mesmo!
As duas moças vibram com a notícia e colocam os pés a caminho ao encontro com o mago.
- Nossa, que castelo lindo! Como faremos para entrar?
Mal a princesa fechou a boca e a enorme porta do castelo se abriu. Assim também aconteceram com as outras portas, até as nossas personagens estarem diante do mago, no local em que este trabalha.
Teófilo aparentava ser bem velho. Devia ter no mínimo uns oitocentos anos, trajava uma roupa parecendo um robe longo feito de seda na cor amarela, toda estampada com pequeninos olhos de Hórus, um Kepá, chapéu parecido com o dos cardeais, também amarelo com o símbolo do infinito grande nele, ou seja, do número oito deitado. O olho de Hórus e o símbolo do infinito eram na cor preta. O mago não tinha um fio de cabelo se quer e nem tão pouco usava óculos. O local onde Teófilo trabalhava lembrava uma imensa biblioteca com as paredes cheias de estantes nelas embutidas e sobre essas estantes, livros raríssimos e amarelecidos, porém sem nenhuma poeira. Uma mesa
enorme com os apetrechos mágicos e há um telescópio gigantesco de alcance eterno. Teófilo tem um olhar doce e uma voz grave de fazer inveja qualquer baixo de um excelente coral. As moças não sentiam medo do mago, muito pelo contrário, estavam encantadas pela tal oportunidade.
- Princesa Ychy, não precisa se preocupar com o seu futuro. Ele será digno de sua bondade, de sua realeza. – disse o mago serenamente.
- Ahn! Não estou entendendo nada! Meu futuro? Estou aqui por causa dos meus sonhos! Quero saber como faço para me livrar dos demônios dos sonhos que estão fazendo com que eu tenha toda noite pesadelo, inclusive dois deles se repetem todas as noites... não aquento mais de tanto dormir mal e acordar com o rosto amarrotado. – afirmou a princesa Ychy.
- Alteza, a senhorita está apegando a uma aparente realidade que melhor lhe apraz, no que aparentemente seja mais fácil de ser resolvida, em sua opinião. – disse o mago com firmeza, olhando a princesa com o seu meigo olhar.
- Continuo não entendendo nada, mago Teófilo! O bem-te-vi contou a estória dos tais demônios, confirmado pela jovem cigana Mahila! Não é Mahila?! – fala a princesa procurando e encontrando a sua amiga balançando a cabeça confirmando a estória.
- Bem-te-vi? Este bem-te-vi? – questiona o mago se transformando na pequenina ave.
- Então é você o bem-te-vi!... - disseram as duas amigas uníssonas e assustadas, temendo que algo de ruim pudesse acontecer a elas, uma vez que foram atraídas para lá.
- As senhoritas não precisam ficar assustadas. Não lhes farei nenhum mal. A princesa tem sonhos que a perturbam e não a deixam dormir direito. Tenho os significados desses pesadelos, se Sua Alteza não quiser a explicação, podem ir embora as duas. Vocês nunca tiveram presas aqui. – explana mago Teófilo, deixando agora Ychy e Mahila aliviadas.
- Desculpe-nos, senhor mago, pelas desconfianças é que...
-Não precisa explicar princesa. Compreendo o comportamento de vocês. Não há do que desculpar...
- Então conta-nos já, mago Teófilo! O que o senhor quis dizer que eu terei um futuro digno da minha bondade e realeza?
- O que a senhorita tem durante a noite não tem nada haver com os demônios dos sonhos, apesar deles existirem. O que Vossa Alteza tem na hora de dormir não são pesadelos e sim sonhos divinatórios.
- Como assim, mago Teófilo? – questiona Mahila querendo entender melhor tudo aquilo.
