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O ASTRO

O ASTRO

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APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

Não, não vou sair daqui...

Não, não vou sair daqui...

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domingo, 14 de abril de 2013

BORBOLETA APOLINÁRIA



A Apolinária adorou a sua poesia
E ela lamentou não ser poetisa,
Sentiu com o poema uma magia
Como um toque de uma leve brisa.

Apolinária numa incontida alegria
Lê várias vezes o poema e parabeniza
Você pelo dom de escrever com maestria.
De novo a inveja a Apolinária inferniza...

Você encontrou a Apolinária verdadeira,
Pois ela traz o olho de Horus em cada asa;
Olho este que simboliza coragem e poder.

Apolinária é uma borboleta bem fagueira,
Imponente, sábia. O amor dela é uma brasa
Que aquece de felicidade todo o meu ser.


O FILHO DA POETISA

Retribuindo a gentileza da poetisa SoninhaBB...



A BORBOLETA APOLINÁRIA

Apolinária é um encanto de leveza
tem nas suas asinhas muita magia
faz qualquer um ter admiração
bem disse a querida Carochinha

Tem suave Inteligência e esperteza
confesso que da beleza nem vou falar
seu lema é manter viva a natureza
sabe bem a importância do seu lugar

Vive preocupada com outras espécies
nem quer saber de gente egoista
são ervas daninhas que só sabem sugar
Apolinária prefere gente mais altruista

Encara bem os momentos difíceis
achando que união é fundamental
também carrega a nobreza da fantasia
particularidade bem refletida no Portal


SoninhaBB

quarta-feira, 3 de abril de 2013

INSETO INSENSATO


Pernilongo chato, por que a gente você pica?
Não sabe que com isso irritado a gente fica?
Outra coisa que vejo em você de irritante
É o toque de sua cornetinha destoante.

Que prazer tem em me ver irritado?
Será que de viver você está cansado?
No meu belo arsenal prestou atenção?
Repelente, inseticida, chinelo, mão

E uma raquete elétrica para eletrocutá-lo.
Encostando-lha ouvirei estalo e mais estalo;
Portanto lhe aconselho que seja sensato.

“Antes que o mal cresça, corta-lhe a cabeça...”
Suma! Saia da minha frente! Desapareça!
Se isto não ocorrer, pode ter certeza: te mato!


O FILHO DA POETISA

sexta-feira, 29 de março de 2013

ERA TUDO GENTE



CAPÍTULO UM - AS APARÊNCIAS ENGANAM

Socorro! Alguém me ajude! De coração imploro!
Meu reino está sendo extinto! Meu povo corre perigo!
Vendo que suas palavras se esvaiam ao vento, rei caiu em choro.
Quando abraçava desesperança, viu um castelo Espero que mora lá seja amigo.

Ô de casa! Ô de casa! Sou o rei Laodêmio e venho pedir auxílio.
Meu reino fica a léguas daqui, na cidade chamada Pólis, norte da Grécia Antiga.
Cheguei aqui depois de muito andar! Sinto-me como um exausto andarilho.
Preciso recuperar meu reino! Meu povo!Não reaverei nada disso sem uma mão amiga!

O rei fica decepcionado ao ver sair do castelo o Grilo Falante. Esperava um cavaleiro...
De preferência nobre de sangue azul, corajoso, valente, enfim um grande guerreiro...
Fazer o quê? Teria que contar com a ajuda daquele inseto muito pequenino.

Majestade, será uma honra hospedá-lo em minha casa. Terei muito prazer em servi-lo.
Obrigado! Precisarei de banho, alimentar-me, beber algo, dormir; Ó bom Grilo Falante!
Faça o mesmo com o meu cavalo. Depois de estarmos refeitos, seguirei o meu destino.

CAPÍTULO DOIS - QUE REI SOU EU



Passado o sono, o rei acorda,vai para sala; lá chegando não encontra só o seu anfitrião.
Na companhia do Grilo estavam a Borboleta Apolinária, a Fada Arco-Íris e a Fada Sol.
Grilo nos contou sua estória, majestade. Se quiser ajuda, estaremos a sua disposição.
O Grilo Falante apresenta uma por uma, assim que a Borboleta Apolinária silenciou.

Já que o rei se recuperou da viagem, que tal nos contar o seu dilema desde o início?
Para ajudá-lo, temos que saber um pouco do senhor e do seu, agora nosso, inimigo.
Minha pátria se chama Pólis. Sou viúvo, sem filhos. Hoje vivo uma situação bem difícil.
Pouco tempo atrás chegou ao meu castelo um casal, rei e rainha de Ea e lhes dei abrigo.

Na manhã seguinte, após eu retornar da minha habitual e deliciosa caçada a raposa,
Sou impedido de entrar no meu castelo e da repentina morte da minha esposa;
Se não batesse em retirada, eu teria o estranho convite de me encontrar com a morte.

Por estratégia, preferi a primeira opção. Assim teria chance de recuperar o que é meu.
Meu povo não foi contra a tal ditadura e só há uma explicação para o que aconteceu:
Creio que a população de Pólis está sobre o domínio de um encantamento muito forte.

CAPÍTULO TRÊS - DEBAIXO DESSE ANGU TEM CARNE


Majestade,verifique se tudo está consoante o seu agrado ou está faltando algo.
Assim que o rei vai conferir se está tudo preparado à viagem de retorno à sua nação...
Gente, tá na cara que o casal que o rei acolheu não descendia de algum fidalgo!
Há alguma coisa errada com esse estranho casal, de acordo com a minha intuição.

Apolinária, por enquanto temos que fingir que acreditamos nele piamente,
Só assim saberemos quem está atrás disso. Fiquemos atentos à paisagem do trajeto
Que nos levará às terras reais. Qualquer detalhe pode ser uma pista importante.
Exato, Grilo! Silêncio! O rei Laodêmio está voltando! Finjamos! É o correto!

Tudo perfeito! Vamos agora, pois a viagem será longa e o tempo será precioso, Galera.
Sim, Majestade! O rei mal acabara de falar e o Grilo um breve cochicho ao seu ouvido.
Grilante, observou o linguajar do rei? Fala como plebeu! Rei fala deste jeito? Duvido!

Controla-se, Fada Arco-Íris! O rei é inocente até que prove o contrário. Você não lera
a constituição? Não me chateie, Grilante! Essa estória está errada! A começar pelo rei!
Perdão, Fada amiga, não quis lhe chatear! O tempo nos dará toda resposta, disso sei.

CAPÍTULO QUATRO - ERA TUDO GENTE



Por onde passamos só encontramos casas com mulheres e seus respectivos animais...
Se há mulheres, há homens... Onde estão?!

E o zelo das mulheres com os seus bichos?
Meu reino está em guerra com reino ao lado. 

Os homens estão no exército. Que mais?
Após a fala do rei, o Grilo Falante olha para trás 

e vê seus amigos em ácidos cochichos.

Ao ver os visitantes guiados pelo rei, um papagaio ganha o céu gritando: era tudo gente!
O rei fica irritado com presença da ave, na direção dela atira pedras que há no caminho.
O papagaio era esperto. Desvia daqui, dali; contrariando as intenções do rei, felizmente.
Pedras são atiradas em vão. Serviam de motivo ao berro da ave, com o rei em desalinho.

