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O ASTRO

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APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

Não, não vou sair daqui...

Não, não vou sair daqui...

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

UMA ESTORINHA FRANCISCANA



CAPÍTULO UM - OS INVASORES

O triste não é ficar velho e sim na velhice perder todo o vigor,
Pensara eu que teria uma velhice bem tranquila e serena!
Desde que me entendo por ave, minha dona me trata com muito amor;
Não seria agora na senilidade que o amor dela se tornaria coisa amena.

Sempre passei e passo a minha vida num pequenino muro
Onde fica também o meu poleiro. Lá recebo água e comida
Vejo o "mucovuco" todo! Não perco nada! Desse jeito a minha agudez apuro.
É sinônimo de que estou vivo também para terceiros. Assim levo a minha vida...

Já disse que estou bastante velho. Como devagar, não tenho mais paciência.
Ultimamente tenho recebido visitas indesejáveis de certos invasores
Que pousam no meu poleiro, comam da minha comida sem a minha aquiescência

Os inoportunos invasores que me afrontam são: rolinhas, pombos e pardais...
Os pombos são cinzentos, parecem não serem domésticos e vindos de outros arredores;
Porém as rolinhas e os pardais simplesmente me ignoram. Respeitam-me?! Jamais!

CAPÍTULO DOIS - DESAFOROS

É isso aí, currupaco! Se não quiser apanhar, fique aí quietinho no seu canto!
Sua dona lhe traz coisas deliciosas: sabugo com milho, semente de girassol, pedaços de frutas.
Se eu fosse procurar tudo isso pra comer, minhas lindas penas suariam tanto;
Sem contar que achando algo num espaço fora daqui, seria submetido as várias disputas.

Você não sabe o que é isso, não é louro?! Sempre recebeu tudo prontinho, na hora.
Você nunca precisou brigar para ter a sua tão saborosa alimentação.
Deixemos as recordações tristes de lado! Deixe-me cuidar dessa fome que me devora!
Quanto a você, não me incomode! Fique aí paradinho e caladão.

Penso aqui com as minhas penas... será que o santo devoto de minha dona irá me atender?
Eu não sei. Como faço para entrar em contato com esse importante ser celestial?
Nunca vi a minha dona iniciando algum pedido a ele. E agora, o que fazer?

Sei que o nome desse santo é São Geraldo Magrela... não! São Geraldo Martela!
Sei lá !Ai! Ai!Ai! como faço para entrar em contato com esse ser especial?
Quer saber?! Vou fazer do meu jeito, através do meu pensamento e assim apela.

CAPÍTULO TRÊS - UM SANTO EM MEU SOCORRO

Quem estiver num mundo superior ao meu, por favor, venha, me socorra!
É sofrimento demais passar por uma humilhação dessa para mim e para qualquer animal!
São Francisco de Assis ouve a prece do louro e não permite que nada de mal ocorra.
Senhor papagaio, que enorme problema você tem. Vamos fazê-la voltar ao normal.

Currupaco, seu santo! Para minha vida voltar ao normal, livra-me desses invasores.
Se eu fosse uma ave jovem, expulsaria todos , um por um a base de bicada;
Todavia sou uma criatura idosa. Eles me afrontam com ares cruéis e ameaçadores,
caso o chame no bico, lógico que sairei dessa batalha com uma derrota vergonhosa.

São Francisco de Assis chama o pombo, a rolinha e os pardais à uma conversa particular.
Senta-se no chão de terra do terreiro e as aves pousam na perna direita do citado santo.
Meus amiguinhos, temos um problema pra resolver aqui e conto com vocês pra me ajudar.

Acredito até que já sei do que o senhor está querendo falar com a gente...
Aquele papagaio pé na cova veio fofocar para o senhor a respeito da comida dele, garanto!
Correto, pardal! Você mesmo já disse que a comida é dele. De Jesus Cristo você temente?

CAPÍTULO QUATRO - OS ANIMAIS E A HUMANIDADE

Que pergunta! Cada um de nós dirá que sim! Cremos naquele que é Filho do Nosso Criador!
Pois é pardal! O sétimo mandamento do decálogo diz que nós não devamos roubar.
Tal mandamento não autoriza os pássaros roubarem comida seja de quem for.
Santo, a bíblia foi escrita não para nós e sim pro bicho homem que adora a Deus desrespeitar.

Dona rolinha, onde você leu na bíblia que ela fora escrita somente para a humanidade?
Lembra do caso da arca de Noé? O dilúvio matou afogado só o homem ou os bichos também?
As águas vieram e mataram os animais, menos aqueles que estavam na arca, não é verdade?
Concordo com você, rolinha, que o homem é a nossa preocupação maior, contudo porém

a bíblia é um livro sagrado que é a palavra de Deus, portanto é para todos os seres viventes.
O próprio Cristo cumpriu tudo o que estava escrito antes da bíblia nas sagradas escrituras.
Jesus fez as vontades do Pai e não as suas. O desejo de Deus é de que fôssemos sobreviventes.

Voltando aos animais e Deus, foi um burrico junto com são José que Levou Maria para Belém.
Uma pomba que trouxe um ramo verde pra mostrar que a terra tava livre das coisas impuras.
Também foi um burrico que conduziu a estrada triunfante de Jesus Cristo a Jerusalém.

CAPÍTULO CINCO - A PAZ DE SÃO FRANCISCO

O décimo mandamento do decálogo nos diz que não devamos cobiçar as coisas alheias.
Tudo bem, São Francisco ! O senhor conseguiu nos convencer de que agimos de má fé.
Senhor, nós estamos nos sentindo envergonhados por essas nossas atitudes tão feias,
Logo queremos o seu perdão para nós. Vocês roubaram foram a minha comida é?!

Não, São Francisco de Assis,nós roubamos foi a comida daquele papagaio velho.
Não sou eu quem deve perdoar vocês e sim a ave que em vítima de vocês se transformou.
As aves demonstrando-se arrependidas caminharam até o senil papagaio de joelho.
Papagaio, você nos perdoa?Nós não tínhamos consciência do que a gente lhe causou.

Depende seu pombo! Vocês e seus comparsas prometem me deixarem para sempre em paz?
Papagaio, nós prometemos! Como não somos aves domésticas, caçaremos nossas comidas.
Pode acreditar, disseram as outras aves uníssonas. Traremos comida pra você se isto lhe apraz.

Aves, espere! Não sejamos pau-pau, pedra-pedra. Darei sim a cada um de vocês meu perdão.
visitem- me o quanto quiser! Só não gostei do modo como chegaram ameaçando a minha vida.
Divido minha comida sem problema algum, desde que não seja por parte de vocês imposição.

CAPÍTULO SEIS - DESMAIO

Lourinho, vamos por uma pedra sobre isto?! Que tal selarmos aqui uma duradoura amizade?
Se vocês tiverem paciência em lhe dar com um velho ranzinza como eu, claro que direi sim!
Escutando uma algazarra enorme no terreiro, a dona do papagaio foi checar a tal realidade.
Não acredito no que vejo ! meu lourinho fazendo amizade com esse bando de aves chinfrim!

A dona do papagaio pega a vassoura de varrer terreiro pra acabar com essa amizade maldita.
Não acredito! Que estou vendo! Coça os olhos várias vezes. É São Francisco de Assis, certifico!
A dona do papagaio desmaia de uma vez só. Ao ver sua dona desmaiada o papagaio grita.
Num gesto de desespero, o papagaio pousa na sua dona para fazer respiração boca a bico.

As outras aves correm para ajudar o seu novo amigo que se encontra em pleno desespero.
Minha dona, não me abandone! Viver sem você aqui neste mundo de meu Deus não quero.
Papagaio, tem algum lugar bem pertinho em que eu possa pegar água pra jogar na sua dona?

Ali tem um enorme tanque onde minha dona iria colocar mais tarde as roupas dela para lavar.
O pombo teve uma ideia bem legal! Não vamos ficar aqui com de asas cruzadas! Vamos ajudar.
São Francisco de Assis, peça a Nosso Senhor Jesus Cristo para levar a minha querida matrona.

CAPÍTULO SETE - UM MILAGRE DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Acorde, minha senhora! Ainda não chegou a sua vez. Aproveito para lhe desejar paz e bem.
A dona do papagaio volta si. São Francisco de Assis...eu não sei o certo o que devo lhe dizer!
São Francisco de Assis levanta a dona do papagaio com muito cuidado. Minha senhora vem
compartilhar conosco a paz que reina agora entre as aves do seu terreiro como deve ser.

Não estimule nas pequenas aves o egoísmo, o ódio, a violência, a mesquinharia e a inimizade.
Todos seres vivos que existem na face da terra são obras de Deus. Sendo o Nosso Deus amor,
Os seres advindos do Pai também são dignos de receber amor e não coisas ligadas a maldade.
Deixe, minha senhora, que o Projeto de Deus tenha na sua vida o mais importante valor.