- Vou explicar às senhoritas!Não precisa repetir os sonhos para mim porque já tenho o conhecimento deles. Futuramente as coisas acontecerão na mesma sequência dos seus dois sonhos. No primeiro sonho, sua Alteza diz que está se casando vestida de preto e o seu noivo de branco. Na cultura ocidental, a cor preta simboliza morte ou ausência de. Ao casar-se de preto, significa que Vossa Alteza não está a fim de casar com este nobre, não há nenhuma química entre a senhorita e o seu noivo. A mesma coisa acontece com o seu noivo. Este nobre virá das bandas do oriente, porque é lá da cultura oriental que o branco representa o luto. Vou reforçar. A maioria dos povos ocidentais, principalmente cristão, a cor preta representa luto ou ausência de; assim como a maioria dos povos orientais escolheram o branco para representar o luto. Resumindo, os dois, Vossa Alteza e o noivo, não irão se casar e isto será de comum acordo.
- E o segundo sonho, senhor mago?! O que significa? – pergunta Ychy com olhos e ouvidos bem arregalados.
- Se no primeiro sonho o amor que lhe fora oferecido não existia e Vossa Alteza e o seu noivo por isso não quiseram se casar, no segundo o amor não virá fortuitamente. O ladrão que aparece no seu sonho na verdade será o seu
amor, a sua pessoa amada, a sua alma gêmea. Ninguém suspeita de uma pessoa de alto poder aquisitivo poder cometer algum furto, embora isso não corresponda à realidade, mas para efeito de estereótipo e simbologia do seu sonho, esta máxima está valendo; ou seja, o seu amado será uma pessoa oriunda da camada popular, um plebeu. Ele aparece no seu sonho como ladrão por puro preconceito seu, da sua família real e da corte em si. O seu amado entra no seu quarto e arranca-lhe o coração, isso significa que a princípio você não aceitará esse amor e resistirá em aceitar amá-lo. A partir daí o seu amado fará de tudo para conquistá-la e conseguirá, tanto é que ele entrará no seu quarto. O quarto representa a nossa individualidade dentro da família, do lar. O ladrão não sai procurando pelo castelo onde fica o seu quarto, ele sabe; se ele sabe é porque ou você mostrou onde fica o seu mundinho ou você já o levou lá. Resumindo: agora ele tem o seu consentimento, mesmo que você queira disfarçar. O rapaz rouba o seu coração, limpa-o e o coloca num pano vermelho. Tirar o seu coração e limpá-lo significa que o preconceito que o seu amor tem por ele chegou ao fim, não existe mais, portanto ele (o coração) já aceita claramente esse amor que já se transformou em paixão, representado aqui pelo pano vermelho (vermelho na cultura ocidental representa o amor, o sexo e a paixão). Nesta noite vocês se amarão plenamente em todos os sentidos. A partir daí Sua Alteza e ele terão um amor recíproco, por isso que ele coloca o coração de Vossa Alteza no peito dele, simbolizando que você agora faz parte dele e vice- versa. – acredito que já terminei com a explicação do seu outro sonho.
- Espera um pouquinho mago! Entendi direito?! Não vou casar com um nobre e sim com um plebeu e depois de vencermos o preconceito, eu e o plebeu nos casaremos! –disse a pensativa princesa.
- Nossa Alteza, que estória linda! – falou a cigana encantada com que ouvira.
- Princesa, esqueci de dizer o velho jargão.
- Qual, grande mago?
- Que vossa alteza, além de casar com esse plebeu, viverá feliz para sempre – disse o mago à Alteza encerrando o assunto.
- Mago Teófilo, será que vou me casar também e viver feliz para sempre?! – indagou a cigana Mahila em tom de brincadeira.
Todos os presentes acabaram caindo na gargalhada.