Não, majestade! Deixe a ave em paz! 

Papagaio é assim mesmo! Repete tudo que ouviu.
Ela não sabe que tá dizendo! 

Tem mais, um animal tem o mesmo direito a vida 
que nós!
Eu não estou irritadiço com o que o papagaio está falando e sim com sua estridente voz.

Para chegar ao meu reino, precisaremos de mais 

um dia e meio. O rei Laodêmio sugeriu
Que dormíssemos ali. Com autoritarismo, o rei 

confisca a casa dos habitantes do local.
Revoltada, a mulher deixa a casa com um cavalo 

e duas crianças. O clima não é legal

CAPÍTULO CINCO - MOSAICO DE DÚVIDAS

Que chato! A proprietária da casa ter que ir ficar 

na casa vizinha por causa da gente!
É ruim mesmo, Fada Sol e Fada Arco-Íris! Infelizmente nós não podemos fazer nada!
Apolinária e fadinhas, vamos pensar em tudo que aconteceu até o momento presente.
Um rei nos pede ajuda. Tem seu reino tomado. 

Viúvo, sem filhos... coisa engraçada...

Todo rei tem filhos pra lhes deixarem o reinado de herança e não nas mãos de estranhos.
Continue com o relato depois, Fada Sol, disse o Grilo, não agora; está vindo alguém.
Gente estranha entre no castelo, sem pedir audiência e o rei ainda dá abrigo? Tacanhos!
Fada Sol, continue... ao entrarmos nas terras reais 

há um outro fato estranho também.

Os habitantes são mulheres, crianças, animais, 

com o terceiro tendo carinhos extremos.
O rei diz que os homens foram à guerra defender 

de uma possível invasão seu reinado.
Pare, Fada Sol! Um exército vai defender o reinado 

de um rei que deposto! Pensemos...

Um rei deposto sem dar um tiro por um casal, ao mesmo tempo o rei fica enviuvado.
No caminho vindo para cá surge um papagaio que tagarela forte: era tudo gente.
O rei não usa norma culta, mas popular; está com a linguagem coloquial acostumado.

CAPÍTULO SEIS - COM AS PULGAS ATRÁS DAS ORELHAS



O rei se mostrou tirânico, assustando a dona da casa, onde a mesma se sentiu ameaçada.
Que guerra é esta que ninguém fala nada, não há notícia de nada? Tudo está incoerente!
Por onde começar se não há uma pista se quer? 

Se tiver a coisa está bem embaralhada!
Já resolvemos muitos casos, iremos resolver esse também, não será um caso diferente.

Amigos, raciocinem comigo! 

Um casal toma um reinado sem exército, 
armas, enfim.
Sem haver lutas, tiros, mortes... 
indício de que 
uma poderosa magia maligna fora usada.
Se um rei foi deposto, o exército abandona a guerra, visto que a mesma chegou ao fim.
Laodêmio afirma que o seu exercito está guerreando, isto é sinônimo de mentira pesada.

O rei nos trata com respeito e humildade, 

humildade esta que não mostrou ao seu povo.
Por que somos tratados assim? 

O que ele quer conosco? Sinto que é algo que desaprovo.
Também não sinto confiança no Laodêmio de jeito nenhum, meu Grilo Falante amado.

Eu e a Fada Sol estamos com vocês nessa questão do rei; prevejo que ele seja do mal.
O que nos deixa encafifadas é que nós não sabemos quem está enganando quem afinal.
Espero que estejamos em vantagens a esse rei que não tem nada mesmo de encantado.

CAPÍTULO SETE - CIRCE




Exército é pra dar mais poder quem está no poder ou tenta fazer um país não ter caos.
Se está no poder e não precisa exército pra se manter lá, então tem controle da situação.
Suspeito de que quem está no poder possui uma imensa magia. O detentor dela é mau...
Veja como a dona de casa ficou com medo e deixou a casa com ódio na sua expressão.

Nas terras reais só há mulheres, crianças, animais e um louro dizendo: era tudo gente...
O antônimo de gente é animal. A ave nos quis dizer que os homens viraram animais.
Só há um ser capaz de fazer isso: a feiticeira Circe. Ela possui uma magia bem potente.
Se Circe não estiver presente nesta estória, juro a vocês que não conheço ninguém mais.

Ela é deusa do amor físico, dos sonhos divinatórios, das maldições, da morte horrenda,
da magia negra. É rainha das bruxas e feiticeiras. 

Sua magia vem dos filtros, poções
e pós mágicos. É deusa da lua nova também! 

À sua beleza, não há quem não se renda.

A Circe tem poder sobre os falcões. 

Ela é filha da ninfa Pérsia com Hélios, o deus sol.
Circe foi exilada por matar o marido, 

rei de Sarmata, fato que a todos causou comoções.
Seu lugar de exílio chama Ilha Eana, que significa prantear. Assim que alguém chegou

CAPÍTULO OITO - RECARREGANDO AS FORÇAS

Á ilha vê uma luz tênue e fúnebre. 

Com uma varinha Circe pratica a zoomorfização.
Consta na estória da mitologia grega que ela fora derrotada pelo corajoso Odisseu.
Por Rhiannon, Apolinária! Estamos diante de uma criatura muito perigosa então!
Certíssima, Fada Arco-Íris! 

Que Apolinária não disse que Laodêmio não é rei, eu
Creio que Laodêmio é uma pessoa da plebe, 

daí usar a linguagem popular, por sinal.
Talvez por gratidão, ou por um fortíssimo encantamento ele se tornou lacaio dela;
Vamos dar corda ao Laodêmio. Ele acredita que estamos inocentes na estória afinal,
Assim ele nos levara à deusa Circe e lá veremos o que de ruim o destino nos revala.

Meu amado, tô medo! Os deuses são poderosos, nós somos encarnação da fragilidade!
Apolinária, se eu e Fada Sol lhe contarmos o que já passamos com o Grilo...isso é nada!
Não assuste Apolinária, Fada Arco-Íris. 

Há sempre uma saída para qualquer enrascada.

Vamos dormir, descansar, par estarmos bem fisicamente para encarar a dura realidade.
De fato, Fada Sol! Amanhã nós chegamos ao castelo real e lá o perigo que nos espera.
Apolinária! Fada Arco-Íris! Grilo! Boa noite! 

Amanhã saberemos quem é a nossa fera.

CAPÍTULO NOVE - ENFRENTANDO A CIRCE

Laodêmio, meu criado, q que trouxe par sua ama e senhora e que seja do meu agrado?
Minha deusa, trouxe algo diferente do que tenha trazido para a senhora ultimamente.
Sabendo que minha deusa tava enjoada de humanos, trouxe seres do mundo encantado.
Que maravilha, lacaio! Feitiçaria feita com seres encantados ficará ainda mais eficiente.

Deixe-me ver o que trouxe para mim: duas fadas, 

uma borboleta e um pequeno grilo.
Minha deusa querida, os insetos não são comuns, 

eles falam e as duas fadas também.
Os sonhos divinatórios se concretizaram. 

Os pequeninos assustados... Que era aquilo!
Uma linda mulher bem vestida, com uma voz muito encantadora e bastante má, porém.

