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O ASTRO

O ASTRO

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APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

Não, não vou sair daqui...

Não, não vou sair daqui...

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quinta-feira, 27 de outubro de 2011





Que inveja desse Grilo Falante!!
Precisa receber tanto carinho assim?!

PRESENTE DA FADA AZUL





Estou atrasada!


Tenho que correr....
É o niver do Grilante!

Estou correndo, pra desejar
ao Grilo Falante, muito amor
e muita felicidade!

Feliz Aniversário, meu amigo!



Sonson

FELIZ ANIVERSÁRIO!


Este mundo traz todo o encantado
que carrega amor e muita alegria
fadas poetisas usam magia nas letrinhas
só querem colorir o teu dia!

Fada Arco-Íris

PRESENTE DA FADA CRISTAL



Hoje é um dia muito especial
é seu aniversário!!!
Meus parabéns...
tudo de bom,
muita saúde e
que DEUS abençoe
sempre sua vida.
Beijos e um grande abraço

DEBORA, A AMIGA DO GRILO FALANTE

“Vc eh surpreendente!!! O Rex tah seguro kkk fikei imaginando vc
amendrotado! Kkk eu n sabia do nome da Fada. Bj”

CAPÍTULO I - SOCORRO VINDO

Meus gritos de socorro não foram em vão.
Grilo Falante, não fique mais preocupado!
Já prendi na corrente Rex (o terrível cão).
Fique tranqüilo, meu amigo estimado.

Minha querida amiga Débora, Obrigado,
Mas por favor, aproxime de mim não.
Desculpe! É que estou envergonhado
Por me encontrar nessa fétida situação.

Pela minha expressão facial não há segredo
Deu para notar que fiquei com muito medo
do ataque desembestado desta besta feroz.

Eu não me controlei. Estou todo borrado.
Sou de fato sua amiga, não fique envergonhado...
Disse Débora ao Grilo Falante com sua suave voz.

CAPÌTULO II - AMIZADE VERDADEIRA

Apesar de tudo você não pode se queixar da sorte,
Trago comigo uma flanelinha para que possa limpar
As lentes dos meus óculos. Transformá-la-ei num short
Pequenino e assim de sua roupa suja você se livrar.

Nem sei como lhe agradecer. Além de me livrar da morte
Ainda teve a santa idéia de uma roupinha para mim costurar...
Eh! Tal contexto faz com que a um provérbio eu reporte:
Quem tem amigo, não morre pagão... diz a sabedoria popular

Débora, aqui perto tem um riacho. Vou me lavar...
De novo lhe agradeço do fundo do meu coração.
O shortinho estará pronto quando você voltar.

Agora, meu amigo, deixa de rasgar tanta seda
Eu não fiz nada mais do que a minha obrigação
Acudir um amigo é a via que a amizade envereda.

O FILHO DA POETISA

P.S.: Para Débora Malucelli uma singela estorinha
do meu eu-lírico infantil...

GRILO FALANTE EM PERIGO


Alguém me ajude, gente! Socorro!
Tem dó de mim, Fadinha da Sorte!
Prenda agora o seu feroz cachorro,
Antes que ele me conduza à morte.

Sou um grilo, pequenino inseto,
Não tenho chance contra seu cão.
Se você prender o Rex lhe prometo
Que mandarei o recadinho então.

Não fique você com ódio de mim,
Apesar do meu tempo está escasso,
Não me esqueço de você mesmo assim.

Depois de prender o Rex, traga-me calça nova,
Uma vez que diante de um perigo tão crasso,
Meus intestinos não se deram bem nessa prova.

O FILHO DA POETISA

SUPERSTIÇÃO

Na minha mão há uma coceira
Que não sei como explicar.
Uns dizem que é sujeira,
Outros é dindin a ganhar.

Mesmo sendo asneira
Fiz questão de indagar...
Ai, quanta baboseira!
Você quer me explicar?

Coçando a palma da mão
Direita, alguém vai lhe pagar;
Se for a esquerda, atenção!
Visita à sua casa vai chegar.

Se de fato sabe o que é
Diga-me então, por favor,
E se coçar o solado do pé?
- Você viajará pro exterior.

Nunca ouvi tanta tolice!
Não dá para acreditar!
Tudo isso é crendice
Da cultura popular.

Incrédulo, que pena!
Você pensar assim
A sabedoria terrena
Um dia o provará enfim.

O FILHO DA POETISA

A FADA DO POEMA INFANTIL

CAPÍTULO UM - UMA DESESPERADA VISITANTE

Alguém me ajude, imploro!
O caso é sério, periclitante!
Gritava a fada em pleno choro,
Com um ar muito preocupante.

Como aquela cena não era normal,
A situação era deveras intrigante.
Apareceram todas as fadas do Portal
Para dar assistência a fada visitante.

Acalma-se! Conte-nos tudo desde o início.
Vamos ajudá-la, seja coisa fácil ou difícil;
Mas antes, apresente-nos, linda Fadinha!

Não sou daqui. Meu nome é Fada do Poema Infantil...
Controlando o choro ela diz: esse tipo de texto sumiu
E acredito que não seja somente da cidade de Pratinha.

CAPITULO DOIS - O SUMIÇO DAS POESIAS INFANTIS

Como é que é? É isso mesmo que eu ouvi?
Poesia infantil no mundo não existe mais?!
Como, se ontem mesmo eu escrevi?
Modestamente, ficou lindo demais!

A fada Arco-Íris pegou então o papel
Para ler um poema infantil que escrevera
Qual não fora surpresa, meu pai do céu!
A poesia simplesmente desaparecera.

