JellyPages.com

,

,

O ASTRO

O ASTRO

.

.

APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

Não, não vou sair daqui...

Não, não vou sair daqui...

0

0

.

.

.

.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O ALGOZ


PARTE I

Seja sincero! Você já viu algum grilo grilado?
Observe muito bem! Olhe direito para mim!
Quer saber por que ando tanto preocupado?
Há um enorme louva-a-deus que está afim

De ter-me como papá num prato bem acebolado.
Esse monstruoso animal parece santinho sim!
Finge que reza por nós esse inseto dissimulado,
para que tornemos sua presa fácil outrossim.

Inocente, sei!... Acha que eu cairei no plano dele?!
Eu vou agora mesmo é salvar a minha verde pele,
Só que para isso preciso de um plano mirabolante...

Senhor louva-a-deus, tenho amigos para pedir arrego.
Vá embora! Deixa-me vivo! Se não um enorme morcego
Transformá-lo-á numa deliciosa comida nesse instante.

PARTE II

Por que o senhor me olha com um olhar desconfiado?
Acredita que eu estou mentindo? Não sou mentiroso!
Naquela árvore há meu amigo morcego esfomeado
Que imagino está lhe vendo como um prato saboroso.

Parece estar longe, né! Mas é pura ilusão de ótica!
Num piscar de olhos ele estará aqui lhe pegando,
Aí é tarde para perceber que a situação sua é caótica
E que eu não estava em nenhum momento blefando.

A firmeza do Grilo fez o algoz ver até o que não existia
O louva-a- deus crê nesse instante na terrível fantasia
Que o Grilo Falante depositara-lhe em sua mente.

Quer saber, seu Grilo, não pense que estou com medo,
Por lhe dar essa chance. Suma enquanto ainda é cedo!
E será devorado, caso apareça de novo à minha frente.

O FILHO DA POETISA

Nenhum comentário:

Postar um comentário