A Borboleta e o Grilo são protegidos do deus Apolo e ambos são sábios como ninguém.
Como sei? Sou uma deusa! Sei tudo sobre vocês graças ao meu poder. Conhece-os bem.
Vocês são do Portal dos Sonhos e Magia... 

vieram aqui para se intrometerem comigo!

Tá bom! Podem ficar tranquilos! Em breve vou apresentá-los a Tânatos, deus da morte!
Em círculos, e vocês no meio, estarão as aves insetívoras, se vocês queiram outra sorte...
Servo, adorei as prendas! Minha felicidade é tanta 

que tento controlá-la e não consigo.

CAPÍTULO DEZ - COMO SAIR DA ENCRENCA

Usarei a magia para sairmos daqui. Fada Arco-Íris mexe em vão com a varinha mágica.
A situação está complicada! Aqui minha magia não funciona, não tem nenhum poder.
Os pássaros comem de insetos. Não sou inseto, 

voarei pra evitar a nossa morte trágica.
Exato! Os pássaros não se alimentam de fadas, 

todavia podem lhe machucar para valer.

Tenho que correr esse risco, Apolinária! É a única forma que encontrei de nos ajudar.
Não precisa correr tal risco. Odisseu venceu Circe 

com o apoio dos deuses mitológicos.
A ideia é essa mesma, contudo acredito que chamar o deus Tânatos me parece ilógico.
A ideia é sem lógica. Se os deuses não podem com Tânatos, nós é que vamos aguentar?

Apolinária, minha amada Borboleta, pode parecer absurdo, mas não é. Comigo reflita!
Circe quer matar-nos. Faremos Tânatos ver que não está na hora do nosso falecimento.
Por que morremos? Porque as parcas no seu tear cortam nossa linha da vida, acredita?

Tânatos surgiu, peço a ele pra consultar as parcas, assim temos da morte o afastamento.
Você não é um deus, meu querido! E se morrer na mão dele for a nossa cruel desdita?
Não tema, Apolinária minha amada! Algo me diz para confiar no meu pressentimento.

CAPÍTULO ONZE - ORIGEM DA VIDA E DA MORTE



Que estória é esta de Tânatos e parcas serem responsáveis pela morte. Não entendi nada.
Vou lhe explicar, Fada Arco-Íris, desde o começo, explicando tudo tintim por tintim.
As almas moram no inferno, governado por Hades. 

Ao morrermos, lá é a nossa parada.
No inferno há um paraíso chamado Campos Elíseos. 

As almas boas ficam lá. Sem fim.

Uma alma precisa encarnar ou reencarnar por algum motivo que não vem ao caso agora.
Isso acontecerá se: as parcas tecerem a linha da 

vida e essa alma atravessar o rio Lete.
Para adquirir a reencarnação uma alma não pode se lembrar da vida que tivera outrora.
Para chegar a este nível de esquecimento de não se lembrar de nada totalmente, compete

A essa alma cruzar o rio Lete cuja água garanta isso. Fica nos Campos Elíseos?! Exato!
Com a linha do tempo e da vida, atravessando rio Lete, a alma está pronta à encarnação.
Às vezes o homem na vida ofende Hades, aí o castigo quem vem buscá-lo é o Tânatos.

Se for natural, pedida por um deus, para alguém morrer as parcas tomaram tal decisão.
Quando o ser morre é porque elas cortaram a linha 

da vida do mero mortal. Isso é fato!
Nesse caso o sujeito morrerá de envelhecimento ou 

de uma doença; sem contestação.

CAPÍTULO DOZE - OS DEUSES: DONOS DA VIDA 

E DA MORTE

Se morte é solicitada por um deus, geralmente é vingança divina e aí a morte será cruel.
Uma doença lhe trará muito sofrimento, ou um assassinato ou de uma forma terrível.
Grilante, estou boquiaberto com tudo isso! Na minha visão, tudo isso é fora do normal.
Voltando aos Campos Elíseos a alma cruza de novo o rio Lete, lembra de tudo afinal.

Das outras vidas pregressas que ela teve e daquela 

vida que essa alma acabara de ter.
Viu Fada Arco-ìris! Apesar de ser tão complexo, 

não é assim tão difícil de entender.
A decisão sobre a vida é dos deuses do Olimpo com 

a permissão das parcas e Hades.
A morte também segue o mesmo itinerário. Tudo conforme aos deuses e sua vontades.

Os deuses são responsáveis pela nossa vida, eis o motivo do homem ser a eles submisso.
Os deuses são iguais a nós nos sentimentos, contrariando-os pagamos na hora por isso.
Se obedecermos ao pé da letra, teremos deles todas 

as regalias. Resumindo: benesses.

Agora sei o porquê de se construir os templos e as oferendas aos deuses do Olimpo.
Pois é, Fada Arco-Íris. Sobre os deuses mitológicos, coloquei tudo pra em prato limpo.
Para nós compete ficarmos em harmonia com eles através também de nossas preces.

CAPÍTULO TREZE - AS PARCAS

Amigo Grilante, sobre as parcas, fale mais um pouco para que eu possa entender!
Quero dizer que nenhum deus pode alterar as decisões de vida ou de morte das parcas.
Se um mortal morrer por algum castigo dos deuses é porque elas consentiram pra valer.
Tecer linha da vida, guiar o nascer do homem, a luz pra sair do Tártaro são suas marcas.

Tártaro?! São crostas dentais enrijecidas que saem com de um instrumento de dentista!
Apolinária e Grilo Falante riem tanto que as lágrimas soltam aos olhos em abundância.
Depois lhe falo do Tártaro. Continuemos com as 

parcas pra não perder o ponto de vista.
Parcas, três senhoras: Cloto, tece fio;Laquesis, põe linha no tear, a outra é redundância

Em inflexibilidade. Chama-se Atropos, ela corta sem dó o fio que nos da a nossa vida.
Depois do deus Apolo/Febo, as parcas aparecem segundo lugar nas consultas ao oráculo
A fim de que o homem modifique o seu futuro de 

onde a mesma estava quiçá destruída.


Se as parcas são de fáceis consulta em oráculos seria bom consultá-las e não o Tânatos?
Exato, Fada Arco-Íris! Descartoideia de consultar Tânatos. Ele será mais um obstáculo.
Que bom! Só de saber que não consultará ao Tânatos, tira-me os pensamentos chatos.

CAPÍTULO CATORZE - TÁRTARO

Você está parcialmente certa. Tártaro também é 

aquela crosta dura da dentição humana,
Porém na mitologia grega, Tártaro é a lugar para onde vão os deuses quando derrotados
Na batalha final, derradeira com outros deuses. 

O deus Tânatos toma conta desse lugar.
Somente as parcas têm o segredo de ir ao Tártaro 

e voltar dele com todos os cuidados.

Tânatos é um deus muito forte. Tem as entranhas feitas de bronze e o coração de ferro.
Na maioria das vezes é descrito como criatura de rosto envelhecido coberto com véu
e uma foice na mão. Possui uma expressão horrenda de levar qualquer mortal ao berro
Só de olhar. Já não basta o fato de tirar de nós a vida sem nenhum remoroso ou perdão.