Por Rhiannon! Juro que neste papel havia um poema meu!
Em relação a outros poemas não sei, mas o infantis tenho certeza.
Não sei quem é o maquiavélico que realizaria tal proeza.

Fada Arco-Íris, juro que não sei como isso aconteceu
Nem tão pouco quem está praticando mal e por qual razão;
Daí aumenta o meu desespero, pois não consigo resolver a questão.

CAPÍTULO TRÊS - ACHEI QUEM ESTAVA PROCURANDO

Antes de vir parar aqui consultei um sacerdote.
Ele me afirmou que só conseguirei resolver esse rolo
Quando encontrar aquele que é protegido pelo deus Thot
E ao mesmo tempo também pelo deus Febo/ Apolo.

Já rodei o mundo todo, desconfio que ele nem exista. Tudo em vão.
Fiz tudo o que estava ao meu alcance. Como não possuo grande magia
A saída é voltar à Pratinha e, infelizmente, me conformar com essa situação.
De agora em diante o mundo é seco, insensível, sem nenhuma gota de poesia.

O motivo de existir uma fada é uma razão bem distinta.
Cada uma tem sua função. Sem a mesma, essa será extinta.
Moral da estória: sem poesia infantil morrerei definitivamente.

Fada do Poema Infantil, aqui no Portal vive o ser que você está procurando.
Ele não é arrogante. Está sempre disposto a ajudar quem está precisando.
O nome dele é Grilo Falante. È um criatura, você vera, muito inteligente.

CAPÍTULO QUATRO - MAIS UM POEMA QUE SUMIU

Fada Arco-Íris, não sei como lhe agradecer tamanha atenção.
Você deu à minha vida um novo alento. Desculpa-me a pressa.
Podemos visitar o tal Grilo Falante agora mesmo? Sim ou não?
Claro que sim! Ele mora aqui pertinho, amiga. Vamos nessa.

Fada Arco-Íris, que devo a honra de tal ilustre visita?!
Trago-lhe uma missão, mas antes vou lhe apresentar a fada responsável pelas poesias infantis.
Grilinho, é por causa dela que estou aqui. Prazer. Você é uma fada muito bonita.
Muito obrigada. Agora lhe pergunto: Fada do Poema Infantil, o que quer de mim? Diz!

Grilo Falante, os poemas infantis desapareceram. Não ficou uma se quer!
Se você fizer agora uma poesia infantil, assim que terminá-la, sumirá imediatamente.
Consultei um oráculo. O sacerdote de lá me disse que você poderá para mim resolver.

Para comprovar a veracidade do fato, o Grilo Falante escreve um poema infantil.
Na hora que ele foi pôr sua assinatura, a folha fica em branco. O texto some completamente.
Por Febo/Apolo! É como se eu não tivesse escrito nada! O poema que fiz sumiu!

CAPÍTULO CINCO - O ORÁCULO DE DELFOS

Fada do Poema Infantil, conte-me tudo que aconteceu. Seja bem detalhista.
Problemas com poesia têm haver com dois seres: o deus da poesia Apolo ou com as musas.
Estão sumindo apenas poemas infantis. Só sei isso. O que você me contou não me deu pista...
As desesperanças não abateram a Fada. Mesmo sem pistas o Grilo irá ajudá-la, sem recusas.

Sem pistas. Encontrá-las-emos no Oráculo de Delfos no mínimo uma, com certeza.
Venha conosco, Fada Arco-Íris! Rezarei para deu Apolo/Febo. Fadas, seguem meu exemplo.
As fadas não conheciam o poder da oração. Assim que a termina, elas têm a seguinte surpresa:
Estão em Delfos, com o Grilo, diante das Pitonisas (sacerdotisa do Apolo), dentro do templo.

As fadas gostaram do método usado. Escondendo leite! Fica falando que não tem magia...
Grilo Falante interrompe a insinuação da Fada Arco-Íris. Não tenho. É apenas uma concessão
Feita a mim pelo deus Apolo/Febo. É assim que eu tenho acesso ao mundo da Mitologia.

Uma Pitonisa se apresenta a eles e vai logo dizendo: encontrarão a resposta do problema...
As fadas e o Grilo falante ficam com os olhos e ouvidos prestando em tudo bastante atenção
Quando tirar da frase criada por vocês formulada a linda palavra poesia ou a sinônima poema.

CAPÍTULO SEIS - DESVENDANDO O ENIGMA


Voltemos para o Portal dos Sonhos e magia! O começo da missão está nesse enigma bendito!
Temos que pensar na frase que falamos, tirar a palavra poema e assim teremos a solução...
Desapareceu a poesia infantil do mundo e que eu, Fada do Poema Infantil, tenho dito.
Se tirarmos, Fada do Poema Infantil, a palavra poesia de sua frase o que teremos então?

Desapareceu o infantil do mundo. Está esquisito, fadas, ainda o repetidíssimo enunciado.
Grilinho, de acordo com meus conhecimentos, a palavra infantil é derivada da palavra infante
Que significa criança, certo? Exato, Fada Arco-Íris, disse o Grilo Falante, muito bem lembrado.
Se trocarmos o adjetivo infantil pelo substantivo infante o que encontraremos... um instante...

Desapareceu o infante do mundo. Por Apolo/Febo! Uma criança no mundo está desaparecida!
Isso quer dizer que essa criança é o pivô do desaparecimento do mundo da poesia infantil.
Quem é essa criança? Pertence ao mundo real ou o mágico? Quem a raptou? Alguém viu?

Por que alguém se interessaria no desaparecimento dessa criança? Onde ela está escondida?
Que relação existe entre essa criança e a poesia infantil? Alguém sabe pode me responder?
Tendo não como resposta, só há um jeito: continuar pensando para resposta a gente obter.