O FILHO DA POETISA

quinta-feira, 22 de julho de 2010

AMIGO GRILO


Duas fadas estão envolvidas
Com o sumiço das suas amigas
A Melada faz vários razantes
Procurando as desaparecidas

Arco-Íris na busca incessante
Não descansa suas lindas asinhas
Sempre com um sorriso confiante
Chama todas fazendo suas rimas

Eis que surge um matuto elegante
Nosso amigo o Grilo Falante
Que no afã de tentar ajudar
As fadinhas a se reencontrar

Vai em busca do elo perdido
Encontrando o mel escondido
No final do arco colorido
E a magia então faz sentido

Iluminou-se o Portal nesse instante
E sorrindo o tal Grilo Falante
Boa vindas veio desejar
Às fadinhas que estão a voltar


Fada Melada & Bernadette Moscareli

domingo, 18 de julho de 2010

OS PERIGOS DO MUNDO ENCANTADO


Fada Azul, estou tristinho consigo,
pois estou no seu mundo encantado
e até agora você não está comigo
para eu me sentir bem resguardado.

Dizem que onde tem fadas há bruxa...
Vá que apareça uma bem malvada
e me transforme numa pequena garrucha
velha e completamente enferrujada;

Ou então um enorme e terrível ogro
force bem a barra para ser o meu sogro,
Porque a minha vida só será poupada
Se eu me casar com a sua horrenda filha.

Vá que apareça um pássaro em pena e osso
Lamba o bico ao me ver, considerando-me seu almoço;
Ou então apareça alguém correndo bem desembestado
E pise em mim, deixando-me pastosamente esmagado

Fada Azul, considero-a minha grande amiga
Apareça já porque estou perdendo a paciência
O medo se apossa de mim trazendo-me uma forte dor de barriga
E aí não quero ser responsabilizado pela fétida consequência.

O FILHO DA POETISA

PROCURA: FADA AZUL E FADA MENINA II


Minha amiga Fada Melada,
O que deixa minha mente encafifada
É que as fadas Azul e Menina sumiram do nada
Parecendo forte feitiço de gente muito malvada.

Quem é que teria feito isso?
Que magia fora usada que provocara tal sumiço?
O que fazer para acabar com esse terrível feitiço?
Era já para o Portal estar num tremendo reboliço!

Se as fadas Azul e Menina aparecessem agora as colocaria de castigo
Diria às duas que isso não é coisa que se faça a um verdadeiro amigo
E caso elas tivessem em apuro, ajuda-la-ias sair de qualquer perigo.

Mas elas sumiram sem deixar para nós um recadinho se quer,
Deixando um monte de porquês sem que ninguém possa responder,
Concomitante a tristeza que insiste em nosso coração aparecer.

O FILHO DA POETISA

domingo, 11 de julho de 2010

ENCANTAMENTO

Tenho agora uma amiga que é uma fada
igualzinho ao do menino- herói Peter Pan
Trago-a no meu coração bem guardada
Como o pôster de um ídolo de um fã.

Esta minha nova amiga muito encantada
Está no meu hoje e eternamente amanhã,
Tornou a minha vida bem mais iluminada
E a meus desencantos em uma coisa vã.

Fada Azul, não sou e nunca fui de circunlóquio:
- A que devo a honra de sua mágica amizade,
Se não sou Gepeto e nem tão pouco Pinóquio?

Pois é! assim como o citado boneco de madeira
Você traz consigo um sonho que não virou realidade
E eu estou aqui para realizá-lo, caso queira.

O FILHO DA POETISA

PARENTES DO SOL


Fada Sol, eu sou protegido pelo deus Febo:
deus da música, poesia, sol e arte divinatória;
é deste deus grego que humildemente recebo
o dom de escrever em versos a minha história.

Ele me manda as suas musas e eu as recebo,
elas me trazem a inspiração que é satisfatória
e quando dou por mim eu realmente percebo
Que os versos vão pulando da minha memória.

Como você pode ver conheço o mundo da mitologia,
Mas eu não nada entendo do mundo da fantasia.
Para mim, tudo aqui, é uma grandíssima novidade.

Sendo eu um ser protegido pelo grande deus sol
E você doce a Fada Sol, dou-lhe um belo girassol
Para selar carinhosamente a nossa amizade.

O FILHO DA POETISA

domingo, 4 de julho de 2010

FADA SOL E O GRILO FALANTE


Fada Sol fez-me uma proposta interessante
que eu jamais sentira tal tentação,
Ela quer me trazer de agora em diante
dentro do seu ensolarado coração.