Esse deus é perigoso, Grilante! Mexe com ele não. Peço-lhe de joelho se preciso for!
Não precisa, amiga Fada Arco-Íris! A sua ideia em relação a minha é muito melhor.
Ah, que bom! Uma preocupação a menos. Agora o que fazer para sair dessa enrascada.

Tenho um plano. Dependerá da consulta que farei as parcas. Se tivermos direito a vida...
Deixemos o conversê. Daremos início aos procedimentos. Fique perto de mim, querida!
Orações e consultas são feitas às parcas. Se os 

nossos heróis vão morrer... que nada!

CAPÍTULO QUINZE - EM AÇÃO

As aves carcerárias ao verem as deusas da vida e da morte abandonaram o recinto.
Vamos, Grilante e Apolinária, sair daqui, visto que nossos algozes desapareceram.
Fada Arco-Íris, não podemos sair daqui! Circe irá atrás de nós de qualquer jeito, sinto...
Ficaremos aqui! Vamos para o embate com deusa 

Circe e seus comparsas que correram.

Fada Arco-Íris, o meu amado tem um plano e a minha intuição pede para executá-lo.
Oh, seres que amam o perigo! Tá bom, eu fico! Quem manda ter amigos doidos assim!
Fugir daqui não vai resolver o problema. Lá na frente ele aparecerá de novo num estalo,
Minha amiga Fada Arco-Íris. Nós cortaremos o mal pela raiz e nessa estória por um fim.

Já disse tá bom! A saída é pedir proteções divinas e torcer para tudo sair nos conformes.
De repente deusa Circe aparece com seus lacaios. Tolos! Não fugiram, seus retardados!
Ao ouvir a voz da rainha das bruxas, nossos pequeninos heróis levam sustos enormes.

Vocês foram pedir ajuda aos deuses?! Cadê-los? Eles esqueceram de vocês, mas eu não!
Serei superpoderosa! Sendo seres mágicos, com vocês meus poderes serão ilimitados.
Para não desinteressar minhas poções, eu vou utilizar 

a minha varinha de condão.

CAPÍTULO DEZESSEIS - CONFRONTO

O Grilo diz baixinho: Fadas Arco-Íris, Sol, Apolinária, colem em mim rapidamente!
Fada Arco-Íris, transforme sua vara de condão em espelho. Entrega-mo imediatamente.
Circe joga sua magia, o Grilo a recebe com espelho e esta volta ao lugar de onde veio.
Ao retornar, a forte magia transforma a rainha das feiticeiras num animal bastante feio.

Malditos! Que fizeram comigo? Vocês me pagam quando desmanchar o encantamento!
Circe, não somos adeptos da violência, vingança, maldade, tampouco de sofrimento.
Diga-nos o que podemos fazer para que a senhora volte rápido à sua normalidade.
Grilante, não faça isso! Vamos embora! Vencemos!Mantemos nossa física integridade.

Pois é, Fada Arco-Íris! Salvemos nossa integridade física e a nossa integridade moral?
Repito: não somos vingativos, omissos; se podemos ajudá-la nisso não há nenhum mal.
Você é ingênuo, Grilante!Se dermos a mão à ela, não seremos retribuído com o bem!

Pelos nossos princípios éticos, não podemos deixar Circe assim. Circe, como ajudá-la?
Há uma poção num frasco cor de rosa... pra voltar ao ser o que era antes, basta tomá-la!
Se demorarem alguns minutos e eu não tomar a poção; ninguém me ajudará, ninguém!

CAPÍTULO DEZESSETE - GESTO NOBRE




Fada Sol, traga-nos rápido sua varinha mágica e a poção de que a deusa Circe necessita.
Para esse caso a minha varinha não resolve. Dê-me a varinha da deusa das feiticeiras.
Imediatamente o rabo da criatura horrenda empurra a varinha mágica em direção à fada.
Fada Sol consegue a trazer a porção que o monstro ao tomar faz caretas bem grosseiras.

Pronto. Circe voltou ser bela, os animais a serem gentes. Resolvemos enfim a pendenga.
A deusa olha pro Grilo, dirige-lhe palavra sem nenhum sentimento de ódio ou vingança.
Vou-me embora. Deixarei tudo como está. Sua nobreza deixou meu coração molenga.
Deixá-los-ei viver; não os colocarei em minhas poções, por enquanto. Saio de mudança.

Espero não cruzar de novo consigo, se não esquecerei sua nobreza e realizo meu sonho.
Infelizmente eu não tenho nenhum poder para dar vida sua adorada e simpática rainha.
Fui usada como pretexto para que a morte pudesse desencarná-la. Não é culpa minha.

A Circe some, deixando todos do reino radiantes de felicidade. Adeus reino tristonho.
Espero nunca mais ver essa maldita deusa à minha frente. Oh, terrível carne de pescoço!
O pássaro que dizia ser tudo gente era rei do lugar. Cuidar do meu povo agora eu posso.
 


O FILHO DA POETISA


segunda-feira, 25 de março de 2013

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

FALSA PRINCESA





Queria tê-la como Cinderela, 
 ser o seu príncipe encantado, 
 bastaria simplesmente que ela 
 desse-me seu coração apaixonado 

 Agora eu preciso do sorriso dela 
 a fim de que o fogo seja apagado 
 do meu coração sem deixar sequela 
 e assim no braço do amor ser atirado. 

 Ao ganhar o sorriso dela, que tristeza! 
 Os dentes há muito deram-se em fuga, 
 Além de ter um narigão com verruga... 

 Era muito feia digo com toda certeza: 
 do canhão ela era sabe o quê? A bucha. 
 Que pena! Não era princesa e sim bruxa. 

 O Filho da Poetisa

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

DESENCANTADO


Sonhei contigo e caí da cama,
Quase bati a cabeça no chão.
No sonho deixaras em chama
Meu inocente e bom coração

Havia ali uma pequena pira
com incensos e negra vela
acesa. Teu olhar tem na mira
um livro de magia nada bela.

Dizias as palavras sem nexos
Ao ler o citado livro macabro.
Meus olhos ficavam perplexos.

Após meu coração ser dissecado
um portal a outro mundo eu abro
onde cada príncipe foi desencantado.

O FILHO DA POETISA

domingo, 20 de janeiro de 2013

UMA PULGA NA BALANÇA


Uma pulga na balança
Deu um pulo foi à França.
Se pulasse na cama elástica
faria uma viagem fantástica;
Quiçá até fora do nosso planeta
onde domaria um belo cometa
e fazer um turismo pelo universo
contando tudo em prosa e verso.

Uma pulga na balança
deu um pulo e foi à França.
Se fosse num pula-pula
estaria dançando hula-hula
em qualquer canto do Havaí,
deixando-nos com inveja por aqui.

Uma pulga na balança
Deu um pulo e foi à França.
Olhando a minha cara de jacu
au revoir mes bijoux
disse-me num bom francês
apesar d’eu falar só em português.

O FILHO DA POETISA

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

ÓDIO MONSTRUOSO


Ao ter nessa noite um sonho terrível,
confesso que caí apavorado da cama,
pois havia nele um monstro terrível
que me Olha com um olhar em chama.