CAPÍTULO SETE - CASUL, O MENINO POETA

Qualquer pessoa que escreve gosta de mostrar o seu texto para alguém.
Faz-se isso pra certificar a qualidade seu texto produzido e acabar com insegurança do escritor.
Com certeza a mesma coisa acontece, se a criança for escritora, com ela também.
Em que ocasião ou lugar onde uma pessoa pode certificar que o seu texto tem valor?

Saraus, aulas de literatura ou professor da tal matéria e concursos de poesia.
Grilo Falante, na cidade de onde vim, Pratinha, houve um concurso literário
De caráter nacional. Um menino, Casul , de lá mesmo(sem marmelada) venceu na categoria
Infantil. Apesar de ser de lá, entre os concorrentes, o poema dele foi o mais extraordinário.

Será que Casul tem algo haver com essa estória? Ele me pareceu ser uma criança normal.
Amiguinhos, vamos à minha terra, cidade de Pratinha, verificar tudo isso pessoalmente.
Casul escreve super bem, qualquer tipo de texto. Quando crescer será um escritor sensacional.

Quem afirma isso não sou eu e sim quem já leu um texto qualquer desse garoto genial.
Dizem que ele é um garoto prodígio e que tudo que ele escreve toca a alma da gente.
Vamos, Fada Arco-Íris e Grilo Falante, agora mesmo conhecer a minha linda cidade natal.

CAPÍTULO OITO - POR QUE LEVARAM O MEU MENINO?

Chegamos. Se os meus ouvidos não me enganam estou ouvindo um choro muito sentido.
Todos nós estamos ouvindo, Fada do Poema Infantil, parece que é choro doído de mulher.
Isso mesmo, Grilo Falante, Dona Apolônia pode estar lamentando o sumiço do filho querido.
Vamos lá, Fada do poema infantil, vamos! Talvez nós encontraremos lá uma pista qualquer.

Buaaá! Poderosos deuses! Que vocês querem com o meu menino, meu queridíssimo filho!
Ele é somente uma boa criança! Buaaá! Nunca praticou mal algum! Ele é cheio de candura!
Dona Apolônia disse outras coisas mais, contudo voltava ao buaaá, seu novo estribilho.
Por que levaram o meu filho, Casul! O menino é incapaz de fazer mal a qualquer criatura!

Depois de enxugar os olhos milhões de vezes, Dona Apolônia começa ouvir uma pequena voz...
Dona Apolônia, diga-nos quais foram os deuses que sequestraram sua bondosa criança...
Controla-se, Dona Apolônia! Conte-nos tudo com precisão! Pedimos, senhora: junta-se a nós!

Precisamos de sua ajuda. A senhora da nossa. Queremos ajudá-la. Aceite então esta proposta?
Se unirmos, poderemos encontrar as poesias infantis e o seu filho. É a nossa única esperança.
Dona Apolônia sai procurando desesperadamente o autor da voz para lhe dar a tal resposta.

CAPÍTULO OITO - POR QUE LEVARAM O MEU MENINO?

Chegamos. Se os meus ouvidos não me enganam estou ouvindo um choro muito sentido.
Todos nós estamos ouvindo, Fada do Poema Infantil, parece que é choro doído de mulher.
Isso mesmo, Grilo Falante, Dona Apolônia pode estar lamentando o sumiço do filho querido.
Vamos lá, Fada do poema infantil, vamos! Talvez nós encontraremos lá uma pista qualquer.

Buaaá! Poderosos deuses! Que vocês querem com o meu menino, meu queridíssimo filho!
Ele é somente uma boa criança! Buaaá! Nunca praticou mal algum! Ele é cheio de candura!
Dona Apolônia disse outras coisas mais, contudo voltava ao buaaá, seu novo estribilho.
Por que levaram o meu filho, Casul! O menino é incapaz de fazer mal a qualquer criatura!

Depois de enxugar os olhos milhões de vezes, Dona Apolônia começa ouvir uma pequena voz...
Dona Apolônia, diga-nos quais foram os deuses que sequestraram sua bondosa criança...
Controla-se, Dona Apolônia! Conte-nos tudo com precisão! Pedimos, senhora: junta-se a nós!

Precisamos de sua ajuda. A senhora da nossa. Queremos ajudá-la. Aceite então esta proposta?
Se unirmos, poderemos encontrar as poesias infantis e o seu filho. É a nossa única esperança.
Dona Apolônia sai procurando desesperadamente o autor da voz para lhe dar a tal resposta.

CAPÍTULO NOVE - O SOFRIMENTO DA DONA APOLÔNIA

E mais essa agora! Além de perder meu filho, estou perdendo também a minha sanidade! Estou mesmo maluca! Estou vendo fadas e quem puxa conversa comigo é um grilo falante!
Poderosos deuses! Apareçam! Devolvam-me meu filho! O que querem com ele de verdade!
Não importo se o preço a apagar para ter o meu Casul seja ficar uma doida varrida constante!

Dona Apolônia, a senhora não está ficando maluca. Permita-me a nossa apresentação.
Sou Fada Arco-Íris. Este é o Grilo Falante. Somos do mundo mágico Portal dos Sonhos e Magia.
A outra fada é a Fada do Poema Infantil. Ela é daqui mesmo. Temos que cumprir uma missão.
Sumiram todas as poesias infantis do mundo, Dona Apolônia! Quem imaginar poderia...