Veja só! Como sou o Grilo Falante
iria lhe causar uma grande confusão,
pois ficaria pulando a todo instante
e por ser esse o meu jeito de locomoção.

Com certeza ela me botaria pra correr
por mais calorosa que fosse a tal Fada
Não me aturaria por se sentir incomodada.

Fada Sol, tenho uma contra proposta a lhe fazer
no que diz respeito ao coração: Um dia pulo no seu,
noutro dia - usarei óculos escuros - pra você brilhar no meu.

O FILHO DA POETISA

CONVERSANDO COM A DONA CAROCHINHA


Ah, senhora Dona Carochinha!
Se eu soubesse não comeria o feijão
no casamento da Dona baratinha
visto que caíra nele o Dom Ratão.

Cheguei à casa igual um fantasminha
e me vendo numa total desfiguração,
imediatamente foi fazer uma mesinha
para tentar resolver minha situação.

Esse meu problema não era um probleminha,
mas sim um terrível hiper mega problemão
que não resolveu com o chá da minha mãezinha.

Por eu ter me tornado um moribundo
Com sério risco de me virar caveirinha
Fui salvo por Thot, deus do antigo mundo.

O FILHO DA POETISA

quinta-feira, 1 de julho de 2010

BRUXAS E FADAS

CAPÍTULO UM – NO ATAQUE

Falarei uma vez só! Limpe bem o seu ouvido aí!
Você, bruxa malvada, não é bem-vinda neste Portal
portanto lhe ordeno que suma imediatamente daqui,
se não quiser na sua horripilante vida se dar mal.

Nesse Portal a maldade não ficará de jeito nenhum aqui
para disseminar o seu reino de ruindade, para nós tão letal,
logo, vá embora! Suma! Desinfeta!Casque fora! Não deixe que
a gente tome com você uma atitude que venha ser tão brutal.

Uma bruxa já apareceu aqui causando-nos grande confusão,
não queremos e nem deixaremos que o fato se repita de novo não.
Insisto mais uma vez: volte imediatamente para o lugar de onde veio.

A outra bruxa que esteve aqui pelo menos teve o bom senso.
Apareceu aqui totalmente disfarçada... enquanto a você, penso
que é tão petulante que não se deu convencida desse receio.

CAPÍTULO DOIS – NO CONTRA – ATAQUE

Hello! Queridinha! Você está sendo comigo má- educada!
Porque não dizer também completamente preconceituosa.
Até onde sei, de mim, fadinha, você não sabe realmente nada
e nenhum mal lhe fiz para me tratar de forma tão espinhosa.

Não fez mal a mim e nem fará porque eu não sou retardada
e nem permitirei você agir maldosamente contra ninguém.
Cala-se! Agora é minha vez de falar sua animalesca fada!
Já lhe ouvi! Agora tenha a decência de ouvir a minha prosa.

Você tem em mente um estereótipo que não é realidade.
Eu sou uma bruxa boa, não sei fazer nenhuma maldade.
Garanto-lhe que nem tão pouco estou fazendo charminho.

Tem mais! Com certeza você está fazendo papel de boboca.
Estendo-lhe a mão e lhe digo: muito prazer, meu nome é Maroka!
Acredite em mim! Sou tão boa quanto a Wendy, amiga do Gasparzinho.

CAPÍTULO TRÊS – DOR DA INJUSTIÇA

Não vou lhe estender a mão coisa nenhuma! Não me subestime!
Caso você não saia do Portal, abra seu aguçado olho comigo!
Estarei no seu encalço! Por mais que me condenem, não é crime!
Crime é deixar o mundo das fadas ficar com você, correndo perigo.

Você não tem cara de pau, mas sim de um envernizado vime
e vou mostrar a todos que estou bem certa no que eu digo,
essa sua carinha de santa e de fada, sua bruxa, em nada a redime
diante de mim. Enquanto estiver aqui, ficar em paz eu não consigo.