Você acertou com um cruel estilingue
uma pedra pontuda no meu bumbum,
nada mais é justo que agora eu vingue
transformando-o numa pasta de atum.

Vou pular sobre você com tanta vontade
que me arriscarei até dar uma rebolada
para humilhá-lo perante toda sociedade

Depois da vingança e tudo consumado
Eu não me importarei com mais nada
nem mesmo que você tenha acordado.

O FILHO DA POETISA

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O VELHO TERMINAL


É o último dia dele! Hoje ele não escapa!
Na hora em que o velho morrer, festejarei.
Não haverá violência. Se quer nenhum tapa.
Com a morte do velho, nenhum remorso terei.

Nada a queixar dele. Para mim ele foi muito bom.
Mas a vida é assim. Pra morrer basta estar vivo.
Não haverá lágrimas. Sua morte trará muito som,
muitos sorrisos, muitos abraços. É compreensivo...

Para quando chegar a hora, já tenho a vestimenta.
Roupa toda branquinha e a peça íntima amarela.
É uma simpatia que me fora ensinada pelo povo.

Passar hoje da meia-noite o velho não aquenta.
Isto é fato. Chegando a hora ,abra bem a goela
e solte com todos os pulmões: Feliz ano novo!

O FILHO DA POETISA

AGOURO COM O NOVO ANO


Meu Filho, nessa passagem de ano reze
e reze muito para mais tarde não reclamar,
o ano novo que inicia hoje é dois mil e treze;
todo mundo sabe que treze é número de azar.

Está achando minhas palavras sem noção?
Dar-lhe-ei exemplos que mudarão sua ideia.
antes de acontecer a fatídica sexta-feira da paixão
Havia trezes pessoas presentes à última sagrada ceia.

Nas lâminas do tarô o treze representa a morte.
Na sexta - feira treze, então, em que o mal é o norte...
Chega! Dei exemplos de sobra para provar a minha tese!

Tia, muita gente tem opinião contrária a da senhora.
No catecismo me disseram que se em nosso coração mora
Papai do céu, não existirá nenhum mal que contra nós pese.

O FILHO DA POETISA

sábado, 29 de dezembro de 2012

UM ANO NOVO DIVINO

Vou seguir firme a estrela do oriente
Com muita fé, carinho e bastante ardor,
Vai ser uma experiência bem comovente
Quando estiver diante do nosso Salvador.

Levarei a Ele o meu coração como presente,
Oferecer-Lhe-ei a minha vida se necessário for,
Acredito que assim como eu haverá muita gente
Que se Prostrará diante Dele que é o Deus-amor.

Seguindo na íntegra a sabedoria do Deus-menino
Terei a plena certeza deque o ano novo será divino
Pois Ele será a base minha alegria, minha fortaleza...

Amigo, faça o que eu de corpo e alma estou fazendo
E no final quando o ano novo estiver a serra descendo
Você dirá com toda serenidade: esse ano foi beleza!

O FILHO DA POETISA

VELHO MORIMBUNDO



De hoje o velho não passa!
Despede-se dele o mais rápido possível!
Para alguns ele foi ruim,
para mim até que foi bom,
e para você como ele foi?

De hoje o velho não passa!
Está bem frágil o pobrezinho!
Na hora em que der meia-noite
em que houver o espocar dos foguetes
o brinde com taças de champanha,
o velho dará o seu último suspiro.

O golpe fatal ele receberá
quando todos se abraçarem
e gritarem uníssonos:
FELIZ ANO NOVO!!!

O FILHO DA POETISA

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

MAGIA DE ANO NOVO!

Descobrindo um reino mágico 
que estava bem escondidinho 
fui aos pouquinhos explorando 
mexendo em todos os ninhos 

 Flores perfumadas e falantes 
bichinhos por demais espertos 
fadas amigas praticando o bem 
anjos divinos vigiando de perto 

Passei todo esse tempo voando alto 
com sentimento de coisa gostosa 
minhas asinhas não ficavam paradas 
procurando magias bem proveitosas 

Muitos seres encantados encontrei 
iguais a mim querendo feitiçaria 
não pensei fui logo me entregando 
agora sou do reino que só tem alegria 

 Faço e conheço todos os feitiços 
uso varinha mágica para encantar 
estou renovando tudo que é bom 
desejando sempre com você estar 

 Quero sempre renovação em sua vida 
Contribuir para tudo ser bem natural 
Não importando como os anos passem 
farei magia com muita fé aqui no Portal 

 SoninhaBB 

 Fada Arco-Íris deseja um Feliz Ano Novo!


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

NATAL DE UM MENINO MAU


Vamos, vai até a árvore de natal, meu filho,
e pegue o seu lindo presente de natal.
Querido, que carinha é essa de decepção?
Olhe, mamãe! Aqui tem uma dúzia de milho
uma folha de papel ofício, tamanho normal,
e nela digitada uma prece de perdão.

Há dentro do pacotinho também uma carta
escrita pelo Papai Noel de próprio punho.
Leia, meu filho, para mim em voz alta.
Zezinho, a ideia de ter presente, descarta.
Muita gente poderá dar como testemunho
de quanto a maldade em si lhe sobressalta.

Não estudando para passar na escola
o que faz ? Ameaça seu colega pedindo cola.
Puxa inúmeras vezes o cabelo de sua irmã,
faz mal criação com a sua vizinha anciã.
Deixa sua casa toda bagunçada
só pra deixar exausta da casa a empregada.
Joga pedra sem motivo algum nos passarinhos,
fazendo a mesma coisa com os cachorrinhos.


Não divide de modo algum suas coisas com ninguém
e sempre dá um jeito de fazer chorar o neném.
Você não é um filho obediente,
Tenho que lhe dizer isso. Infelizmente,
Entra no seu ouvido e saí pelo franzido
qualquer coisa que seus pais lhe tenham pedido.
além disso nem se quer lembra do Papai do Céu...
Com tanta maldade praticada, como quer ganhar presente meu?

Se quiser presente neste natal, siga os seguintes passos:
divida os milhos colocando-os no chão para cada joelho.
Leia silenciosamente a prece do perdão para todos os erros crassos
que fora por mim listado a fim de que não cometa mais nenhum destrambelho.
Transforme o seu coração de pedra em coração de carne
pedindo perdão com fé a seus pai e ao Pai Criador,
para que toda bondade do mundo no seu peito reencarne
e nele possa reinar o mais sublime e divino amor.

Se você quer seu presente de natal comece agora urgente
e assim que eu acabar de entregar na noite o ultimo presente
Com muita satisfação retornarei a sua casa novamente.

O FILHO DA POETISA

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O COLECIONADOR DE BORBOLETAS


CAPÍTULO UM - UMA BORBOLETA RARA

Meu pai! O que os meus olhos estão vendo, será que é verdade?
Uma linda borboleta da espécie grega Apolinarium Apollum!
Tal inseto maravilhoso em nosso mundo é de fato uma raridade,
pois tornará minha coleção rica em ter uma espécie incomum.

Apolinarium Apolum é uma espécie de borboleta que traz três cores consigo.
Branco e azul que estão na bandeira da Grécia e amarelo que representa o sol.
O sol era um deus e tinha o nome de Apolo/Febo consoante o mito do grego antigo.
A palavra Apolinarium significa consagrada ao Apolo, deus que a gente já falou...