Dona Apolônia toca os visitantes de sua casa ainda em prantos. Sou mesma uma mãe infeliz!
Vocês não estão preocupados com o meu filho que sumiu e com o sumiço das poesias infantis.
Insensíveis! Também pudera! Não são humanos! Pra que preocupar conosco, meros mortais!

Saiam! Deixam-me em paz! Tenham compaixão de mim! Não aumentem meu o sofrimento!
Dona Apolônia, está havendo um mal entendido!Fadas-madrinhas devem a todo o momento
Ajudar aqueles, mortais ou não, que são subjugados aos mais pungentes ais.

CAPÍTULO DEZ - DESCOBRIMOS QUEM É O INIMIGO

Estamos aqui por causa de uma pista, por mero acaso; se os adultos acreditassem na gente...
Temos duas tarefas agora a cumprir: devolver a criança à mãe e as poesias infantis à literatura.
Dona Apolônia, sua crença é que os deuses levaram o seu filho. A senhora sabe o por quê?!
Grilo, estávamos aqui em casa, eu e Casul, quando apareceu do nada uma tenebrosa criatura.

Tenebrosa criatura... deuses... só pode ser uma divindade: o deus do inferno, Hades/Plutão.
Não! Hades não! Gritou a mãe com todas as forças dos pulmões, entregando-se ao desespero.
Acalma-se, Dona Apolônia! Sabemos quem é nosso algoz. Só pra morte é que não tem solução.
Fada do Poema Infantil, não dê pitaco em algo que não conhece! Não cometa este exagero.

Desculpe-me, Grilo Falante! Minha intenção era confortá-la. Foi sem querer o impropério...
Fada do Poema Infantil, saiba que o mundo dos mortos é do Hades/Plutão o lar, seu império.
Na minha opinião, Hades/Plutão é o deus mais poderoso existente na mitologia grego-romana.

Para ter uma ideia, ninguém entra ou sai do inferno sem permissão dele, nem o deus supremo Zeus/Júpiter. Já me sentia desconfortável, com tudo que você disse, a situação agora temo.
Não se desespere, Fada do Poema Infantil! Encontraremos para o caso uma saída bem bacana.

CAPÍTULO ONZE - A CONSAGRADA DE APOLO/FEBO

O que o deus Hades/Plutão vai querer com uma criança que sabe escrever poema?
Outra coisa, se as poesias estão sumindo é porque as musas estão boicotando todo processo.
Grilinho, sugiro voltarmos ao oráculo de Delfos em busca de nova pista e resolver o problema.
Fada Arco-Íris, não precisa! Creio que as respostas às indagações estão aqui e teremos sucesso.

Você é muito enigmático, Grilinho! Confesso-lhe que não estou entendendo mais nada!
Aguarde... Dona Apolônia, a senhora é a chave para obtermos uma resposta satisfatória.
O nome da senhora, Apolônia, significa: aquela mulher que é pelo Apolo/Febo consagrada.
Portanto, eu aposto que está enrustida na senhora, alguma coisa da ciência divinatória.

Grilo Falante, se possuo algum dom das ciências ocultas, desconheço até o momento presente.
Vamos tentar. Eu quero mesmo é que o meu filhinho tenha mais rápido possível a salvação.
Estou pronta! Tudo que você disser farei com exatidão para acertarmos logo de primeira.

É assim que se fala! Em breve comunicaremos com o seu filho que gosta de poesia.
Muito bem! Quero que a senhora concentre muito forte no Casul. Vamos usar a telepatia...
Dona Apolônia acata ao pé da letra as instruções do Grilo. Ela se entrega por inteira.

CAPÍTULO DOZE - TELEPATIA

Angústia e alegria dominam a mãe. Meu filho, onde você está? Está tudo bem com você?
Sim. Você não vai acreditar! Tô no inferno. Quem me trouxe para cá foi o deus Hades/Plutão.
Ele me disse que nenhum mal vai me acontecer. Hades/Plutão pediu pra não ficar com deprê.
Ele falou que não trouxe um adulto, pois o adulto se borraria de medo em viver tal situação,

Mesmo com todas as garantias e segurança que Hades pode dar. Adulto crê na sua cabeça,
Nas fantasias. Hades quer que faça um poema à esposa dele de nome difícil, que não guardei.
Casul, você não é adulto e nem tão pouco namorou! Como você irá realizar uma tarefa dessa?
Não sei, mamãe. Só depois que eu lhe entregar o poema prontinho é que do inferno sairei.

Mãe, não se preocupe comigo. Estou bem. Saio daqui quando Hades tiver o poema pronto.
Já era para eu ter escrito a poesia, mamãe, mas o problema maior eu nem lhe conto.
Não sei qual o motivo, mas não estou conseguindo escrever. Estou sem inspiração.

Mãe, estou ficando muito cansado. Tudo bem, meu filho. Vamos encerrar a nossa conversa.
A telepatia é encerrada. A mãe volta aos prantos de novo. Por deuses, que sina mais perversa!
Casul tá no inferno. Hades quer uma poesia à esposa dele. Pra Casul sair de lá esta é condição.

CAPÍTULO TREZE - O INFERNO DA MITOLOGIA GRECO-ROMANA

Meu filho deve estar vendo coisas terríveis por lá!Coitado! Tão novo para encarar essa barra!
Dona Apolônia, Pros grego, inferno é um mundo subterrâneo para onde vamos após a morte.
Dividido em quatro partes, a primeira é o ÉREBO, submundo vizinho a terra. Lá a alma esbarra
Num julgamento que ela terá após a morte. Será julgada com precisão, jamais por sorte.