Vou levá-la para o seu quarto. A senhora precisa de um breve repouso para se recuperar.
Fomos criados não para praticar o mal e sim para sermos instrumento de paz do Senhor.
Ah, o seu santo de devoção São Geraldo Magela pediu-me para este recado lhe dar.

Primeiramente ele agradece todas as orações que a senhora lhe tem com fé encaminhado.
São Geraldo é o santo protetor das mães e sendo senhora mãe pediu que rezasse com ardor
Para que não deixe de orar aos nossos filhos a fim de que eles possam ter um belo destino.

O FILHO DA POETISA

domingo, 17 de novembro de 2013

BEIJA- FLOR



Beijo quaisquer tipos de flores.
Romântico? Estou longe de ser!
Delas me delicio de seus sabores;
Alimento-me das flores pra viver.

Nem somente de néctar me alimento,
Também de mosca, aranha ou formiga.
O néctar é da minha alimentação 90%
E creio que é melhor à minha barriga.

Sou o único pássaro que paira no ar,
Para de inveja toda passarada matar
E para ninguém conto esse segredo.

Outro segredo meu... esse posso revelar:
De lambuja também polinizo as flores
Perpetuando-as com suas lindas cores.

O FILHO DA POETISA

terça-feira, 22 de outubro de 2013

UM ANJO TORTO



Capítulo 1 - O Anjo torto

Um dia um anjo torto
Apareceu para mim.
Nossa, que desconforto
Ter que trabalhar assim!

Ser celeste, eu não suporto
Ver alguém sofrendo assim;
Vem cá que o desentorto
Se você me disser que sim!

Você não é contorcionista...
Confie em mim, por favor,
Pois sou um bom massagista.

Cara,vou ser bem sincero!
Se a sua cura valer muita dor,
Sinceramente não quero.

Capítulo 2 - Entregue à massagem

Tenho a mão de fada
É o que dizem por aí.
Você não sentirá nada.
Vamos anjo, deite aqui!

O que de fato aconteceu
Para você estar desse jeito?
É castigo que o Pai lhe deu
Pois você não andou direito?

Rapaz, não foi castigo divino
Senão estaria num apuro mais feio,
Meu caso foi um outro destino.

Para você eu posso contar
Sem medo, nenhum receio
De alguma punição ganhar...

Capítulo 3 - A origem

Estava de volta a terra
Para proteger um pirralho
Já que sobre mim encerra
A proteção como trabalho.

Para exercer minha função
Pus a criança na minha aba
Eis que aparece de supetão
Uma bela e provocante diaba

Para ver tão criatura esfuziante
viro-me de forma desajeitada
Passo a ouvir no mesmo instante

Um monte, um monte de riso.
Havia ali alguma coisa errada
Senti que eu ficara no prejuízo.

Capítulo 4 - A decepção

Quando virei abruptamente
A minha coluna saiu do lugar,
Eu senti consequentemente
Uma imensa dor me apossar.

Um nome feio me escapuliu,
Foi muito bom que desabafei,
Aquela dor forte só diminuiu
Quando torto eu me coloquei.

Ainda bastante aborrecido
Fui ver os autores da risada
Ô rapaz! Até meu protegido

Rira da minha infelicidade.
Tristonho bati em retirada
Diante da vexatória realidade.

capítulo 5 - A bondade

Filho da mãe, que isso!
Que dor horrível e essa!
Descumpriu o compromisso
Peça-me desculpa! Peça!

Endireite o seu corpo, anjo!
Do seu mal você está curado.
Livre total do seu desarranjo,
Não será mais ridicularizado.

Você não é um massagista!
Na verdade você é um santo
Que o lado mortal despista.

De coração eu lhe agradeço,
Você não tem ideia de quanto...
Já que fazer o bem, não tem preço.

O FILHO DA POETISA

domingo, 22 de setembro de 2013

O PRISIONEIRO




Um passarinho canta na gaiola
A tristeza que traz no coração
Nada neste mundo o consola
Visto que está naquela prisão

A liberdade não é uma esmola
Para ser tirada com explicação
Tão fútil que até chega ser tola
O canto dessa ave é pura sedução

Ser egoísta! Humano desumano!
Queria vê-lo como eu, trancafiado...
Se este homem não estaria insano.

Cantando, eu mantenho a certeza
De que um dia não estarei enclausurado
E sim completamente livre na natureza.

O FILHO DA POETISA

A PEDRA E O POETA



A pedra que os pedreiros fizeram careta,
Vejam só! Tornou-se agora pedra angular.
Sinceramente não sei se por sorte ou azar,
Ela ficou no meio do caminho do poeta.

Muito feliz com que a vida lhe destina
Aumentando assim seu grau de sobeja
Essa pedra ouvira do Mestre a tal sina:
“Sobre essa pedra edificarás a minha igreja.”

Por ser uma pedra que rola, jamais criará limo.
Viu o poeta e perguntou: com o quê que eu rimo?
Só saio do seu caminho quando me der a sua resposta.

Pedra, você está parecendo àquela mitológica esfinge
Cuja caminhada para prosseguir apenas se restringe
No transeunte decifrar a indagação por você proposta.

O FILHO DA POETISA

O MONSTRO DO LAGO NESS



Era uma vez um monstro marinho,
mais uma espécie em plena extinção,
que resolveu seguir um outro caminho
Que o tirasse totalmente da solidão.

Apesar de ter um tamanho colossal
e de sua aparência muito horrenda,
se disser que tal monstro não é mal
Quiçá você mesmo se surpreenda!

Eu Insisto. Ele é um monstro bom.
Pode perguntar para o Poseidon,
Que é o deus mitológico do mar.

É um monstro, digo sem susto, dez;
Que mora bem longe, lá no lago Ness
e que quer apenas um amigo arranjar.

O FILHO DA POETISA

domingo, 4 de agosto de 2013

FADA ARCO-ÍRIS E O GRILO FALANTE



Era uma vez um lugar chamado Portal dos Sonhos e Magia
onde seres encantados habitam esse local fascinante,
contudo ele agora só tem lampejos de harmonia
desde a chegada do personagem Grilo Falante.

Fada Arco-Íris, administradora dessa terra da fantasia,
jamais imaginara o quanto seria para o Portal periclitante
Em aceitar para aquelas bandas aquele que parecia
não oferecer perigo algum àquela terra tão distante

Mal sabia ela que atrás daquela figura de inocente aparência
Viriam terríveis bruxas, gênios maus, deuses de várias mitologias,
Seres esses que a Fada Arco-Íris só de ouvir falar tinha ciência,
e agora eles estavam lá, levando aos habitantes locais ares de agonias.

Como já fora dito, o Portal dos Sonhos e Magia era tranquilo
Por ser habitado por fadas, pequeninos seres que só fazem o bem;
Agora o local é invadido por criaturas(assim que aceitou o Grilo),
que praticam todas as coisas ruins que no mundo têm.

Claro que eu estou generalizando. Há deuses também
que são humildes,bons, justos, sábios e misericordiosos;
por azar da Fada Arco-Íris os que aparecem por lá, porém,
só trouxeram para o Portal momentos conflitantes e perigosos.

Todavia Fada Arco-íris é portadora de um bondoso coração,
Jamais ameaçou o Grilo Falante ou fez isso em forma de convite,
de expulsá-lo do Portal dos Sonhos e Magia por causar tanta confusão...
Muito pelo contrário, adora o seu atribulado amigo Grilante... acredite!

O FILHO DA POETISA

terça-feira, 30 de julho de 2013

NO MUNDO REAL




CAPÍTULO UM - AMIGA ADORÁVEL

Sei que você, minha amada Apolinária, gosta de conhecer gente bacana;
Assim sendo, eu tenho uma amiga dentro deste perfil a lhe apresentar.
Ela é uma pessoa do mundo real que já veio aqui no Portal nos visitar.
Ela é uma menina doce, um encanto de pessoa. O nome dela é Joanna.

Eu adoro mesmo conhecer gente que a bondade dentro dela emana.
Que convite magnífico, meu amado! O olhar da gente não nos engana...
Ao falar de Joanna,os olhos do Grilo ficaram com um brilho sensacional.
Joanna é uma pessoa fantástica! Bondosa! E ela é uma deficiente visual.

Quando veio aqui nos visitar, a deusa Íris a transformou no inseto Joaninha.
Um ser não encantado, mas encantador, Joanna foi tratada por nós como rainha.
Tem uma vizinha formidável também, muito boa cujo nome é diferente: Ivonete.

Nossa, Grilo Falante! Mais do que nunca quero conhecer essa menina encantadora.
Está bom! Se você não importar, minha doce Apolinária, desejo mesmo é ir agora!
Não me importo! Quanto mais cedo melhor! Antes de ir deixarei às fadas um bilhete.

CAPÍTULO DOIS - O MEDO

Joanna, levante da cama, minha filha! Deixe de lado essa imensa preguiça!
Ande depressa! Hoje é domingo! Temos que ir à igreja! Vamos à missa!
Mas mamãe, já levanto cedinho para ir à minha escola a semana inteira...
Ó meu Deus! às vezes é preferível ser surda do que ouvir essa besteira!

