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O ASTRO

O ASTRO

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APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

Não, não vou sair daqui...

Não, não vou sair daqui...

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sábado, 19 de novembro de 2011

SOLTANDO OS BICHOS

Caramba e não é
Que um chato bicho de pé
Resolveu pegar no meu pé
Ignorando inclusive o meu chulé?

Para piorar ainda mais situação
O bicho de pé se transformou em bicho papão
Assim que chegamos ao meu barracão.

Por não se tratar de bicho de sete cabeças
(Eu jamais passei por coisas tão às avessas),
Falei com voz de trovão: quero que desapareças

Da minha casa antes que todo o meu ódio em ti esguicho,
Disse olhando furioso à fera. Ela vendo que eu iria saltar o bicho,
Que não estava blefando, murchou ainda mais a orelha e o rabicho.

Apavorado com o meu lado bestial,
Bicho papão afinou a sua voz e me pediu desculpa afinal;
Saiu correndo, abriu a porta, ganhou a rua sem me dizer tchau.

O FILHO DA POETISA

A CEGONHA E OS BEBÊS

Vovó, fizemos uma pergunta à mamãe e ao papai,
Mas eles não quiseram ou não sabem responder.
a senhora, que é sábia, é a nossa única esperança;
Diga para mim e minha irmã como nasce uma criança?

A vovó olha para os seus netinhos com naturalidade
E pede aos seus netos para sentarem bem ali do seu lado.
Meus queridos, quando essa pergunta é feita, na verdade
É sinal de que o período da infância está sendo sepultado.

Ou seja, não estou mais diante de uma menina e um menino
E sim diante de uma linda mocinha e um belo rapazinho.
Eu contarei tudinho para vocês sem nenhum desatino,
Disse a vovó com uma entonação doce, cheia de carinho.

Vocês sabem o que é um adulto, não sabem? Sabemos vovó!
Quando um adulto casa, uma das coisas com que ele mais sonha
É se tornar papai ou mamãe. Então ele passa a rezar ao Papai do Céu só
Com essa finalidade. Ouvindo as preces, Deus chama uma cegonha

E mostra a ela a casa de ontem vem tão ansiosa e convicta oração.
Enquanto a cegonha anota direitinho o apontado endereço,
Papai do céu chama um belo anjinho e tira-lhe a asa então.
Assim um novo bebezinho é feito por Deus com todo apreço.

Aí, o Pai Eterno pega um lençol comprido, une as pontas com um nó
Bem cego, passa-o na cintura do bebê e o coloca no bico da ave
e a manda entregar. Foi assim que eu acabei me tornando vovó
E o meu filho se tornando pai de vocês. Mana, a coisa tá grave!

Como diz o ditado popular “Antes ouvir tudo isso que ser surdo”!
Eu nunca ouvi uma estória assim, completamente sem coerência.
O que é a gente faz? Conta a verdade pra acabar com esse absurdo
Ou deixemos a nossa querida avó morrer na santa inocência?!

O FILHO DA POETISA

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A ABELHA OPERÁRIA


Uma abelhinha bailando sobre a flor
É como se dissesse ás companheiras
Queridas amigas venham, por favor,
Encontrei néctar! Venham ligeiras!

Tudo indica que é de boa qualidade.
Anda! Temos muito néctar para colher!
Vamos amigas! Vamos com agilidade!
Não vai demorar muito escurecer.

As abelhas operárias trabalham
Incansavelmente e alegres sem parar
Ao ver outras flores elas espalham

Por todo esse imenso jardim.
Oba! Vamos a colméia retornar!
Aqui, nosso trabalho chegou ao fim.

O FILHO DA POETISA

UM DRAGÃO RESFRIADO


A cada espirro dado
Meu pai, que confusão!
Fica tudo muito queimado
À minha volta, pois sou dragão.

Sou um dragão, você ouviu direito
A cada atchim sai enorme labareda,
Tornando-me um perigoso sujeito
Que sem querer a natureza depreda.

Você não imagina a minha tristeza
Em ver tudo queimado pela região
E saber que sou causador da tal situação.

Eu não posso mudar a minha natureza.
Ninguém pode me culpar pelo resfriado.
Tragam-me um médico e caso encerrado.

O FILHO DA POETISA

sábado, 5 de novembro de 2011

RESIDÊNCIA DO GRILO FALANTE



Que sensacional!
Quanta alegria!
O nosso Portal
Hoje aniversaria.

O local era tranquilo.
calmaria constante.
Até aparecer um grilo,
Um certo Grilo Falante.

Ele trouxe consigo
Bastante confusão
E constante perigo.

Agora lá é sua residência.
As fadas o puseram no coração
Só há uma coisa dizer: paciência!

O Filho da poetisa

P.S.: Meu presentinho ao Portal
dos Sonhos e da Magia
pelo aniversário do mesmo.

ERA PARA SER UMA BOA AÇÃO

Fui ajudar uma velhinha atravessar a rua.
Antes não tivesse praticado essa boa ação.
A pé na cova sem piedade me sentou a pua
e falou no meu ouvido um monte de palavrão.

Na certa você deve estar pensando: é mentira sua!
Uma idosa jamais teria tão indecorosa verbalização
Também levei um susto danado, mas a verdade nua e crua
É que o léxico imundo da velha era de grande proporção.

Até agora não entendi nada! Por que a sênior lhe agrediu
Verbal e fisicamente se você a ajudou concluir a travessia?
O que há de errado nessa estória que você de mim omitiu?

Sob tapas, xingatórios e com muita dificuldade
Consegui levar a anciã para o outro lado da via.
A “vovó” já tinha atravessado a rua e isso eu não sabia.

O FILHO DA POETISA