A alma, quando vivente, sendo má, será levada ao INFERNO DOS MAUS a expiar sua maldade.
No INFERNO DOS MAUS, existe todo tipo de sofrimento, de flagelo, para uma purificação total.
A alma, sendo boa vivente, parará em CAMPOS ELÍSEOS,um paraíso, lugar de eterna felicidade.
Durante telepatia, seu filho não demonstrou medo e estar bem. Creio que ele está nesse local.

A última é o TÁRTARO, região onde deuses inimigos, gigantes, titãs, vencidos e aprisionados.
Poderia falar mais coisas, mas quero reforçar: para o inferno vão os espíritos desencarnados
E de lá o deus tenebroso tem o pleno controle. Para sair de lá, só se Hades/Plutão der aval.

Se o seu filho Casul não tivesse lá nos CAMPOS ELÍSEOS, nessa altura do campeonato,
Estaria apavorado, implorando para sair de lá. Não conseguiria esconder jamais tal fato.
Fique tranquila, Dona Apolônia! Creio que seu filho está tendo lá um tratamento legal.

CAPÍTULO QUATORZE - ABATIMENTO

Obrigada, Grilo, abrandou minha aflição que só passará quando estiver em casa com meu filho.
Eu sei, Dona Apolônia, só quero conscientizá-la que Casul está bem, apesar de ser prisioneiro.
Temos que criar um plano para resgatar o menino e a poesia. Assim a vida volta ao seu trilho.
Grilo , tendo Hades/Plutão adversário como vamos resolver este caso de modo derradeiro?
Você me disse uma vez que a Perséfone, esposa de Hades, é a mesma coisa que Rhiannon.
Só que Rhiannon pertence a mitologia Céltica e o Perséfone a mitologia Greco-romana.
Então, Grilinho, acabo de ter um plano que acredito, modestamente, que seja bom.
Tenho fácil acesso a Fada Rhianonn, peço -a para interceder por nós e livrar o guri. Bacana?!

O plano seu só peca numa coisa. Os deuses não gostam de interferência nos seus atos.
Principalmente não sendo nós deuses. Sem a poesia desejada, Hades virá com maltratos
Sobre nós para descarregar toda sua ira sobre agente, até que a raiva dele suma de vez.

Conviver com as fadas, o Grilo Falante, fazer pela primeira (quiçá única vez) a telepatia;
Consultar pessoalmente o Oráculo de Delfos, saber como é o inferno... tudo encantador seria,
Se Casul não fosse raptado pelo Hades/Plutão e obrigado a fazer um poema que nunca fez.

CAPÍTULO QUINZE - SÓ A POESIA PODE SALVAR A PRÓPRIA POESIA

Dona Apolônia, a senhora nos disse que seu filho não está escrevendo por falta de inspiração.
Exato, Grilo Falante! Próprio Casul me disse. Se falta inspiração ao seu filho, não é por acaso.
As musas estão boicotando gênero lírico. O que escrever, ao assiná-lo, sofrerá desintegração.
Na mitologia greco- romana há uma região habitada por musas e poetas: MONTE PARNASO.

A região é bucólica e administrada pelo deus Apolo/Febo. Vamos lá de novo através da oração.
Dona Apolônia, como a senhora é consagrada a Apolo/Febo pode me ajudar nessa também.
Lá no Monte Parnaso, nossos heróis encontram as musas, colocando-as a par de toda situação.
Sou a musa da poesia lírica. Meu nome é Erato. Grilo Falante, tenho uma ideia, vê se convém.

Dou-lhe a inspiração para escrever o poema. Você dará um jeito do texto chegar ao menino.
Erato, já temos o meio. Será através da telepatia que o poema chegará ao seu real destino.
Usamos o método uma vez e deu certo. A mãe da criança também é uma pessoa consagrada.

Lembre-se: terá só essa chance. Como Apolo tem apreço por você, faço-lhe essa concessão.
Muitíssimo obrigado, Erato. Não irei decepcioná-la e resolverei de vez esta situação.
Eu sei, Grilo Falante. Apolo/Febo o elogiou e disse que você é uma criaturinha danada.

CAPÍTULO DEZESSEIS - CONCRETIZANDO O POEMA

Que maravilha! O poema está surgindo naturalmente. Em nada no texto me intrometo.
Sem fazer se quer um esforço mental, os versos pulam da pena à folha em branco. Quem diria!
Formando não um poema desse qualquer por aí e sim uma poesia cujo nome é um soneto;
Texto que na opinião dos entendidos em literatura é considerado a mais nobre da poesia.

Pronto! O poema está pronto! Releio o texto para ver se precisa, quem sabe, de um retoque.
Que nada! A poesia está perfeita. Para ser sincero, o poema ficou maravilhoso, divino!
Dona Apolônia, a senhora consegue fazer telepatia sozinha, ou quer que eu lhe dê um toque?
Ainda estou insegura. Ajuda-me! Claro que sim, o importante é o poema chegar até o menino.

Casul, meu querido filho, por acaso você já escreveu o poema que Hades/Plutão lhe pediu?
Confesso que cheguei fazer um. Não gostei dele, mas na hora que fui assinar o poema sumiu.
Mãe, vejo que estou condenado a ficar aqui eternamente. Tenho medo de Hades me castigar.

Filho, não se desespere! Seja forte! Sua mãe não o abandonou. Não haverá nenhum castigo.
Calma! Arranje algo para escrever, pois lhe ditarei um poema. Redija-o do jeito que lhe digo.
Com toda certeza ele não sumirá. Ele tem a autorização da musa da poesia. Posso começar?

CAPÍTULO DEZESSETE - O POEMA SOLICITADO

AMOR INFERNAL

Perséfone, mesmo sendo eu este ser fechado
E tê-la trazida aqui pro inferno sequestrada,
Desejo que você me veja como seu amado
Assim como eu a vejo: minha doce amada.