Vou explicar de novo! A bem da verdade devemos ir a missa todo santo dia
Para agradecer tudo de maravilhoso que Deus nos deu, inclusive a vida!
Aqui vamos à missa uma vez por semana somente aos domingos! É mixaria!
Ao chegarmos da missa e você quiser dormir, claro que deixarei, minha querida!

Esquenta a cabeça não! Falo estas coisas só porque estou com sono e não por mal.
Sei que devemos ir à missa para aprender a viver como Deus deseja para nós, afinal.
Vou arrumar uma roupinha bem bonita pra você vestir enquanto você toma seu banho.

Engraçado, pensa Joanna! Estou sentindo a presença de alguém aqui no meu quarto.
A menina resolve perguntar: quem está aí! O medo dentro de Joanna era muito farto.
Quem está aqui!Estou com medo! Ensinaram-me a não ficar com ninguém estranho.

CAPÍTULO TRÊS - JOANNA CONHECE APOLINÁRIA

Não sou nenhum estranho, Joanna! Sou seu amigo Grilo Falante! Já esqueceu de mim?!
Claro que não esqueci! Não esqueci de você e nem das fadas. Elas não vieram com você?!
Fada Sol... Fada Arco-Íris... aquela deusa que me transformou numa belíssima joaninha.
As fadas não vieram comigo. Quem veio lhe conhecer é a minha querida namorada. O quê?!

Você está namorando, Grilo Falante? Que maravilhoso! Sua namorada... ela é muito bonita?
Apolinária, este é o nome da minha namorada. Ela é muito bonita! Apolinária é uma borboleta.
Que massa! Se não fosse gente, queria ser joaninha ou então borboleta. Você acredita?!
Lógico que acredito em você, Joanna! Minha confiança em você é infinita e completa!

Que pena que não posso vê-la, Apolinária! O Grilo disse que você é bonita. Acredito nele!
Não vou acreditar no que disse. Você vê sim, de forma diferente. Você vê através da pele,
através da audição, através do olfato, através do paladar, além de outros aguçados sentidos...

Você sabia que nós estávamos aqui. Olha que nós não fizemos nenhum barulho se quer.
Você reconheceu a voz do meu querido Grilo Falante, depois de muito tempo sem o ver.
Perdoa-me a expressão "sem o ver". Quando percebi, tais vocábulos os já havia proferidos.

CAPÍTULO QUATRO - CHEGARAM À IGREJA

Tem problema não! Sei que não foi por maldade. Vem cá! Deixa-me senti-la!
A borboleta pousa na face e depois nas mãos da menina. Joanna de forma tranquila
Vai construindo no seu imaginário o retrato fiel de sua nova e especial amiga.
É macia é calma. Só falta agora falar suas cores para eu concluir sua imagem. Diga

Para mim as cores... Sou uma rara borboleta grega. Minhas cores são: azul, branca e amarela.
Meu amigo Grilo tem muito bom gosto. Pelo que senti e o que você falou, você é muito bela.
Nossa! Muitíssimo obrigada pelo elogio, Joanna! Você é uma menina muito educada.
Não lhe disse isso pra ganhar elogio seu. É sim a verdade. O Grilo fez uma escolha acertada.

Pelo amor de Deus, Joanna! Até agora não tomou banho?! Chegaremos atrasadas à missa!
Não precisa ficar nervosa, Mãe! Tomarei o banho depressa. Vamos deixar de lado à preguiça.
Joanna pediu à sua mãe pra vestir um macacãozinho. O bolso largo da roupa serviu de morada

Ao casal de insetos. De lá puderam assistir confortavelmente de camarote toda a celebração.
Que tempo bonito! É a primeira vez que estou aqui, pela primeira vez sinto arder meu coração.
Apolinária querida, para ser sincero, eu também estou sentindo a mesma coisa encantada.

CAPÍTULO CINCO - A PRESENÇA DO MAL

Todos cantavam o hino de louvor a Deus, quando Joanna falou aos amigos: não estou legal!
Sinto algo ruim. Não é comigo e sim com a igreja. Estar assim na casa de Deus não é normal!
A borboleta Apolinária pousa no ouvido da amiga e diz: posso ver o que está acontecendo?!
As minhas asas têm os olhos do deus egípcio Hórus, que me permite ver tudo que tá havendo.

Como assim, ver o que agente não está vendo?! Há dois mundos paralelos : o mundo visível
E invisível. Faça isso por mim. Eu preciso entender o que estou sentindo e que é horrível.
Indo pro teto da igreja, Apolinária tem a visão de toda igreja em trezentos e sessenta graus.
Enxerga facilmente os seres materiais e se assusta ao ver dois invisíveis seres horrendos maus.

Tais seres cutucavam as inocentes crianças, fazendo-as chorar só para avacalhar o belo culto.
Chutavam a estante que estavam as músicas cifradas onde os músicos tocavam com muita fé.
Cuspiam nos copos d' água dos cantores e com isso eles erravam as letras e saiam do tom até

Que voltassem ao tom, a música havia terminada, pois iniciara uma outra etapa da celebração.
O ser do mal sente o flagra , vira pra Apolinária e diz: quem é você, inseto de poderosa visão?
Você não é do mundo real. Desça daí se não quiser ser destruída. A borboleta acata o insulto.

CAPÍTULO SEIS - PANDEMÔNIO

A borboleta retorna ao bolso do macacão apavorada com o que vira. E agora? O que fazer?
Apolinária, a coisa ruim que estou sentindo aumentou e muito. Você consegue me responder?
Infelizmente não tenho resposta, Joanna. Conte para mim o que você está conseguindo ver.
Eu prefiro falar quando estiver na sua casa. Muitas perguntas tenho, mas como responder?

Enquanto isso, microfone dava defeito, a eletricidade acabou e arrebentava a corda do violão.
A missa foi um caos. O padre rezava pra terminar o mais rápido possível. Que terrível situação!
Vendo Apolinária apavorada, Grilo Falante insiste: conte-me o teu medo, tire-o do coração.
Querido, vi um ser terrível com um par de chifres, todo vermelho, com rabo e tridente na mão.

Essa criatura é o mal em si. Ele olhou para mim, mandou-me descer, se não me destruiria.
Obedeci-o! Além do medo que estava e estou, aqui não é o lugar de confronto que ele queria.
A criatura parece que tinha conhecimento da do meu poder e de que nenhum mal eu o faria.

Dos seres que vi, este é o mais poderoso. Com certeza, num embate com ele seria derrotada.
Já enfrentei seres malignos do ocidente, enfraquecem se água benta lhes forem derramada.
Joanna trouxera água consigo. Temos que tornar essa água benta para que neles seja Jogada.

CAPÍTULO SETE - A PAZ

Entornar bastante água benta nessas criaturas vermelhas maldosas é nossa única esperança!
Joanna pede ao padre que lhe benza a água e este mesmo muito atordoado atende à criança.
Água benzida, Joanna vai à direção que o Grilo lhe indicara, joga o liquido com toda confiança.
Em contato com os capetas, água ferve. Há um odor de enxofre no ar. Depois, veio a bonança.

Na hora do Cordeiro e da Comunhão, os fieis continuam com olhares de desconfianças ali.
Assim que o padre deu à bênção final, os eles iniciaram um interminável e assustador tititi.
Todos comentavam o cheiro forte de enxofre que sentiram na missa. Creio que consegui,
Com ajuda de vocês. Nós Temos que procurar alguém da igreja. Talvez o mal ainda volte aqui,

Principalmente nas próximas missas. Apolinária sobe até o teto da igreja e abre as suas asas.
Através do olho de Hórus faz um rastreamento. Ainda estão ali os seres das cores de brasas.
Apolinária desmaia novamente. Grilo, por que você e sua amada não voltam às suas casas?

Mãe, juro que não estou doida, mas quero conversar com o padre e lhe contar tudo que sei.
Não estou entendendo nada! Que você sabe? Sobre o que você está falando? Jamais pensei...
Tem haver com os incidentes que aconteceram á missa? Não me esconda nada eu lhe ensinei!

CAPÍTULO OITO - QUE FANTASIA!

Padre, minha filha não quis se abrir comigo, ela insiste em querer falar somente com o senhor.
Apolinária já voltara a si apesar do medo. Joanna, pode falar tudo. O padre está lhe ouvindo.
Padre, você sabe que não enxergo. Não poderá dizer que estou enxergando para mais ou pior.
Confie em mim. Juro! não sou mentirosa, mesmo que não faça sentido, não estou mentido!

Lembra que lhe pedi para benzer a água? Era para jogar nos capetas que avacalharas a missa.
Minha filha, não fale uma coisa dessa! Estamos na casa de Deus! Para mim, sua mãe, isso tudo
Não passa de imaginação fértil de criança! Perdoe -a, Padre! A mente dela não tem preguiça!
Joanna, pare com isso! Não me encabule! O padre não lhe dará crédito ao seu caso cabeludo!

