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Um passarinho canta na gaiola
A tristeza que traz no coração
Nada neste mundo o consola
Visto que está naquela prisão
A liberdade não é uma esmola
Para ser tirada com explicação
Tão fútil que até chega ser tola
O canto dessa ave é pura sedução
Ser egoísta! Humano desumano!
Queria vê-lo como eu, trancafiado...
Se este homem não estaria insano.
Cantando, eu mantenho a certeza
De que um dia não estarei enclausurado
E sim completamente livre na natureza.
O FILHO DA POETISA
A pedra que os pedreiros fizeram careta,
Vejam só! Tornou-se agora pedra angular.
Sinceramente não sei se por sorte ou azar,
Ela ficou no meio do caminho do poeta.
Muito feliz com que a vida lhe destina
Aumentando assim seu grau de sobeja
Essa pedra ouvira do Mestre a tal sina:
“Sobre essa pedra edificarás a minha igreja.”
Por ser uma pedra que rola, jamais criará limo.
Viu o poeta e perguntou: com o quê que eu rimo?
Só saio do seu caminho quando me der a sua resposta.
Pedra, você está parecendo àquela mitológica esfinge
Cuja caminhada para prosseguir apenas se restringe
No transeunte decifrar a indagação por você proposta.
O FILHO DA POETISA
Era uma vez um monstro marinho,
mais uma espécie em plena extinção,
que resolveu seguir um outro caminho
Que o tirasse totalmente da solidão.
Apesar de ter um tamanho colossal
e de sua aparência muito horrenda,
se disser que tal monstro não é mal
Quiçá você mesmo se surpreenda!
Eu Insisto. Ele é um monstro bom.
Pode perguntar para o Poseidon,
Que é o deus mitológico do mar.
É um monstro, digo sem susto, dez;
Que mora bem longe, lá no lago Ness
e que quer apenas um amigo arranjar.
O FILHO DA POETISA