A seus pés estão meu reino, súditos, o mundo
Transformei-a em rainha, aceito os desejos seus
O amor que lhe tenho é em mim tão profundo
Ajo às vezes como ser humano e não como deus.

Não consigo mudar, mesmo que queira o meu jeito
Não posso em nome do amor violar minha natureza
Saiba que nutro por você amor, lealdade, carinho, respeito.

O poema que você está lendo não fora escrito por mim
Desejaria sim tê-lo escrito para você com toda certeza.
Quem o fez soube expressar tudo que sinto por você enfim.

(CASUL)

CAPÍTULO DEZOITO - APROVADO POR HADES

Garoto,escreveu muito bem! O poema não é meloso, sentimentalóide, muito figurativo...
Com apenas oito anos você é capaz deste porte. Rápido, sincero, simples e enxuto.
Pela poesia só posso concluir que seja agraciado pelo deus Apolo. Você é muito vivo!
Não é medroso, intrometido, arredio. Você é confiante, esperto, honesto e resoluto.

Você comeu alguma coisa aqui no inferno?Não senhor, deus Hades! Não comi nada!
Porque se você tivesse comido qualquer coisa, você não poderia mais sair daqui.
Não tinha como comer! Estava preocupado com o texto e minha mãe comigo preocupada!
Pensando em minha mãe de cabeça quente e no texto para escrever que nem água eu bebi.

Casul, você é um menino inteligente! Será um ótimo poeta quando se tornar adulto.
O que prometo, cumpro. Você está livre. Pode voltar à sua vida e para sua família.
Assim que me encontra e ver que nada aconteceu comigo, minha mãe lhe prestará um culto

Tamanha será alegria que ela ficará. Dona Apolônia também agradecerá a todos de coração.
Mamãe vai me abraçar, beijar e dizer em lagrimas de felicidade. Você voltou, que maravilha!
Na verdade vou querer jantar, lanchar, tudo ao mesmo tempo, pois tô com uma fome de leão.

CAPÍTULO DEZENOVE - DE VOLTA À NORMALIDADE

As poesias infantis estão de volta aos livros, revistas, cadernos, blocos e jornais;
Até a penúltima poesia que como teste o Grilo falante escrevera, voltou a existir.
A Fada do Poema Infantil está muito revigorada e bastante feliz, feliz até demais!
A mãe ao ter seu filho de volta, correu ao templo de Hades e Apolo à sua promessa cumprir.

Grilo Falante, agora eu entendo a admiração e confiança que deus Apolo/Febo lhe dedica.
Sendo sincera, juro que no momento que o vi, fiquei decepcionada. Perdi no oráculo a crença. Digo-lhe, quebrei a cara. Você é sábio, inteligente. Assim, Apolo um zelo especial lhe dedica.
Voltarei a Pratinha com sensação de ter sonhado, embora a realidade essa aventura pertença.

Muito obrigada, meus novos amigos! Apareçam lá em Pratinha! Ela é acolhedora e pequena.
De nada, Fada do Poema Infantil! Levá-la ao Monte Parnaso foi conduzi-la ao paraíso
Quando você estava lá, deu para perceber o brilho dos seus olhos e um indescritível sorriso.

Exato! Foi mesma coisa que levar uma criança à Disneylândia, um adulto ganhar na mega sena.
Quanta as musas... é a mesma coisa de um humano ver um artista de cinema e/ou televisão...
Viu? Não me enganei. Vamos embora Fada Arco-Íris. Tudo voltou ao normal a partir de então.

O FILHO DA POETISA

MAIS UMA DA MADRASTA DA BRANCA DE NEVE

CAPÍTULO UM - A VERDADE

Espelho, espelho meu!
Existe mais do que eu
Uma pessoa tão bela?

Lamento informá-la, alteza!
Há uma moça cuja beleza
Encanta qualquer um que a vê-la.

Quem é essa talzinha, espelho falastrão?!
Fale rápido! Se não vou ter um treco!
Controla-se, rainha!Cuidado com o coração!
Ela se chama Marcella e o seu pai tem o apelido de Neco.

Outra mortal, suponho! Maçã envenenada...
Rainha, a juventude de hoje adora chocolate...
Essa estória de fruta com veneno está surrada;
Agora um bombonzinho com veneno... delicioso abate.

CAPÍTULO II - FALHOU O PLANO

Alteza, amanhã essa Marcella faz aniversário.
Bela informação, espelho! Que extraordinário!
Irei à festa dela. Como presente darei uma caixinha de bombom.

Comida e bebida, na festa, eram servidas à vontade.
Tirando a bruxa, o resto eram pessoas queridas de verdade
E que desejariam à aniversariante tudo de bom.

Maah, queridinha, esses chocolates são importados,
Quem me vendeu disse que são uma delicia.
A caixinha de bombom foi com outros presentes guardados.
Ninguém percebeu na bruxa ao entregar o presente um ar de malícia.

A festa acabou. A bruxa foi para casa ansiosa pela aguardada notícia.
Mãe, dê a caixinha de bombom para alguém. Não quero perder a forma.
Quem recebeu os bombons virou agora um enigmático caso de polícia,
Uma vez que num ingênuo cadáver o infeliz sem querer se transforma.

O FILHO DA POETISA

TERESINHA DE JESUS

Terezinha de Jesus
De uma queda foi ao chão,
Por causa de uma casca de banana
Arremessada por um sem educação.

Acudida por dois bondosos cavaleiros
Que começaram a interrogação:
- Dói aqui Dona Teresinha?
- Educados rapazes, não!

