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O ASTRO

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APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

Não, não vou sair daqui...

Não, não vou sair daqui...

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domingo, 27 de maio de 2012

INSOLAÇÃO


Por que eu não ouvi o conselho
Dado sabiamente pelo meu pai?!
Agora estou totalmente vermelho
E se algo me encosta digo ai, ui, ai!

Meu filho - escuta aqui o seu “velho”-
Estou vendo que pro clube você vai,
Será de sua parte um destrambelho
Se não levar o protetor solar, uai!

Estou agora cheio de não me toque,
O que me esbarra parece um choque,
Acompanhado duma forte queimação.

Agora um desconforto em mim recai,
Da minha boca só gemido de dor sai.
Meu Deus! Que horrível ter insolação!

O FILHO DA POETISA

O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO CRESCER?


Uma pergunta que minha paciência esgota
Por eu considerá-la completamente idiota
E que me deixa sem vontade de responder:
- Menino, o que você vai ser quando crescer?
Respondo à gente grande com um ar inculto:
- É óbvio que vou ser um adulto!

O FILHO DA POETISA

terça-feira, 22 de maio de 2012

A FADA DOS DENTES


Mãe, meu dente está bambinho!
Acho que não vai demorar sair!
Então faça o seguinte, filhinho,
Antes de deitar na cama e dormir

Vê se consegue extrair o seu dente
E colocá-lo embaixo do travesseiro
Assim uma fada deixará um presente
Ou então uma quantia em dinheiro.

Mãe, essa estória já está ficando legal...
Existe sim uma fada no mundo encantado
Que recolhe o dente que de modo natural
Foi simplesmente do céu da boca descolado.

A Fada dos Dentes - é assim que ela se chama -
aparece pé ante pé, em plena madrugada,
Aproxima cuidadosamente da nossa cama
Pega o dente e através de um gesto camarada,

Deixa-nos um presente ou uma moeda.
O presente é caro? A moeda é de ouro?
Essa ideia de grandeza, meu filho, arreda.
O presente é singelo e a moeda, tesouro,

É mesmo do valor do sistema financeiro local.
Essa estória tava boa demais para o meu gosto!
Se entendi, a fada colocará uma moeda de um real
Ou deixará uma simples lembrancinha (que desgosto)

Debaixo do meu travesseiro na troca pelo meu dente.
Que coisa ridícula! Tanta confusão pra dar em nada!
Á minha vida custa acontecer algo de tão diferente
E quando acontece, recebo visita de uma sovina fada.

Mãe, Por que a ridícula fada recolhe os dentes das crianças?
A Fada dos Dentes impede que os dentes possam parar
Nas mãos duma bruxa e vire ingredientes de pujanças
Nas mais terríveis feitiçaria que alguém possa imaginar.

Mãe, tenho muitos dentes de leite ainda que vão sair.
Como esse é o primeiro, vou negociar com a fada.
Eu vou pra cama, vou fazer de conta que vou dormir...
A Fada dos Dentes hoje vai ter uma surpresa danada...

O menino coloca o seu dente no bolso do pijama.
Não aquenta esperar a fada e cai num forte sono.
A Fada dos Dentes triste deixa um bilhete na cama
Do garoto. Fique com seu dente. Avareza, não abono.

O FILHO DA POETISA

domingo, 20 de maio de 2012

SUJEIRA INDESEJADA


Droga! Quem transformou o a rua num banheiro?
Distraidamente acabo de pisar numa fezes de animal.
Em termos de simpatia é sinônimo de atrair dinheiro,
Mas não poderia este vir a mim de outro modo mais legal?

Agora estou aqui contrariado, com o tênis sujo e fétido;
Vou ter que retornar à minha casa e trocar de calçado.
O pior é que mamãe irá me xingar por andar distraído
E não olhar para o chão no caminho que havia andado.

Poxa! Por que as pessoas não fazem seu papel de cidadãs?
Manter ruas e passeios de suas casas limpas é sinal de cidadania,
Mostrar que nós somos asseados e garantir que todas as manhãs

Possamos sair de casa sem correr o risco de ficarmos atrasado
Para cumprir nossos compromissos em mais um corrido dia.
Grana não tenho, apenas sim um tênis com tal sujo indesejado.

O FILHO DA POETISA

quinta-feira, 3 de maio de 2012

COISINHA VERDE? III

Lourinho, a ideia de ter namorada, gostei,
Afinal o sexo feminino enfeita o nosso viver;
Considerar-me seu inimigo jamais pensei
Eu disse só verdade, não há o que esconder.

Claro que entre nós existem muitas diferenças
Você é uma ave do mundo real você mesmo atesta
Suas palavras ácidas não me soam como ofensas,
Pois não guardo dentro de mim nada que não presta.

Você é que invadiu o meu mágico espaço virtual
E não o contrário. Acredito que você foi expulso
Do seu poleiro pelas rolinhas que com forte pulso,

foram desonestas com você. Agiram de modo ilegal,
Em grupo. Quando seus amigos vieram socorrê-lo
Ao invés de deitar as penas você deitou foi o cabelo.

O FILHO DA POETISA

A AVÓ DA CHAPEUZINHO E O LOBO MAU


Vovozinha! Vovozinha! Abra a porta!
Quem bate é Chapeuzinho vermelho!
Trouxe-lhe uma cesta com bolo, torta;
Pra livrá-la do mal até um pé de coelho.

Ao abrir a porta e pela sua expressão facial,
A frágil vovozinha tem uma terrível surpresa,
Pois quem lhe batera a porta era o lobo mau
Que imitava sua netinha com total destreza.

Por favor! Não me pergunte, vovozinha, nada!
E tão pouco grite! Você será por mim devorada
Logo em seguida sua neta lhe fará companhia.

Lobo Mau, se você está com uma fome danada
Não desperdice o seu paladar comigo, acredite
Senta-se que lhe ponho a mesa e bom apetite.

O FILHO DA POETISA

COISINHA VERDE? - PARTE II

Primeiramente, louro, não lhe chamei de feio
Nem tão pouco eu falei a respeito do seu lar
Chamei sim você de velho sem algum receio
Pois é uma verdade que é dita só de lhe olhar.

Que você está caduco também eu afirmei
Visto que a sua dona Dionéa já me falou
O fato de você ser um rapagão jamais direi
E que você tem energia pra gastar, piorou.

Nada foi dito para lhe magoar. Não tenho
E nunca tive tal intenção. Logo mantenho
O que disse sem tirar uma vírgula se quer

Tudo que disse foi a mais pura verdade.
Quanto a você, lourinho, vir me ameaçar,
É caso polícial. Farei um B.O., pode deixar.

O FILHO DA POETISA

quarta-feira, 2 de maio de 2012

PAPO VAMPIRESCO


Drácula, qual é a razão de tanta careta?
É porque acabo de sugar um sangue
De um ser humano que vive de dieta,
Suguei aquele líquido bem exangue.

Aquele sangue sem colesterol algum
Triglicéride também nele não existe
Açúcar nesse sangue de jeito nenhum
Parece que não me alimentei. É triste...

Já que estou com a sensação de não saciado
Quero pedir a você que está lendo um favor:
Doe-me o seu pescocinho, meu querido leitor;

Cumpra-se aquilo que está escrito no livro sagrado:
Dai de comer quem tem fome e beber quem tem sede
Dê-me a sua jugular e cumpra já o que o Pai lhe pede.

O FILHO DA POETISA