Se estou inventando, mãe, por que sentimos o cheiro de enxofre quando joguei a água benta?
Para não acharem que estou doida, vou apresentar dois amigos meus. Eles resolveram caso.
Eu agi apenas segui a instrução deles e graças a Deus tudo deu certo, Joanna complementa.

A menina mete a mão no bolso, tira com cuidado a borboleta estrangeira e um grilo garboso.
Estes meus dois amiguinhos são seres encantados. Eles vieram do Portal dos Sonhos e Magia.
Uma borboleta e um grilo... seres encantados... Os humanos começaram rir. Que fantasia!

CAPÍTULO NOVE - OS SERES ENCANTADOS

"Há mais coisa entre o céu e a Terra que sonha a nossa vã filosofia" - William Shakespeare.
O único homem presente à reunião com a Joanna era o padre. Quem disse agora tal frase?
Eu não fui, disse o padre. Quem é dono dessa voz masculina que nós acabamos de ouvir?
O dono da voz está na mão da garotinha Joanna. Sou eu mesmo: o Grilo Falante. Tem base?!

Os seres humanos ficam boquiabertos. Eu deduzo, sem errar, que a borboleta também fala.
Falo sim, padre. Será mais fácil a comunicação. Pergunte-nos e responderemos sem temor.
Vocês vieram do mundo encantado. Quais são seus poderes? A bela borboleta não se cala.
Tenho poder sim, trazido para mim, sem querer, pela Fada Arco-íris, em sua inocência maior.

Trago comigo visão do deus Hórus, presentes nas minhas asas. Assim vejo tudo que quero ver.
O Grilo diz não ter poder, tem sim! Uma inteligência e uma sabedoria que só vendo pra crer.
Foi ideia dele do senhor transformar a água comum em benta para jogá-la nos seres do mal.

Grilo Falante instruiu a Joanna e a menina cumpriu à risca tudo o que ele havia planejado.
Atingidos pela água benta, os seres do mal ficaram enfraquecidos e o odor de enxofre exalado.
Meu Pai do céu! Se tudo que você me disse for verdade, estamos diante de um poder bestial.

CAPÍTULO DEZ - SATANASES

Conta-me tudo sobre esses seres malignos que viu, pois tenho quase a certeza de quem seja.
Padre, são vermelhos da cabeça aos pés, rabo com triângulo na ponta e seguram um tridente;
Boca cem por cento banguela, têm um cheiro forte de enxofre, como vocês sentiram na igreja.
O que aconteceu de errado na missa, eles estavam por trás, rindo de cada erro deliciosamente.

Borboleta... Apolinária, por favor! Perdão! vocês não têm noção da gravidade do problema!
Apolinária, o que você acaba de descrever para nós é que nós cristãos chamamos de capeta,
Ou demônio. Eles eram anjos de luz, um arcanjo do Senhor; eles tiveram o seguinte dilema:
Ser poderoso igual Deus, o Senhor do universo. Têm a liderança de Lúcifer para obter tal meta.

Entraram em batalha com Deus. Foram derrotados e expulsos do céu e pararam no inferno.
Hoje, seus objetivos é de desvirtuar os filhos de Deus para que o viver deles não seja eterno.
Os capetas transformam os homens em pecadores. Pecado é fazer tudo que Deus desaprova.

Sendo homens pecadores, isto entristece muito Deus e faz com que Deus nos castigue.
Tendo o livre-arbítrio, a escolha é pertence à humanidade. Seguir o bem, nada a obrigue.
Se o homem diz que agiu contrariando as leis sem saber, é mentira. Não sabe uma ova!

CAPÍTULO ONZE - VAMOS PARA O EMBATE

Padre, acho melhor o senhor deixar um monte de água benta para expulsá-los da igreja.
Grilo Falante, por não ser cristão, não sei se me entenderá. Água benta não mata satanás.
Ela causa dor nele por alguns instantes. O mesmo acontece com crucifixo. Que a gente esteja A vida voltada a Cristo, só assim ficaremos livres dos demônios. Só Ele é nosso Salvador e Paz.

O que afugentou o demônio foi a consagração da hóstia, pois ela representa o corpo de Jesus.
Reafirmo: o único ser a quem o capeta não tem vez alguma é com Jesus Cristo, o nosso Deus.
Temos que saber o porquê deles estarem aqui. Que tem na igreja e que a um demônio seduz?
O demônio é pai da mentira. O que interessa a qualquer demônio são os nossos fiéis. Ó céus!

Borboleta Apolinária, com o seu poder é possível ver se há algum demônio na igreja presente?
Claro, padre! Nem preciso estar na igreja para ver. Daqui mesmo , caso tenha, poderei vê-los.
Trago comigo um medo enorme que haja na igreja um monte de capetas, ou seja uma legião.

Padre, são dois. O capeta que fora ferido com água benta e um outro amigo dele, obviamente.
Mesmo tendo consciência de que há dois demônios, o padre se arrepia até os fios do cabelos.
Não tenho outra saída. Como estão num templo de Deus, eu terei que expulsá-los daqui então.

CAPÍTULO DOZE - SOLDADOS DO SENHOR JESUS

O senhor não estará sozinho, padre. Vou com você. Eu também vou, meu Grilo amado.
Joanna, você e sua mãe ficam aqui na sala da liturgia orando para Deus e Nossa Senhora
Por nós. Grilo e Apolinária, fiquem no meu ombro. Seremos fortes juntos, não separados.
Ensiná-los -eis umas orações próprias pra exorcismo, a fim de expulsarmos os capetas agora.

Reze-as com muita fé! Sei que vocês não são cristãos, mesmo assim reze com bastante fé
Para que na nossa igreja seja expulso tudo aquilo que representa ou que venha a ser o mal.
Vamos meus amiguinhos! Está tudo aqui! A bíblia, o crucifixo, a fé em Nosso Jesus Cristo que é
Nosso Salvador. Ao retornarem à igreja, o medo toma conta de todos os presentes sem igual.

De nada adiantará as suas coragens! Vocês não passam de insignificantes e nojentos mortais.
Vamos, sejam sensatos! Ajoelham-se diante de mim e renegue a Cristo, só isso que lhe peço!
Façam um pacto comigo e vocês saberão o quanto sou tão bom como Jesus, quiçá até mais!

Renuncio-o, satanás! Fiz isso quando há muito tempo atrás recebi a minha primeira eucaristia.
Novamente quando eu fiz a crisma também o renunciei. Sou pecador sim, sei que não mereço
A salvação do meu Senhor, mas Cristo é amor, terá compaixão de mim. É isto que me alivia.

CAPÍTULO TREZE - O PODER DO MAL

Sou um servo de Jesus Cristo! Para sedimentar isso dentro mim é que eu me tornei padre.
Saia da casa de Deus! Eu lhe ordeno! O padre começou a rezar o Pai Nosso seguido do Credo.
Quem é você para me dar ordem! Perdoo-lhe a insolência se você se tornar o meu compadre!
Vê meu amigo ali? O padre ao olhar outro diabo, este vira uma bela mulher. Tá com medo?

O diabo-mulher estava com uma roupa sexy. Quer dizer que o padre, fez voto de castidade...
Também fez voto de pobreza... que pena! Posso lhe dar todo o tesouro do mundo se desejar.
Jurou seguir Jesus Cristo... imbecil! Siga a mim! Eu faço parte agora de sua inútil realidade!
Não há mistério em torno de mim. Sou o que você está vendo. Para que vou me ocultar?

Não preciso de parábolas e nem de frases enigmáticas para que o meu objetivo seja alcançado.
Aonde está o seu Deus Todo Poderoso? Por que agora Ele não está mais presente ao seu lado?
Vamos! Entregue-se a mim de corpo e alma! Venha você fazer parte da minha vitoriosa legião.

Vocês falam que o seu poderoso Deus sacrificou o próprio filho para tirar o pecado do mundo.
Se é verdade, então me responda: O que estou fazendo aqui? Pense apenas por um segundo!
Venho lhe dar os prazeres carnais, as coisas luxuosas e o direito a revide na hora da agressão.

CAPÍTULO QUATORZE - SOB O JULGO DA MALDADE

O outro capeta tirou os dois insetos do ombro do padre e estava os pegando de empreitada.
Apolinária e Grilo se contorciam à toda direção. Pareciam sofrer descargas de alta voltagem.
O capeta ria a cada expressão de dor que os valentes insetos demonstravam. Que coragem!
Sabem para quê serve essa coragem de vocês neste delicioso momento? Eu sei: para nada!

Cadê o deus Apolo/Febo que você, Grilo Falante, e Apolinária tanto cultuam? Não estão aqui!
E o Deus daquele padreco? Também não está nem aí para os seus fiéis e corajosos adoradores.
Se nos cultuarem, verão a diferença. Dos meus adeptos nunca esquecerei e jamais os esqueci!
Dê-me a alma e vamos pegar inimigo por inimigo, dar-lhes momentos exclusivos de horrores.