Então dói aqui, Dona Teresinha?
Ai! Ai! Ai! Dói! Dói, sim!
O que fazer agora, moçoilos?
Como irei para casa assim?

Pediram calma à Dona Teresinha...
Qual não foi a surpresa ao olhar com cuidado,
O que eles viram? Você, leitor não adivinha?
O responsável por tudo aquilo, o culpado!

Um dos jovens ficou acudido Dona Terezinha
E o outro para não perder a ocasião
Foi lá atrás daquele que agira como porco
E não como um consciente cidadão.

Para justificar o seu imperdoável erro,
O lambão disse uma grande asneira,
Ele afirmara que jogou a casca no chão
Porque naquela rua não havia lixeira.

Os dois cavaleiros ficaram espantados...
Lixeira até que havia, só que não adiantava nada;
A mesma que naquela rua existia
Por vândalos fora estragada.

Está vendo aquela senhora
No chão, chorando e sentindo dor?
Pois é! Machucou escorregando na casca
Jogada no chão pelo senhor.

O atirador da casca fica muito arrependido.
Ao ver Dona Teresinha sofrendo, dela sente dó
Porque aquela elegante senhora
Parecia ser muito boazinha que só.

Fui eu quem jogou a casca, peço-lhe desculpas,
E para reparar o meu grande mal
Vou chamar um táxi
E levá-la para um hospital.

Qual é o nome da senhora?
Entre dores ela responde: - Teresinha.
Não se preocupe com as despesas
Afinal este acidente foi culpa minha.

Pensava consigo Teresinha de Jesus...
Ele também é cavalheiro e não maldoso
Ainda bem, meu Santo Pai!
Até que esse senhor era um senhor garboso.

Terezinha sai do consultório medicada
E o diagnóstico fora uma forte torção
Novamente o senhor a pede desculpas
E lhe faz uma pergunta de supetão

Não sei se o que estou sentindo pela senhora,
A senhora está sentindo por mim.
Estou apaixonada por você! Quer namorar comigo?
Com um terno beijo na boca, Teresinha demonstra o seu sim.

O FILHO DA POETISA

RECADINHO À FADA MADRINHA


Eu não me esqueci de você não,
Querida e saudosista fadinha,
Se a tenho aqui no meu coração
Como esquecê-la, Fada Madrinha?!

O fator tempo é o grande vilão e causador
do nosso desencontro no mundo virtual,
Mas continua eternamente e a todo vapor
O que sinto por você: um carinho fraternal.

Fada Madrinha, não fique triste comigo
Pois continuo sendo o seu zeloso amigo
Pretensão em acabar com a nossa amizade

Não tenho; para mim seria uma heresia -
Portanto troque a tristeza pela alegria
Com a certeza de que somos amigos de verdade!

O FILHO DA POETISA

A SEDE

Um viajante exausto parou numa das casas por instante
Para um copo -de- água tomar e sua enorme sede cessar.
Sai da casa uma senhora velha e uma criança pentelha
Ambas imundas, igualmente suas vestes vagabundas.

A senhora solícita demonstrava imundície explícita;
Assim também parecia o copo de água que trazia.
Recuso o copo que a visão fotografa, aceito a garrafa
Disse a ela pra não chatear, pois no gargalo iria tomar

A água que me dava e o meu corpo cansado solicitava.
A velha disse que podia sim, pois ela também fazia assim.
A senhora riu da coincidência, em mim bateu a impotência,

Pois a senhora tinha uma boca fedida e a dentição empretecida.
Mesmo sentindo nojo muito forte, não consegui mudar a sorte
Matar a sede é uma condição vital, portanto meu asco babau.

O FILHO DA POETISA

FLOR DE LIMÃO


Há no meu jardim uma Flor de Limão
Cujo aroma dessas flores é diferente,
sua fragrância é tudo de bom ao coração,
tem cheiro de uma amizade transparente.

Rego essa flor com toda minha atenção,
Pois no meu jardim ela é a mais atraente,
Deparo-me sempre com a seguinte situação:
No meu portão olhando a ela vejo gente.

Seus fiéis admiradores, assim como eu,
Agradecemos sempre a mãe natureza
Por essa flor encantadora que nos deu.

A Flor de Limão terá duração eterna
Disso vocês podem ter real certeza
Por sê-la vital a uma vida tão terna.

O FILHO DA POETISA

CONTATOS IMEDIATOS

Olhei pro céu senti horror
E qualquer um ficaria apavorado,
Não é todo dia que um disco-voador
Percorre o imenso céu estrelado.

O que eles estão fazendo aqui?
Vieram de qual parte do universo?
Confesso que tudo sobre os ets que li
Eu não tenho a verdade a qual alicerço.

Juro que vi um objeto voador não identificado
Não estava dormindo e sim muito bem acordado.
Não sou maluco, rapaz, tenho sim idoneidade!

Não foi um contato imediato de terceiro grau,
Apenas vi um disco-voador, nada mais. Menos mal
Se um et me levar à sua nave, jamais voltarei a ser normal.

O FILHO DA POETISA

SACI PERERÊ



Acusam-me de ser o filho do Tinhoso
E que faço um monte de diabruras;
Consideram-me um ser perigoso,
Terrível dentre outras criaturas.

Quem simplesmente em mim crê
Ao ver qualquer redemoinho
Sabem que eu, saci pererê,
Com meu pito tô a caminho.

Na verdade sou um pentelho
Que usa um gorro vermelho
Tenho apenas uma perna só

Sou um ser mágico florestal
Faço peraltice e não o mal,
Se bobear até um quiproquó.