Apolinarium Apolum é uma borboleta que tem um voo suave, poético e encantador.
Suas asas ao baterem durante o voo é uma petição carinhosa de licença ao vento.
Não sei quantas borboletas dessas existem, só sei que são raras e de muito valor.

Fico imaginando as caras dos meus amigos ao verem na minha coleção
uma Apolinarium Apollum toda majestosa. Será o comentário do momento.
Minha coleção será cobiçada por todos, inclusive poderá ser chamariz de ladrão.

CAPÍTULO DOIS - APURO

Mesmo sem estar com os meus apetrechos de caçar borboletas vou tentar pegá-la,
não sei terei outra chance, portanto não posso deixar passar tal oportunidade...
Pé ante pé para que o inseto não percebesse sua presença, o homem tenta agarrá-la,
mas Apolinária obedecendo a sua intuição fugiu do homem usando muita agilidade.

Vem cá sua fujona, vem cá! Você vai tornar minha coleção ainda mais valiosa!
Fique parada aí sua danadinha! Não tenho mais preparo físico para tanta correria.
O que você quer comigo? Não lhe fiz nada! Não podemos resolver com uma boa prosa?!
Não há o que conversar! Quero apenas tê-la na minha coleção “ para minha alegria”!

Só bicho homem faz uma coisa dessa! Tira vida de outra ou da mesma espécie por bel prazer!
Sou uma criatura pequenina, não tenho peçonha, não faço parte de sua cadeia alimentar,
mas mesmo eu não lhe oferecendo perigo nenhum você ainda deseja me matar!

A tagarelice toda acontecia durante o voo ziguezagueante e na correria do humano para ter
a desejada borboleta. Infelizmente todo o esforço do colecionador foi em de fato vão.
Ela fugiu. Tomara que não seja a única chance de ter a rara borboleta à minha coleção.

CAPÍTULO III - PROTETORA

De repente há um choque de uma borboleta com uma fada e ambas caem ao chão.
Que isso, Apolinária! Posso saber onde você está indo com todo esse desespero?
Fada Arco-Íris, salva-me! Estou fugindo de um humano que quer me colocar na sua coleção...
Apolinária, que ser desprezível! Venha comigo! Moro aqui perto. Você estará salvo, espero.

Eu estava dando meus passeios quando pressenti um perigo enorme ao meu redor.
Olho bem a minha volta e o que vejo? Um homem vindo sorrateiramente á minha direção.
Ainda bem que fui esperta! Ele tentou e não conseguiu. O bicho homem se dizia colecionador
de borboletas e que por eu ser uma borboletinha raríssima, tornaria valiosa sua coleção.

Creio que jamais me esquecerei desse sujeito: gordo, calvo, alto e dono de uma voz grave.
Consegui fugir dele porque o humano não tinha preparo físico bom. Esse foi seu entrave.
Se você não se importar, ficarei mais um tempinho até o vilão estar longe, léguas daqui.

Fique o tempo que for necessário. Enquanto esse homem estiver aqui você não estará em paz.
Tenho certeza! Temos que mandar o homem para fora do Portal através de um plano eficaz.
O pior, Apolinária, que não sou boa nisso. O seu amado Grilo Falante monta cada um que...

CAPÍTULO IV - O PODER DE UMA SACERDOTISA

Nosso eficiente estrategista não está. Com o mal lá fora não há como chegar até ao meu amor.
Então serão nós duas mesmas que teremos que nos virar para resolver de imediato tal parada.
Não sei se você sabe, mas eu sou uma sacerdotisa que numa linda borboleta fui transformada
pelo deus Apolo, pois eu estava decidida ir atrás do meu amado (Grilo Falante) seja onde for.

Para ficar adequada ao contexto que eu queria estar, o deus Apolo me concedeu a tal graça,
transformando-me nessa bela borboleta. Ela não me tirou os poderes de uma sacerdotisa.
Usarei o poder da clarividência para saber quem é o meu inimigo e o que na cabeça dele passa.
Conhecendo-o poderei criar uma estratégia que funcione a nosso favor e de forma decisiva.

Estou vendo... o colecionador veio parar aqui com a finalidade de me capturar à sua coleção.
Ele vem estudando borboletas raras em longas datas. Sua Intenção é pegar uma por uma
e assim ter de todos os colecionadores do mundo muito respeito e também admiração.

Caso o humano consiga mais de um exemplar, venderá a quem lhe oferecer mais dinheiro.
Ele é entendido no assunto. No mundo todo uma coleção igual a dele não há nenhuma.
Apolinária, animais raros tornam o feitiço ou encantamento inquebrantável por inteiro.

CAPÍTULO CINCO - PASSOU O PERIGO

A magia feita com eles fica tão indestrutível que nem os deuses conseguem desmanchá-la.
Se os animais raros caem nas mãos de inescrupulosos sedentos é sofrimento na certa.
Estou muito apreensiva, Apolinária! Temos que de dar um basta nesse humano “mala”...
Sim, Fada Arco-Íris; todavia, primeiramente, tenho que salvar minha pele que está incerta.

Você tem outro poder além da clarividência e que a gente poderia usar ao nosso favor?
Sim! Através da telepatia posso ouvir o pensamento daquele perverso ser humano...
Droga! Perdi a borboleta! Quando a verei outra vez? Desenharei o local para quando eu for
retornar aqui amanhã o encontre sem nenhum problema e/ou sem nenhum engano.

Vou para casa. Separarei meus apetrechos de pegar borboletas, deixando a minha disposição
para o dia seguinte. Equipado, terei a esperança de encontrar a borboleta da minha coleção.
Decepcionado consigo mesmo e cansado também, o colecionador retorna para o seu lar.

Fada Arco-Íris, obrigada pela hospitalidade. O bicho homem já foi embora e retornará amanhã.
Já posso ir embora. Visitarei o meu amor, Grilo Falante, e depois com todo meu afã,
pensarei num jeito de tirar aquele asqueroso humano do um pequenino calcanhar.

CAPÍTULO SEIS - O PLANO

Antes de ir embora, você me emprestaria sua varinha de condão por apenas um dia?
Se lhe emprestar, ficarei sem poderes... para que você quer minha varinha de condão?
Estou arquitetando um plano para ficar livre do colecionador, a varinha será de muita valia
para que o malvado homem me deixe pra sempre em paz, precisará de prender uma boa lição.

Amanhã no local e horário desejado por ele, estarei lá para que a sua insanidade cometa.
Fingirei que estou resistindo à intenção dele. Quando encostar em mim o ser irracional,
usarei a varinha de condão para me defender e o transformarei numa comum borboleta.
Conversarei com algum bicho da floresta para que o homem seja atacado por esse animal.

A fera não vai comer e nem machucar o bicho homem; agora, Fada Arco-Íris, lhe prometo
a minha intenção é fazer com que o humano sinta na pele o que ele está fazendo comigo,
assim não perseguirá animal nenhum. Esse homem já terá consciência do sabor do perigo

que está me proporcionando. Duvido que o homem volte a essa vida de assassino obsoleto!
Emprestarei minha varinha sim, uma vez que você não está visando fazer nenhum mal
e sim colocar o danado do ser humano no caminho ecológico do bem que é universal.