Vocês verão o quanto é dulcíssimo o gosto da vingança e a saborosa política do bateu , tomou.
Quanto é libertador comer de tudo, sem culpa, que existe pela frente até perder a vontade.
Cadê, Grilo Falante ou será melhor chamá-lo de Teófilo, deus thoth que tantas vezes o salvou;

Além de lhe devolver a inteligência, o dom de falar - atributos que pertencem à humanidade.
Cadê o seu deus Thoth, do mundo primevo, que ao homem escrever e depois a ler ensinou.
Pois é! Ele o abandonou! Agora você está solitariamente sob julgo da minha sincera maldade.

CAPÍTULO QUINZE - REFORÇOS

O padre estava no limite máximo de resistência à bela mulher em que o diabo se transformara.
O Grilo Falante e a Apolinária estavam tendo terríveis transfigurações através de outro capeta.
De repente os deuses mencionados pelos cruéis capetas apareceram. A presença deles causara
Alguns instantes de trégua ao padre, Apolinária e ao Grilo . Com sarcasmo o demônio alfineta:

A que devo a honra da visita tão ilustre? Estou fazendo serviço de vocês! Punindo os traidores.
Nós estamos num templo de um Deus cujo livro sagrado é a bíblia que nos rotulou de pagãos;
Deus este que faz afronta não só a você, Apolo, mas todos do Olimpos. Agora seus adoradores
Estão aqui à casa de outro Deus, ignorando vocês. Continuamos ou os deixamos às suas mãos?

Demônios, vocês estão usando discurso da mentira. Conta-nos os seus verdadeiros objetivos!
Thoth está certíssimo! Vocês esqueceram de que sou o deus sol e das ciências divinatórias?
Disseram -me que uma besta me provocaria junto a um outro deus,assim receber vários crivos

Dessa besta que queria destruir um terceiro Deus, assim teria pra sempre seus dias de glórias.
Sendo você um deus, acredito que você entendeu o que eu não precisarei mais nada explicar.
Se vocês têm muitos poderes, voltarão os insetos a serem gentes e apagá-los as memórias.

CAPÍTULO DEZESSEIS - O MAIOR DE TODOS OS DEUSES

A paz esteja com vocês. Jesus recebe dos dois satanases um olhar nada, nada amistoso.
O demônio- mulher abandona de vez o padre que já estava a um fio de cair na tentação,
Vai ao rumo do Nosso Senhor Jesus Cristo. A casa de Meu Pai não é lugar para perdição!
Já disse a um dos seus antigamente e repito agora para vocês de um jeito bem atencioso:

Não atentará o Senhor teu Deus, portanto vocês saiam da casa do Meu Pai imediatamente!
Ao ouvirem a ordem do Nosso Senhor Jesus Cristo, os dois capetas somem sem deixar algum.
Quando Jesus Cristo olha os deuses Apolo, Thoth, Grilo Falante, Apolinária, ajoelham num
Gesto de reconhecimento: Jesus, Tu e teu Pai são os maiores entre qualquer deus existente.

Em verdade, em verdade vos digo: De fato, não há no universo nenhum deus mais poderoso
Que meu pai. O que o filho se não a imagem refletida do próprio Pai? O Pai ficara orgulhoso
Se o filho cumpra o que Ele lhe pedira, as leis ditada por Ele, seguir com repeito a sua vontade.

Pros mortais Jesus Cristo disse: Vocês são as ovelhas que o Meu Pai me incumbiu de cuidar.
Isso me fará de um Bom Pastor, pois estou sempre cuidando do meu rebanho, sem me cansar.
Digam à pequenina Joanna e a mãe dela que uma prece com muita fé muda uma realidade.

CAPÍTULO DEZESSETE - APÓS A DIVINA VISITA

Jesus Cristo volta para o céu, onde ficará sentado à direita de Deus pai, o Todo Poderoso.
Os deuses mitológicos despedem dos amigos e ficam impressionados com o poder de Cristo.
Temos que contar a outros deuses o que vimos aqui, a existência de um Deus superpoderoso.
Os deuses das mitologias ficam sabendo do Filho do homem que outros deuses tinham visto.

Mãe e a filha retornam para dentro da igreja e perceberam que a paz de novo voltou a reinar.
Joanna, o Nosso Senhor Jesus nos disse que a sua fé e o de sua mãe causaram essa mudança.
A garota deixa escapar uma lágrima de felicidade e o seu pequeno coração puro volta a rezar.
Deus, obrigado por me ouvir, por me socorrer, mesmo sabendo que sou uma simples criança.

Joanna, Jesus ama todos nós, ainda mais crianças. Há uma passagem bíblica em que ele diz
Com todo o seu coração: Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas serão o reino do céu.
Falou tudo, mamãe da Joanna. Jesus Cristo ama as crianças, não deixa nenhuma delas ao léu.

Padre, podemos ficar aqui, orar a Deus e agradecê-lo por nos ajudar hoje, deixando-nos feliz?
Claro, mamãe da Joanna! Ficarei por aqui também, porque tenho muitas coisas pra agradecer.
De uma coisa tenho plena certeza, disse o Grilo: do que aconteceu aqui, jamais irei esquecer.

O FILHO DA POETISA

sexta-feira, 12 de julho de 2013

FADA BORBOLETA APOLINÁRIA




As coisas não andavam bem
Naquele cantinho tão charmoso
Era um mistério saber do acontecido
Fadinhas mantinham o fato sigiloso

Depois de buscas e procuras
Muita pergunta sem resposta pelo ar
Dava pra sentir o clima pesado
Um receio do que não se podia revelar

Segredo era um feitiço bem elaborado
Para uma borboleta enfim sossegar
Magia foi feita igual à Cinderela
Tendo hora marcada para retornar

Ela curtiu por encantados momentos
Felicidade de agir como uma fada
Importante era fazer feliz a criaturinha
Provando de vez como Apolinária era amada


SoninhaBB

APOLINÁRIA E O SEU AMOR




Apolinária é borboleta bem vaidosa
Adora bater as asas todo instante
Desde que ficou apaixonada
Tornou-se muito inconstante

Quer sempre estar atraente
Pois pelo Grilo Falante se apaixonou
Não pensa mais em outra coisa
Além do inseto que lhe encantou

Fada Arco-Íris anda abismada
Apolinária lhe deixa cheia de temor
Está sempre no mundo da lua
Pra onde manda suspiros de amor

Além desse amor desmedido
Ela também sonha em se transformar
Vive pedindo uma grande magia
Querendo em fada assim se eternizar

SoninhaBB

sexta-feira, 31 de maio de 2013

UMA PULGA



Uma pulga na balança
Deu um pulo e foi à França
Caindo lá na contradança
Não soube dançar;

Por ser uma pulga fedelha,
Foi parar atrás da orelha
E ninguém não a aconselha
Lá ela ficar.

Depois de ouvir tanto esporro,
Pulou no dorso de um cachorro
Para ter um pouco de paz;

Além de farta alimentação
Que lhe garantia aquele cão
Tornando sua fome algo fugaz.

O Filho da Poetisa

domingo, 14 de abril de 2013

BORBOLETA APOLINÁRIA



A Apolinária adorou a sua poesia
E ela lamentou não ser poetisa,
Sentiu com o poema uma magia
Como um toque de uma leve brisa.

Apolinária numa incontida alegria
Lê várias vezes o poema e parabeniza
Você pelo dom de escrever com maestria.
De novo a inveja a Apolinária inferniza...

Você encontrou a Apolinária verdadeira,
Pois ela traz o olho de Horus em cada asa;
Olho este que simboliza coragem e poder.

Apolinária é uma borboleta bem fagueira,
Imponente, sábia. O amor dela é uma brasa
Que aquece de felicidade todo o meu ser.


O FILHO DA POETISA

Retribuindo a gentileza da poetisa SoninhaBB...



A BORBOLETA APOLINÁRIA

Apolinária é um encanto de leveza
tem nas suas asinhas muita magia
faz qualquer um ter admiração
bem disse a querida Carochinha

Tem suave Inteligência e esperteza
confesso que da beleza nem vou falar
seu lema é manter viva a natureza
sabe bem a importância do seu lugar

Vive preocupada com outras espécies
nem quer saber de gente egoista
são ervas daninhas que só sabem sugar
Apolinária prefere gente mais altruista

Encara bem os momentos difíceis
achando que união é fundamental
também carrega a nobreza da fantasia
particularidade bem refletida no Portal


SoninhaBB

quarta-feira, 3 de abril de 2013

INSETO INSENSATO


Pernilongo chato, por que a gente você pica?
Não sabe que com isso irritado a gente fica?
Outra coisa que vejo em você de irritante
É o toque de sua cornetinha destoante.

Que prazer tem em me ver irritado?
Será que de viver você está cansado?
No meu belo arsenal prestou atenção?
Repelente, inseticida, chinelo, mão

E uma raquete elétrica para eletrocutá-lo.
Encostando-lha ouvirei estalo e mais estalo;
Portanto lhe aconselho que seja sensato.