O FILHO DA POETISA

FESTA SURPRESA DE ANIVERSÁRIO

Ninguém se lembrou de mim, estou chateada!
Até aquele que é cavalheiro, o Grilo Falante...
Ninguém deu parabéns aqui à Fada Melada,
Ignoraram que hoje sou uma aniversariante.

Não vou ter festa de aniversário! Nada!
Eu terei um aniversário desinteressante.
O jeito é ir para casa e ficar lá trancafiada
E torcer pro dia passar rápido o bastante

Para que essa dor não fique no meu coração.
Pensava que era amada por todos, que ilusão!
O jeito é chorar na cama que é um lugar quente.

Ao abrir a porta de casa para encarar minha tristeza
Escuto a voz do meu amigo Grilo Falante: surpresa!
As fadas e o Grilo cantando parabéns. Que comovente!

O FILHO DA POETISA

NOVA TRAQUINAGEM DA FADA MENINA

Uma Fada que fiquei sabendo mais tarde ser arteira
Jogou espontaneamente um monte de pó em mim,
Só depois que pó ao caiu causou-me muita coceira
É que percebi que não era pó de pirlimpimpim.

Agora desenfreadamente coçando sem parar fico,
Deixando a minha pele assim completamente ferida,
O maldito pozinho na verdade era o terrível pó de mico
Causando às minhas grandes unhas fome carcomida.

A fadinha não fez por maldade e sim por ser traquina
Porque a fadinha é criança, tem nome de Fada Menina;
Depois que ela viu meu sofrimento ficou com remorso.

Tocando na minha pele com sua varinha de condão
Os pruridos sumiram sem dar qualquer satisfação
E sem que eu fizesse enfim qualquer tipo de esforço.

O FILHO DA POETISA

SONETO GENETLÍACO À FADA DOS SONHOS

Hoje meus versos nascem risonhos,
Tornando bem onírica a nossa vida,
Tudo porque a Fada dos Sonhos
Completa mais um ano de vida.

os sonos jamais serão medonhos,
se à noite ao dormir somos assistida,
diante dela os pesadelos mais bisonhos
pegam as malas; estão sempre de partida.

Parabéns! Parabéns minha querida Fada!
Está em festa o Portal Dos Sonhos e Magia
Querendo compartilhar consigo tal alegria.

Vamos, Fada dos Sonhos, não perca nada
Que de melhor lhe trouxer esse especial dia
Para que ele se resuma nessa simples poesia.

O FILHO DA POETISA

O DEUS DO VENTO


Varria com obstinação o meu terreiro
Já havia juntado num cantinho o lixo
Um vento fresco, todavia desordeiro
Transformou-me num feroz bicho;

Pois esse vento espalhou por inteiro
O lixo no terreiro limpo com capricho.
Diante desta bagunça fiquei grosseiro
Palavrões terríveis fizeram seu nicho

Na minha boquinha que é nada santa.
Eolo ouve meu xingatório, se espanta:
Um mero mortal ofender sua criatura.

Humano mal agradecido! Grande boçal!
Para refrescá-lo enviarei um vendaval
E converter a sua insolência em agrura.

O FILHO DA POETISA

FADA DO DESMANCHE

Uma fada tocou-me com sua varinha de condão
Visto que lhe fizera alegremente um pedido
Qual foi a surpresa minha a partir de então
Ao perceber que a fada decepara o meu ouvido.

Ela pediu sem graça desculpas com toda educação...
Eu queria a orelha, estava resolutamente decidido,
Ao fazer o novo pedido novamente outra decepção
Pelo mesmo processo a fada me deixa sem outro ouvido.

Desesperei-me! Fiquei completamente transtornado!
Além de esquisito como vou usar o meu óculo escuro?
Não posso pedir nada a ela, se não serei desmontado
Aumentando ainda mais o meu ilógico apuro.

Pode parecer loucura, deixa-me repara o meu mal .
Deixei.Devolveu-me as orelhas.
Por segurança disse-lhe tchau.

O FILHO DA POETISA

O CANTO DAS CIGARRAS

Puxa vida! Isso não é canto! É uma barulheira só!
Quem será o responsável por tamanha algazarra?
Espere um pouco! Eu as conheço da casa da vovó!
Eu também o conheço, disse do bando uma cigarra.

Desculpe-me a sinceridade, mas da música tenham dó!
Espero que vocês tenham consciência que fazem farra
Com a voz e não cantam nada! Se usarem bem o gogó
Com uma boa técnica vocal e muita, mais muita garra,

Poderão aprender comigo, estou disposto a ajudá-las.
Em termos de teorias nós vamos aprender as escalas
Musicais e muito exercício respiratório e técnica vocal.

Uma vez que vocês tiverem afinadas, todos irão escutá-las
Se cantarem com alma as canções, muitos irão ovacioná-las
E crerão que estejam num paraíso ouvindo um coro angelical.

O FILHO DA POETISA

FESTA À ELFA DAS FLORES

Hoje simplesmente a mata está em festa,
Multicolorida, linda e com alegres cores,
A razão disto, o calendário nos atesta:
Hoje é “níver” da bela Elfa das Flores.

Como está encantadora a nossa floresta!
A mesa com guloseima de vários sabores,
De longe se ouve as canções de seresta,
Além das vozes aveludadas dos cantores.

De repente encerra-se todo “conversê”,
Inicia-se o tradicional Parabéns Pra Você
Acompanhado de fortes aplausos e gritaria.

A noite vai ser pequena pra tanta felicidade
A lua acompanhando tudo fica com vontade
De entrar naquele clima de saudável alegria.

O FILHO DA POETISA