CAPÍTULO SETE - EM EXECUÇÃO

O que é do homem o bicho não com! Afirma com razão o sábio provérbio popular.
O que os meus olhos veem de novo? A encantadora borboletinha da espécie rara!
O máximo que irá fazer é resistir. Estou preparado para obtê-la, não há como escapar.
Correndo, o colecionador joga a rede de pegar a borboleta e captura o inseto que desejara.

Sou a única pessoa da face da terra a ter uma borboleta feita pelo deus Apolo segundo a lenda.
Que felicidade! Minha coleção será valiosíssima! Os colecionadores ficarão com inveja de mim!
Matarei minha curiosidade. O colecionador pega a borboleta pela asa... que beleza estupenda!
Valeu à pena minha determinação e estudos. Creio que somente eu tenha uma alegria assim.

Na hora em que era devolvida à rede, Apolinária toca no colecionador com a vara de condão.
Que isso! O que está acontecendo comigo? Parece que estou sofrendo uma transformação!
Parece não, colecionador, você está se transformando numa simples borboleta como eu.

Caramba! Que maldição é essa?! Por que está acontecendo comigo tudo isso?
Colecionador, fique tranquilo. Você não está sendo vitimado por um feitiço ou um castigo.
Esta é uma terra encantada. Aqui a magia é capaz de mudar a realidade que você conheceu.

CAPÍTULO OITO - A NOVA REALIDADE

Já que você quer me matar, para eu que possa fazer parte de sua horripilante coleção,
resolvi, colecionador, virar o jogo. Agora você sentirá na pele o que e ser uma presa.
Agora você sentirá na pele o que é viver com alguém atrás de você fazendo maior presão,
querendo lhe matar e com poder pra isso, implantando em si medo de morrer, daí a tristeza.

Se eu não quiser como borboleta? Como é que fica? Ou não terei direito de escolha?
Você virou uma borboleta depois que lhe toquei com uma potente varinha de condão.
Você é uma borboleta ou uma fada? É tão bizarro que a minha mente parece dar bolha...
Colecionador, sou uma borboleta rara. Esta é uma terra de magia, repito minha informação.

A Fada Arco-Íris me emprestou a varinha de condão para que eu o fizesse ficar igual a mim.
Para voltar à forma humana, basta desejar a qualquer fada que você que reornar a ser gente
e confessar de todo coração que não vai mais caçar borboletas e que abandonou tal ato ruim.

Não acredito! Até aqui na terra encantada tem seres fazendo chantagem e humilhação,
pois é isso que está acontecendo comigo ou será que pra você tem outro nome então?
Colecionador, sua ignorância aliada ao egoísmo fazem com que você lhe faça mal, enfim.

CAPÍTULO NOVE - A HORA DO PITO

Que graça tem em pegar borboleta, matá-la e pô-la num quadro morta e presa com alfinete.
Sou uma espécie rara,valho até bons trocados, e outras que não têm se quer valor monetário?
Você agora é igual a elas. Matar alguém pra não comer ou que nos cause perigo como este
que você me impôs, só pode ser monstruosidade humana. Ainda vem até a mim num topete...

Nenhum a vida pode ser tirada de um ser por dinheiro, bel-prazer de outrem, ou preconceito.
Todo ser vivo tem sua importância no mundo em que vive, caso contrário não seria criado;
portanto, colecionador, para fazê-lo voltar ao que era antes ( bicho homem), só há um jeito:
Você, colecionador, aprender a lição que por mim lhe está sendo gratuitamente ensinado.

Está bom, senhorita Apolinária! Chega de blablablá! Não precisa mais! Agora sim, entendi!
Volte-me à condição humana que não perseguirei mais você, fingirei que jamais a conheci.
Se for necessário e/ou do seu interesse, vou embora até do Portal e nunca mais pisarei aqui.

Anda! Vamos! Volta-me a ser gente de novo! Não aquento mais essa situação inusitada.
Colecionador, desculpa-me! Você está bancando o tolo, fingindo que não entendeu nada.
Você não se arrependeu. O desejo acompanhado de remorso deve ser feito a uma fada.

CAPÍTULO DEZ - ONOMATOPEIA DO PERIGO


Outra coisa: a varinha a qual lhe toquei não me pertence, logo já foi devolvido à dona.
Apolinária, silêncio! Estou ouvindo algo. Veja se você consegue também identificar...
O que pude perceber até agora que se trata de uma ave, proprietária de uma vozeirona
que mesmo estando distante o som emitido por ela chega aqui. Vamos nos concentrar.

Apesar de estar ainda estar ainda muito longe, acredito que tal som muito bem eu ouvi.
Então desembucha! Só de ser um passar, temos que colocar nossas barbas de molho.
Podemos, colecionador, redobrar nossa atenção. O som que escutei é de um bem-te-vi.
Pra um inseto, esse pássaro é o próprio diabo emplumado. Viver agora será um abrolho.

Apolinária, o pássaro bem-te-vi tem principalmente nos insetos sua alimentação preferida.
Portanto a morte para nos alcançar não demorará tanto e resistir seu ataque não adianta.
logo,logo, não necessariamente nessa ordem, do bem -te-vi eu serei o almoço e você a janta.

De onde tirou tal ideia? Dois insetos. Quem pegar primeiro? Darei um jeito de ser a escolhida,
enquanto isso você voará, buscando ajuda para que eu possa viver da investida do bem-te-vi.
As fadas do Portal são minhas amigas. Tome este endereço. Elas moram bem pertinho daqui.


CAPÍTULO ONZE - O FEITIÇO CONTRA O FEITICEIRO

Sou um homem, borboleta - macho, sei lá, de princípios. Inverterei só uma coisa no seu plano:
Confrontarei a fera e você foge pra pedir ajuda. Não conheço as fadas, muito menos este local.
Se eu fugir, não resistirei à tentação e salvarei apenas minha pele, causando-lhe desengano...
Não quero comigo dois arrependimento, já basta um: de ter causado às borboletas o mal.

Cada segundo que passa vai se aproximando cada vez mais o som cruel da morte detentora.
Apolinária, não há como desfazer o que já está feito. Com a dona morte em nosso encalço
é que percebi o quanto fui tolo em ter uma coleção de borboleta de beleza tão encantadora,
indefesa e que jamais quis de alguém a aniquilação. Juro a você que não estou sendo falso.

Dando minha vida pra salvar a sua, já tira da minha consciência um enorme e incômodo peso.
O feitiço virou contra feiticeiro. Antes eu era o predador, hoje sou a presa. Agora apenas rezo
para morrer sem sofrimento. Apolinária chora sensibilizada com as palavras do colecionador.

A borboleta-macho num outro gesto cavalheiresco oferece à Apolinária o seu ombro amigo.
Perdoa-me as lágrimas, mas elas são de felicidade por tudo aquilo que de coração você falou.
Não há do que pedir perdão, Apolinária. Pena que só agora minha consciência doentia sarou.