“Antes que o mal cresça, corta-lhe a cabeça...”
Suma! Saia da minha frente! Desapareça!
Se isto não ocorrer, pode ter certeza: te mato!


O FILHO DA POETISA

sexta-feira, 29 de março de 2013

ERA TUDO GENTE



CAPÍTULO UM - AS APARÊNCIAS ENGANAM

Socorro! Alguém me ajude! De coração imploro!
Meu reino está sendo extinto! Meu povo corre perigo!
Vendo que suas palavras se esvaiam ao vento, rei caiu em choro.
Quando abraçava desesperança, viu um castelo Espero que mora lá seja amigo.

Ô de casa! Ô de casa! Sou o rei Laodêmio e venho pedir auxílio.
Meu reino fica a léguas daqui, na cidade chamada Pólis, norte da Grécia Antiga.
Cheguei aqui depois de muito andar! Sinto-me como um exausto andarilho.
Preciso recuperar meu reino! Meu povo!Não reaverei nada disso sem uma mão amiga!

O rei fica decepcionado ao ver sair do castelo o Grilo Falante. Esperava um cavaleiro...
De preferência nobre de sangue azul, corajoso, valente, enfim um grande guerreiro...
Fazer o quê? Teria que contar com a ajuda daquele inseto muito pequenino.

Majestade, será uma honra hospedá-lo em minha casa. Terei muito prazer em servi-lo.
Obrigado! Precisarei de banho, alimentar-me, beber algo, dormir; Ó bom Grilo Falante!
Faça o mesmo com o meu cavalo. Depois de estarmos refeitos, seguirei o meu destino.

CAPÍTULO DOIS - QUE REI SOU EU



Passado o sono, o rei acorda,vai para sala; lá chegando não encontra só o seu anfitrião.
Na companhia do Grilo estavam a Borboleta Apolinária, a Fada Arco-Íris e a Fada Sol.
Grilo nos contou sua estória, majestade. Se quiser ajuda, estaremos a sua disposição.
O Grilo Falante apresenta uma por uma, assim que a Borboleta Apolinária silenciou.

Já que o rei se recuperou da viagem, que tal nos contar o seu dilema desde o início?
Para ajudá-lo, temos que saber um pouco do senhor e do seu, agora nosso, inimigo.
Minha pátria se chama Pólis. Sou viúvo, sem filhos. Hoje vivo uma situação bem difícil.
Pouco tempo atrás chegou ao meu castelo um casal, rei e rainha de Ea e lhes dei abrigo.

Na manhã seguinte, após eu retornar da minha habitual e deliciosa caçada a raposa,
Sou impedido de entrar no meu castelo e da repentina morte da minha esposa;
Se não batesse em retirada, eu teria o estranho convite de me encontrar com a morte.

Por estratégia, preferi a primeira opção. Assim teria chance de recuperar o que é meu.
Meu povo não foi contra a tal ditadura e só há uma explicação para o que aconteceu:
Creio que a população de Pólis está sobre o domínio de um encantamento muito forte.

CAPÍTULO TRÊS - DEBAIXO DESSE ANGU TEM CARNE


Majestade,verifique se tudo está consoante o seu agrado ou está faltando algo.
Assim que o rei vai conferir se está tudo preparado à viagem de retorno à sua nação...
Gente, tá na cara que o casal que o rei acolheu não descendia de algum fidalgo!
Há alguma coisa errada com esse estranho casal, de acordo com a minha intuição.

Apolinária, por enquanto temos que fingir que acreditamos nele piamente,
Só assim saberemos quem está atrás disso. Fiquemos atentos à paisagem do trajeto
Que nos levará às terras reais. Qualquer detalhe pode ser uma pista importante.
Exato, Grilo! Silêncio! O rei Laodêmio está voltando! Finjamos! É o correto!

Tudo perfeito! Vamos agora, pois a viagem será longa e o tempo será precioso, Galera.
Sim, Majestade! O rei mal acabara de falar e o Grilo um breve cochicho ao seu ouvido.
Grilante, observou o linguajar do rei? Fala como plebeu! Rei fala deste jeito? Duvido!

Controla-se, Fada Arco-Íris! O rei é inocente até que prove o contrário. Você não lera
a constituição? Não me chateie, Grilante! Essa estória está errada! A começar pelo rei!
Perdão, Fada amiga, não quis lhe chatear! O tempo nos dará toda resposta, disso sei.

CAPÍTULO QUATRO - ERA TUDO GENTE



Por onde passamos só encontramos casas com mulheres e seus respectivos animais...
Se há mulheres, há homens... Onde estão?!

E o zelo das mulheres com os seus bichos?
Meu reino está em guerra com reino ao lado. 

Os homens estão no exército. Que mais?
Após a fala do rei, o Grilo Falante olha para trás 

e vê seus amigos em ácidos cochichos.

Ao ver os visitantes guiados pelo rei, um papagaio ganha o céu gritando: era tudo gente!
O rei fica irritado com presença da ave, na direção dela atira pedras que há no caminho.
O papagaio era esperto. Desvia daqui, dali; contrariando as intenções do rei, felizmente.
Pedras são atiradas em vão. Serviam de motivo ao berro da ave, com o rei em desalinho.

Não, majestade! Deixe a ave em paz! 

Papagaio é assim mesmo! Repete tudo que ouviu.
Ela não sabe que tá dizendo! 

Tem mais, um animal tem o mesmo direito a vida 
que nós!
Eu não estou irritadiço com o que o papagaio está falando e sim com sua estridente voz.

Para chegar ao meu reino, precisaremos de mais 

um dia e meio. O rei Laodêmio sugeriu
Que dormíssemos ali. Com autoritarismo, o rei 

confisca a casa dos habitantes do local.
Revoltada, a mulher deixa a casa com um cavalo 

e duas crianças. O clima não é legal

CAPÍTULO CINCO - MOSAICO DE DÚVIDAS

Que chato! A proprietária da casa ter que ir ficar 

na casa vizinha por causa da gente!
É ruim mesmo, Fada Sol e Fada Arco-Íris! Infelizmente nós não podemos fazer nada!
Apolinária e fadinhas, vamos pensar em tudo que aconteceu até o momento presente.
Um rei nos pede ajuda. Tem seu reino tomado. 

Viúvo, sem filhos... coisa engraçada...

Todo rei tem filhos pra lhes deixarem o reinado de herança e não nas mãos de estranhos.
Continue com o relato depois, Fada Sol, disse o Grilo, não agora; está vindo alguém.
Gente estranha entre no castelo, sem pedir audiência e o rei ainda dá abrigo? Tacanhos!
Fada Sol, continue... ao entrarmos nas terras reais 

há um outro fato estranho também.

Os habitantes são mulheres, crianças, animais, 

com o terceiro tendo carinhos extremos.
O rei diz que os homens foram à guerra defender 

de uma possível invasão seu reinado.
Pare, Fada Sol! Um exército vai defender o reinado 

de um rei que deposto! Pensemos...

Um rei deposto sem dar um tiro por um casal, ao mesmo tempo o rei fica enviuvado.
No caminho vindo para cá surge um papagaio que tagarela forte: era tudo gente.
O rei não usa norma culta, mas popular; está com a linguagem coloquial acostumado.

CAPÍTULO SEIS - COM AS PULGAS ATRÁS DAS ORELHAS



O rei se mostrou tirânico, assustando a dona da casa, onde a mesma se sentiu ameaçada.
Que guerra é esta que ninguém fala nada, não há notícia de nada? Tudo está incoerente!
Por onde começar se não há uma pista se quer? 

Se tiver a coisa está bem embaralhada!
Já resolvemos muitos casos, iremos resolver esse também, não será um caso diferente.

Amigos, raciocinem comigo! 

Um casal toma um reinado sem exército, 
armas, enfim.
Sem haver lutas, tiros, mortes... 
indício de que 
uma poderosa magia maligna fora usada.
Se um rei foi deposto, o exército abandona a guerra, visto que a mesma chegou ao fim.
Laodêmio afirma que o seu exercito está guerreando, isto é sinônimo de mentira pesada.

O rei nos trata com respeito e humildade, 

humildade esta que não mostrou ao seu povo.
Por que somos tratados assim? 

O que ele quer conosco? Sinto que é algo que desaprovo.
Também não sinto confiança no Laodêmio de jeito nenhum, meu Grilo Falante amado.

Eu e a Fada Sol estamos com vocês nessa questão do rei; prevejo que ele seja do mal.
O que nos deixa encafifadas é que nós não sabemos quem está enganando quem afinal.
Espero que estejamos em vantagens a esse rei que não tem nada mesmo de encantado.

CAPÍTULO SETE - CIRCE




Exército é pra dar mais poder quem está no poder ou tenta fazer um país não ter caos.
Se está no poder e não precisa exército pra se manter lá, então tem controle da situação.
Suspeito de que quem está no poder possui uma imensa magia. O detentor dela é mau...
Veja como a dona de casa ficou com medo e deixou a casa com ódio na sua expressão.