Por não ser de forma alguma da natureza das fadas a hostilidade
sei que as mesmas recriminam a amiga pela cruel brutalidade
de como se referiu a jovem bruxa sem ter nada que a desabone.

A bruxa Maroka bastante entristecida vai parar num canto
e nesta hora no rosto dela corre um longo e doloroso pranto;
a dona da lágrima anseia que a dor da injustiça lhe abandone.

CAPÍTULO QUATRO – A FADA ATREVIDA

Bruxa Maroka, pedimos desculpas pela grosseria da Fada Atrevida.
Releve tudo que aconteceu, por favor! Aquilo é só uma fachada,
na verdade a fada Atrevida está mesmo sendo bastante precavida.
Se tivesse um coração duro assim, com certeza ela não seria fada.

A Fada Atrevida tem um bom coração e é por nós muito querida.
Ela tem plena consciência de que por nós é muitíssima amada
e quer retribuir o seu grande amor por nós na mesma medida,
embora saibamos que ela não precisa mesmo nos provar nada.

Conviverá com a Fada Atrevida e verá que é tudo de boca pra fora.
Como toda fada ela ficará triste quando alguém chora
e ficará na obrigação de fazer feliz esse sofrido alguém.

Saiba que ela fará isto com toda sua determinação
e não se dará por realizada enquanto não tirar do coração
desse ser o grande mal para colocar nele somente o bem.

CAPÍTULO CINCO – A BRUXA MAROKA

Fada de Luz, estou dizendo a verdade! Juro por tudo que é sagrado!
Eu não posso de fato ser condenada e julgada por algo que não fiz.
A madrasta da Branca de Neve era muito terrível, ser endemoniado,
mas eu não sou assim. O que eu gosto mesmo é de ver todo mundo feliz.

Adoro fazer o bem. Amo as crianças. Para elas trabalho um bocado.
Danço, faço teatro, canto, declamo poemas, sou uma completa atriz,
cada um desse pequenino ser fica com ouvido atento e olho vidrado
sabendo que lá dentro de sua alminha a felicidade fincou, criou raiz.

Chamo-me Bruxa Maroka e vim de uma terra bem distante,
acreditei que aqui só por ter fadas seria um lugar interessante
onde pudesse ficar tranqüila e praticar o bem sem limite e restrição,

mas já que ao pisar aqui neste Portal eu fui gratuitamente ofendida
por uma fada que se sente feliz por ter alguém para ser agredida
esquecendo que a criatura atacada traz dentro si um coração.

CAPÍTULO SEIS – A FADA DE LUZ

Bruxa Maroka, saiba que você não está agindo com a sapiência.
Não é inteligente criar no seu peito esse ou qualquer outro rancor.
Meus mestres espirituais ensinaram-me veemente que a violência
só morrerá no mundo a partir do momento que imperar o amor.

Faço-lhe então um convite: viva isso plenamente como experiência
conta-me se amar terceiros é melhor que ser da violência portador.
Garanto-lhe que no comecinho é necessário ter sim muita paciência,
depois será capaz de resolver qualquer situação de modo superior.

Talvez você esteja certa, Fada de Luz,vou seguir o seu sábio conselho
ainda mais que tenho a bondade como sendo meu verdadeiro espelho,
portanto vou colocar em prática aquilo que também é minha teria.

Acabando de falar, a Bruxa Maroka foi ao encontro da Fada Atrevida
na esperança de que essa pendenga fique de vez por toda resolvida
e volte a reinar a tranquilidade no Portal dos Sonhos e da Magia.

CAPÍTULO SETE - A FADA MORGANA

Nossa! Como é maravilhoso a gente ir fazer algo tão bacana!
De repente Bruxa MaroKa vê uma cena que a deixa estarrecida.
Ela vê a fada mal, dos tempos do rei Arthur, chamada Morgana.
A tal fada estava num tremendo bate-boca com a Fada Atrevida.

Fada insolente! Mal-criada! Estúpida! Grossa! Ignorante! Sacana!
Como você se chama fada infeliz?! Fada Atrevida, minha querida!
Chega de ironia e falsidade sua fadinha irresponsável! Mundana!
Eu vou lhe dar uma lição que irá levá-la para o resto de sua vida!