Nas terras reais só há mulheres, crianças, animais e um louro dizendo: era tudo gente...
O antônimo de gente é animal. A ave nos quis dizer que os homens viraram animais.
Só há um ser capaz de fazer isso: a feiticeira Circe. Ela possui uma magia bem potente.
Se Circe não estiver presente nesta estória, juro a vocês que não conheço ninguém mais.

Ela é deusa do amor físico, dos sonhos divinatórios, das maldições, da morte horrenda,
da magia negra. É rainha das bruxas e feiticeiras. 

Sua magia vem dos filtros, poções
e pós mágicos. É deusa da lua nova também! 

À sua beleza, não há quem não se renda.

A Circe tem poder sobre os falcões. 

Ela é filha da ninfa Pérsia com Hélios, o deus sol.
Circe foi exilada por matar o marido, 

rei de Sarmata, fato que a todos causou comoções.
Seu lugar de exílio chama Ilha Eana, que significa prantear. Assim que alguém chegou

CAPÍTULO OITO - RECARREGANDO AS FORÇAS

Á ilha vê uma luz tênue e fúnebre. 

Com uma varinha Circe pratica a zoomorfização.
Consta na estória da mitologia grega que ela fora derrotada pelo corajoso Odisseu.
Por Rhiannon, Apolinária! Estamos diante de uma criatura muito perigosa então!
Certíssima, Fada Arco-Íris! 

Que Apolinária não disse que Laodêmio não é rei, eu
Creio que Laodêmio é uma pessoa da plebe, 

daí usar a linguagem popular, por sinal.
Talvez por gratidão, ou por um fortíssimo encantamento ele se tornou lacaio dela;
Vamos dar corda ao Laodêmio. Ele acredita que estamos inocentes na estória afinal,
Assim ele nos levara à deusa Circe e lá veremos o que de ruim o destino nos revala.

Meu amado, tô medo! Os deuses são poderosos, nós somos encarnação da fragilidade!
Apolinária, se eu e Fada Sol lhe contarmos o que já passamos com o Grilo...isso é nada!
Não assuste Apolinária, Fada Arco-Íris. 

Há sempre uma saída para qualquer enrascada.

Vamos dormir, descansar, par estarmos bem fisicamente para encarar a dura realidade.
De fato, Fada Sol! Amanhã nós chegamos ao castelo real e lá o perigo que nos espera.
Apolinária! Fada Arco-Íris! Grilo! Boa noite! 

Amanhã saberemos quem é a nossa fera.

CAPÍTULO NOVE - ENFRENTANDO A CIRCE

Laodêmio, meu criado, q que trouxe par sua ama e senhora e que seja do meu agrado?
Minha deusa, trouxe algo diferente do que tenha trazido para a senhora ultimamente.
Sabendo que minha deusa tava enjoada de humanos, trouxe seres do mundo encantado.
Que maravilha, lacaio! Feitiçaria feita com seres encantados ficará ainda mais eficiente.

Deixe-me ver o que trouxe para mim: duas fadas, 

uma borboleta e um pequeno grilo.
Minha deusa querida, os insetos não são comuns, 

eles falam e as duas fadas também.
Os sonhos divinatórios se concretizaram. 

Os pequeninos assustados... Que era aquilo!
Uma linda mulher bem vestida, com uma voz muito encantadora e bastante má, porém.

A Borboleta e o Grilo são protegidos do deus Apolo e ambos são sábios como ninguém.
Como sei? Sou uma deusa! Sei tudo sobre vocês graças ao meu poder. Conhece-os bem.
Vocês são do Portal dos Sonhos e Magia... 

vieram aqui para se intrometerem comigo!

Tá bom! Podem ficar tranquilos! Em breve vou apresentá-los a Tânatos, deus da morte!
Em círculos, e vocês no meio, estarão as aves insetívoras, se vocês queiram outra sorte...
Servo, adorei as prendas! Minha felicidade é tanta 

que tento controlá-la e não consigo.

CAPÍTULO DEZ - COMO SAIR DA ENCRENCA

Usarei a magia para sairmos daqui. Fada Arco-Íris mexe em vão com a varinha mágica.
A situação está complicada! Aqui minha magia não funciona, não tem nenhum poder.
Os pássaros comem de insetos. Não sou inseto, 

voarei pra evitar a nossa morte trágica.
Exato! Os pássaros não se alimentam de fadas, 

todavia podem lhe machucar para valer.

Tenho que correr esse risco, Apolinária! É a única forma que encontrei de nos ajudar.
Não precisa correr tal risco. Odisseu venceu Circe 

com o apoio dos deuses mitológicos.
A ideia é essa mesma, contudo acredito que chamar o deus Tânatos me parece ilógico.
A ideia é sem lógica. Se os deuses não podem com Tânatos, nós é que vamos aguentar?

Apolinária, minha amada Borboleta, pode parecer absurdo, mas não é. Comigo reflita!
Circe quer matar-nos. Faremos Tânatos ver que não está na hora do nosso falecimento.
Por que morremos? Porque as parcas no seu tear cortam nossa linha da vida, acredita?

Tânatos surgiu, peço a ele pra consultar as parcas, assim temos da morte o afastamento.
Você não é um deus, meu querido! E se morrer na mão dele for a nossa cruel desdita?
Não tema, Apolinária minha amada! Algo me diz para confiar no meu pressentimento.

CAPÍTULO ONZE - ORIGEM DA VIDA E DA MORTE



Que estória é esta de Tânatos e parcas serem responsáveis pela morte. Não entendi nada.
Vou lhe explicar, Fada Arco-Íris, desde o começo, explicando tudo tintim por tintim.
As almas moram no inferno, governado por Hades. 

Ao morrermos, lá é a nossa parada.
No inferno há um paraíso chamado Campos Elíseos. 

As almas boas ficam lá. Sem fim.

Uma alma precisa encarnar ou reencarnar por algum motivo que não vem ao caso agora.
Isso acontecerá se: as parcas tecerem a linha da 

vida e essa alma atravessar o rio Lete.
Para adquirir a reencarnação uma alma não pode se lembrar da vida que tivera outrora.
Para chegar a este nível de esquecimento de não se lembrar de nada totalmente, compete

A essa alma cruzar o rio Lete cuja água garanta isso. Fica nos Campos Elíseos?! Exato!
Com a linha do tempo e da vida, atravessando rio Lete, a alma está pronta à encarnação.
Às vezes o homem na vida ofende Hades, aí o castigo quem vem buscá-lo é o Tânatos.

Se for natural, pedida por um deus, para alguém morrer as parcas tomaram tal decisão.
Quando o ser morre é porque elas cortaram a linha 

da vida do mero mortal. Isso é fato!
Nesse caso o sujeito morrerá de envelhecimento ou 

de uma doença; sem contestação.

CAPÍTULO DOZE - OS DEUSES: DONOS DA VIDA 

E DA MORTE

Se morte é solicitada por um deus, geralmente é vingança divina e aí a morte será cruel.
Uma doença lhe trará muito sofrimento, ou um assassinato ou de uma forma terrível.
Grilante, estou boquiaberto com tudo isso! Na minha visão, tudo isso é fora do normal.
Voltando aos Campos Elíseos a alma cruza de novo o rio Lete, lembra de tudo afinal.

Das outras vidas pregressas que ela teve e daquela 

vida que essa alma acabara de ter.
Viu Fada Arco-ìris! Apesar de ser tão complexo, 

não é assim tão difícil de entender.
A decisão sobre a vida é dos deuses do Olimpo com 

a permissão das parcas e Hades.
A morte também segue o mesmo itinerário. Tudo conforme aos deuses e sua vontades.

Os deuses são responsáveis pela nossa vida, eis o motivo do homem ser a eles submisso.
Os deuses são iguais a nós nos sentimentos, contrariando-os pagamos na hora por isso.
Se obedecermos ao pé da letra, teremos deles todas 

as regalias. Resumindo: benesses.

Agora sei o porquê de se construir os templos e as oferendas aos deuses do Olimpo.
Pois é, Fada Arco-Íris. Sobre os deuses mitológicos, coloquei tudo pra em prato limpo.
Para nós compete ficarmos em harmonia com eles através também de nossas preces.

CAPÍTULO TREZE - AS PARCAS

Amigo Grilante, sobre as parcas, fale mais um pouco para que eu possa entender!
Quero dizer que nenhum deus pode alterar as decisões de vida ou de morte das parcas.
Se um mortal morrer por algum castigo dos deuses é porque elas consentiram pra valer.
Tecer linha da vida, guiar o nascer do homem, a luz pra sair do Tártaro são suas marcas.

Tártaro?! São crostas dentais enrijecidas que saem com de um instrumento de dentista!
Apolinária e Grilo Falante riem tanto que as lágrimas soltam aos olhos em abundância.
Depois lhe falo do Tártaro. Continuemos com as 

parcas pra não perder o ponto de vista.
Parcas, três senhoras: Cloto, tece fio;Laquesis, põe linha no tear, a outra é redundância

Em inflexibilidade. Chama-se Atropos, ela corta sem dó o fio que nos da a nossa vida.
Depois do deus Apolo/Febo, as parcas aparecem segundo lugar nas consultas ao oráculo
A fim de que o homem modifique o seu futuro de 

onde a mesma estava quiçá destruída.


Se as parcas são de fáceis consulta em oráculos seria bom consultá-las e não o Tânatos?
Exato, Fada Arco-Íris! Descartoideia de consultar Tânatos. Ele será mais um obstáculo.
Que bom! Só de saber que não consultará ao Tânatos, tira-me os pensamentos chatos.

CAPÍTULO CATORZE - TÁRTARO

Você está parcialmente certa. Tártaro também é 

aquela crosta dura da dentição humana,
Porém na mitologia grega, Tártaro é a lugar para onde vão os deuses quando derrotados
Na batalha final, derradeira com outros deuses. 

O deus Tânatos toma conta desse lugar.
Somente as parcas têm o segredo de ir ao Tártaro 

e voltar dele com todos os cuidados.

Tânatos é um deus muito forte. Tem as entranhas feitas de bronze e o coração de ferro.
Na maioria das vezes é descrito como criatura de rosto envelhecido coberto com véu
e uma foice na mão. Possui uma expressão horrenda de levar qualquer mortal ao berro
Só de olhar. Já não basta o fato de tirar de nós a vida sem nenhum remoroso ou perdão.

Esse deus é perigoso, Grilante! Mexe com ele não. Peço-lhe de joelho se preciso for!
Não precisa, amiga Fada Arco-Íris! A sua ideia em relação a minha é muito melhor.
Ah, que bom! Uma preocupação a menos. Agora o que fazer para sair dessa enrascada.

Tenho um plano. Dependerá da consulta que farei as parcas. Se tivermos direito a vida...
Deixemos o conversê. Daremos início aos procedimentos. Fique perto de mim, querida!
Orações e consultas são feitas às parcas. Se os 

nossos heróis vão morrer... que nada!

CAPÍTULO QUINZE - EM AÇÃO

As aves carcerárias ao verem as deusas da vida e da morte abandonaram o recinto.
Vamos, Grilante e Apolinária, sair daqui, visto que nossos algozes desapareceram.
Fada Arco-Íris, não podemos sair daqui! Circe irá atrás de nós de qualquer jeito, sinto...
Ficaremos aqui! Vamos para o embate com deusa 

Circe e seus comparsas que correram.

Fada Arco-Íris, o meu amado tem um plano e a minha intuição pede para executá-lo.
Oh, seres que amam o perigo! Tá bom, eu fico! Quem manda ter amigos doidos assim!
Fugir daqui não vai resolver o problema. Lá na frente ele aparecerá de novo num estalo,
Minha amiga Fada Arco-Íris. Nós cortaremos o mal pela raiz e nessa estória por um fim.

Já disse tá bom! A saída é pedir proteções divinas e torcer para tudo sair nos conformes.
De repente deusa Circe aparece com seus lacaios. Tolos! Não fugiram, seus retardados!
Ao ouvir a voz da rainha das bruxas, nossos pequeninos heróis levam sustos enormes.

Vocês foram pedir ajuda aos deuses?! Cadê-los? Eles esqueceram de vocês, mas eu não!
Serei superpoderosa! Sendo seres mágicos, com vocês meus poderes serão ilimitados.
Para não desinteressar minhas poções, eu vou utilizar 

a minha varinha de condão.

CAPÍTULO DEZESSEIS - CONFRONTO

O Grilo diz baixinho: Fadas Arco-Íris, Sol, Apolinária, colem em mim rapidamente!
Fada Arco-Íris, transforme sua vara de condão em espelho. Entrega-mo imediatamente.
Circe joga sua magia, o Grilo a recebe com espelho e esta volta ao lugar de onde veio.
Ao retornar, a forte magia transforma a rainha das feiticeiras num animal bastante feio.

Malditos! Que fizeram comigo? Vocês me pagam quando desmanchar o encantamento!
Circe, não somos adeptos da violência, vingança, maldade, tampouco de sofrimento.
Diga-nos o que podemos fazer para que a senhora volte rápido à sua normalidade.
Grilante, não faça isso! Vamos embora! Vencemos!Mantemos nossa física integridade.

Pois é, Fada Arco-Íris! Salvemos nossa integridade física e a nossa integridade moral?
Repito: não somos vingativos, omissos; se podemos ajudá-la nisso não há nenhum mal.
Você é ingênuo, Grilante!Se dermos a mão à ela, não seremos retribuído com o bem!

Pelos nossos princípios éticos, não podemos deixar Circe assim. Circe, como ajudá-la?
Há uma poção num frasco cor de rosa... pra voltar ao ser o que era antes, basta tomá-la!
Se demorarem alguns minutos e eu não tomar a poção; ninguém me ajudará, ninguém!

CAPÍTULO DEZESSETE - GESTO NOBRE




Fada Sol, traga-nos rápido sua varinha mágica e a poção de que a deusa Circe necessita.
Para esse caso a minha varinha não resolve. Dê-me a varinha da deusa das feiticeiras.
Imediatamente o rabo da criatura horrenda empurra a varinha mágica em direção à fada.
Fada Sol consegue a trazer a porção que o monstro ao tomar faz caretas bem grosseiras.

Pronto. Circe voltou ser bela, os animais a serem gentes. Resolvemos enfim a pendenga.
A deusa olha pro Grilo, dirige-lhe palavra sem nenhum sentimento de ódio ou vingança.
Vou-me embora. Deixarei tudo como está. Sua nobreza deixou meu coração molenga.
Deixá-los-ei viver; não os colocarei em minhas poções, por enquanto. Saio de mudança.

Espero não cruzar de novo consigo, se não esquecerei sua nobreza e realizo meu sonho.
Infelizmente eu não tenho nenhum poder para dar vida sua adorada e simpática rainha.
Fui usada como pretexto para que a morte pudesse desencarná-la. Não é culpa minha.

A Circe some, deixando todos do reino radiantes de felicidade. Adeus reino tristonho.
Espero nunca mais ver essa maldita deusa à minha frente. Oh, terrível carne de pescoço!
O pássaro que dizia ser tudo gente era rei do lugar. Cuidar do meu povo agora eu posso.
 


O FILHO DA POETISA


segunda-feira, 25 de março de 2013

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

FALSA PRINCESA





Queria tê-la como Cinderela, 
 ser o seu príncipe encantado, 
 bastaria simplesmente que ela 
 desse-me seu coração apaixonado 

 Agora eu preciso do sorriso dela 
 a fim de que o fogo seja apagado 
 do meu coração sem deixar sequela 
 e assim no braço do amor ser atirado. 

 Ao ganhar o sorriso dela, que tristeza! 
 Os dentes há muito deram-se em fuga, 
 Além de ter um narigão com verruga... 

 Era muito feia digo com toda certeza: 
 do canhão ela era sabe o quê? A bucha. 
 Que pena! Não era princesa e sim bruxa. 

 O Filho da Poetisa

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

DESENCANTADO


Sonhei contigo e caí da cama,
Quase bati a cabeça no chão.
No sonho deixaras em chama
Meu inocente e bom coração

Havia ali uma pequena pira
com incensos e negra vela
acesa. Teu olhar tem na mira
um livro de magia nada bela.

Dizias as palavras sem nexos
Ao ler o citado livro macabro.
Meus olhos ficavam perplexos.

Após meu coração ser dissecado
um portal a outro mundo eu abro
onde cada príncipe foi desencantado.

O FILHO DA POETISA

domingo, 20 de janeiro de 2013

UMA PULGA NA BALANÇA


Uma pulga na balança
Deu um pulo foi à França.
Se pulasse na cama elástica
faria uma viagem fantástica;
Quiçá até fora do nosso planeta
onde domaria um belo cometa
e fazer um turismo pelo universo
contando tudo em prosa e verso.

Uma pulga na balança
deu um pulo e foi à França.
Se fosse num pula-pula
estaria dançando hula-hula
em qualquer canto do Havaí,
deixando-nos com inveja por aqui.

Uma pulga na balança
Deu um pulo e foi à França.
Olhando a minha cara de jacu
au revoir mes bijoux
disse-me num bom francês
apesar d’eu falar só em português.

O FILHO DA POETISA

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

ÓDIO MONSTRUOSO


Ao ter nessa noite um sonho terrível,
confesso que caí apavorado da cama,
pois havia nele um monstro terrível
que me Olha com um olhar em chama.

Você acertou com um cruel estilingue
uma pedra pontuda no meu bumbum,
nada mais é justo que agora eu vingue
transformando-o numa pasta de atum.

Vou pular sobre você com tanta vontade
que me arriscarei até dar uma rebolada
para humilhá-lo perante toda sociedade

Depois da vingança e tudo consumado
Eu não me importarei com mais nada
nem mesmo que você tenha acordado.

O FILHO DA POETISA