Já que você tem uma língua que não cabe na boca e tão ferina,
eu vou lhe dar aquilo que sua nojenta boca desenfreada se destina
e que a sorte sua neste momento maquiavelicamente lhe malogra.

A Fada Morgana joga sobre a Fada Atrevida umpoderoso e raio potente
só que a Bruxa Maroka sai correndo , gritando não; se atira na frente
do raio . A bruxinha acaba virando num objeto chamado língua de sogra.

CAPÍTULO OITO - INTUIÇÃO DO GRILO FALANTE

Tendo pressentimento de que o clima no Portal não estava nada bom,
o nosso querido Grilo Falante resolve seguir a sua forte intuição,
invoca insistentemente a deusa das fadas cujo nome é Rhiannon
e esta aparece e cobra do inseto uma convincente explicação.

Deusa das Fadas, os deuses mitológicos me deram esse novo dom
de pressentir se algo de ruim está prestes pra acontecer ou não.
Chamei a senhora até aqui porque sinto que algo ruim está acontecendo
com dois seres mágicos com os quais eu não tenho muita relação.

Apolo e Thot são deuses também das ciências místicas e divinatórias.
Orientaram-me a seguir minha intuição e já vivenciei várias estórias
em que eu por segui-la no final sempre acabo me dando muito bem.

Confiando seriamente na intuição fortíssima do amigo Grilo Falante
a Fada/Deusa Rhiannon se transporta magicamente naquele instante
para o local em que o contexto negativo que o Grilo sentira se mantém.

CAPÍTULO NOVE – BOTANDO A CASA EM ORDEM

Fadas barraqueiras! Terminem imediatamente com os bate-bocas!
Não quero jamais presenciar nesse Portal essa cena de horror!
Fada Atrevida, guarde consigo essa máxima: “com vinagre não se pega moscas”
Morgana, abandone a maldade, junte as sílabas do seu nome e terá gana de amor.

Não quero ver vocês procedendo como se fossem loucas!
Não quero ver ninguém pregando a maldade aqui ou terror!
Da próxima vez em que isso acontecer eu direi boas e poucas
e as protagonistas sentirão por mim um aterrorizante pavor!

Anda! Fazem o que ordeno! Deem as mãos e fazem as pazes,
mostram a todos que mesmo as fadas quando brigam são capazes
de expulsar de suas vidas todo tipo de ódio e/ou ressentimento.

Estou mandando! Atrevida e Morgana, vamos acabar com essa picuinha!
Quem está falando com vocês é a sua própria e majestosa rainha.
Anda! Vamos por fim definitivamente nesse insensato aborrecimento.

CAPÍTULO DEZ – TUDO ESTÁ EM SEU LUGAR

Fada/deusa Rhiannon, faça-nos enfim para nós uma grande gentileza,
na verdade esta língua de sogra que estou segurando é a bruxa Maroka...
Ora, Fada de Luz, isto é fácil! Você mesma pode fazer o objeto voltar à natureza.
É só dar na língua de sogra um sincero, gostoso e terna beijoca.

Fada de Luz faz o que a mestra das fadas disse, com presteza.
A bruxinha boazinha volta ao normal e o seu visual ela retoca,
deixando ainda mais em evidência a sua fantástica beleza.
Bruxa Maroka, desculpa-me! Você tinha razão! Agi como boboca

Não é à-toa que me chamo Fada Atrevida. Não consigo controlar o meu impulso.
Quando assusto, o que eu penso já saiu rapidamente e de um modo convulso.
Prometo-lhe mudar, a Fada/deusa Rhiannon deu-me a pista para esta mudança.

Você não tem que prometer a mim, mas a si mesma. Por mim, está perdoada.
Grilo Falante tem outra intuição que a coisa ruim foi definitivamente eliminada,
enquanto Maroka e Fada Atrevida se abraçam e vão brincar depois como criança.

O FILHO DA POETISA