CAPÍTULO DOZE - ANTENOR

Acompanhado da Fada Arco-Íris, o bem-te-vi pousa bem perto das borboletas, seus petiscos.
A fada, amiga da Apolinária, toca no pássaro com a varinha e este volta a ser o Grilo Falante.
Desculpa-me, minha amada, não poderia deixá-la em apuro, passando por quaisquer riscos.
Que lindo! Como posso achar ruim auxílio de alguém que na minha vida é o mais importante?

O Grilo Falante e a borboleta Apolinária se abraçam, se beijam, trocam olhares de felicidade.
Apolinária e a Fada Arco-Íris contam tudo para o colecionador que já está do susto refeito.
Ele fica surpreso, mas depois aceita a lição da Apolinária e até lhe propõe manter a amizade.
Fada Arco-Íris toca no colecionador com sua vara e o mesmo tem seu viver de inseto desfeito.

Meus novos amigos, tirem-me o codinome de colecionador. Chamem-me pelo nome: Antenor.
Lindo nome que você tem! Ele agora não vai mais rimar com dor, dissabor, horror, pavor...
Você está certa, Apolinária. O meu nome agora estará ligado à natureza, nosso bem maior.

Fada Arco-Íris, nunca é demais agradecer. Muitíssimo obrigada pela sua eficaz proteção.
Grilo Falante, meu amor, que tal irmos namorar e falarmos somente de coisas do coração?
Antenor, prazer em conhecê-lo. Arco-Íris, grato por cuidar de Apolinária. Amor, vamos então.

O FILHO DA POETISA

domingo, 16 de dezembro de 2012

RESIDÊNCIA REAL



Vou para aquele castelo,
Lá existe um príncipe belo
Que domina um sol amarelo
Tendo no amor seu flagelo.

Vou agora para aquele castelo
Colocarei o meu beijo no prelo
Lá eu tocarei no meu violoncelo
Uma canção que será o meu elo.

Vou correndo para aquele castelo
Não sendo lá num átimo cancelo
Pois outro lugar eu não chancelo.

Vou nesta hora para aquele castelo
Onde para os meus súditos pincelo
A felicidade que com estes parcelo.

O FILHO DA POETISA

terça-feira, 20 de novembro de 2012

PEQUENA NINA



Ela é uma criança travessa
e também muito pequenina
seu nome verdadeiro é Andressa,
mas apelidaram-na de NINA.

Inteligência ela tem de monte
e uma tia de alcunha Cotó,
aprendeu com o tio de Belo Horizonte*
a fazer com as rosquinhas os "olhinhos da vovó".*

Nina é elétrica como um raio
e repete igual a um papagaio
tudo aquilo que a gente faz ou diz.

Nina é uma menina sapeca,
Nina é uma menina boneca,
Nina é uma menina feliz.

⊱ O FILHO DA POETISA ⊰


UMA BARATA


Eu vi uma barata
na careca do vovô...
Meu neto,
vem cá e mata
esse inseto,
pô!

De hoje vem
nojento bicho?
Vovô, é que tem
um monte de lixo
que pessoas jogam
no terreno baldio;
outros a elas rogam,
as mesmas sem brio
bradam paciência!
Azar! vai se fu...piii!
sem nenhuma decência
botam o lixo aí.

Colado ao bota-fora
apesar de clandestino
É onde o senhor mora
desde que era menino
Já chamei a zoonose
para matar os animais
Vô, tenha uma dose
de paciência a mais.

O FILHO DA POETISA

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A BORBOLETA APAIXONADA PELO GRILO FALANTE

CAPÍTULO UM - NOTÍCIA BOMBÁSTICA

Fadas! Fadas! Venham aqui que tenho uma coisa pra contar
e que vocês ficarão, assim como eu estou, de queixo caído.
Uma linda e jovem borboleta vive a quatro cantos a pregoar
Que o nosso amigo Grilo Falante será em breve seu marido.

Fada Futrica, que estória absurda é essa do Grilo Falante casar?
É sim, é verdade ouvi com meus próprios ouvidos e bem ouvido!
Fada Arco-Íris, surgiu aqui uma borboleta, não sei de que lugar,
dizendo que assim que encontrar o Grilo, o casório será concluído.

Estou boba! O Grilo jamais nos dera a entender que tinha namorada;
Será que essa jovem borboleta, Fada Futrica, não está desparafusada?
Sem parafusos ou com parafusos bem soltinhos na cachola, fica assim,
dizendo coisas sem nexos, ou então acreditando numa verdadeira tolice.


Não creio, Fada Arco-Íris! O tom da voz dela passava segurança no que disse.
Nossa mãe! Essa estória da namorada do Grilo não estou conseguindo digerir!
Tem uma coisa que ainda não lhe contei ainda porque se não você se enfarta...
o romance entre eles é antigo, é do tempo em que o Grilo Falante era lagarta transformado como castigo pela deusa Afrodite. Calma a todas, eu vou pedir...

CAPÍTULO DOIS - MUITA CALMA NESSA HORA

Calma que nada! Não ficarei com isso com dentro de mim!
Vou à busca de resposta! Não fique assim, Fadinha Arco-Íris, você vai acabar dando um troço na nossa frente.
Fada Futrica em partes você tem razão; quem tem que nos dizer se gosta ou não gosta da tal borboleta é o Grilo, só assim nós saberemos a verdade desse fato surpreendente.

Quem quer ir comigo à casa do Grilo Falante? Se ninguém quiser, garanto que irei sozinha!
Se o Grilo não me der uma resposta convincente, aí sim, procurarei a borboleta apaixonada.
Agora se for verdade mesmo que os dois estão se amando, então ficarei quieta, na minha, torcendo ou ajudando para que esses insetos vivam felizes como manda um conto de fada.

Calma, eu insisto, Fada Arco-Íris! Todos nós que estamos aqui presente iremos com você.
Não temos nenhum tempo a perder; vamos ao conhecimento do fato, deixemos o conversê...
A fada Futrica concorda com a Fada Arco-Íris e todas as fadas vão ao destinatário desejado.

Parecia que as fadas do Portal dos Sonhos e Magia iam tirar o Grilo Falante de algum cativeiro.
Está ou não havendo certo exagero das Fadas? Amar alguém, o Grilinho não será o primeiro;
o mundo está e sempre esteve cheio de namorados, basta a gente olhar para o nosso lado.

CAPÍTULO TRÊS - GRILO FALANTE NÃO SABE DE NADA

Que delícia! Um exército de fadas vindo me visitarem! Visita de cortesia ou tem outra razão?
Grilo Falante, não sou rodeio e vou direto ao assunto. Uma jovem borboleta chegou ao portal
lhe procurando, dizendo que ao encontrar, a felicidade será eterna entre ambos. Então?!
O Grilo leva maior susto. Que isso, Fada Arco-Íris?! Repete novamente. Acho que ouvi mal.

Não se faça de besta, Grilo! Queremos saber quem é a borboleta que se diz ser sua namorada,
há quanto tempo estão noivos e por que você não falou desse seu romance para ninguém?
A borboleta afirmou ainda à Fada Futrica que vocês se conheceram na época que a malvada
bruxa da estória da Branca de Neve apareceu aqui no Portal e duelou com deusa Vênus; sem

nenhuma piedade ela o castigou porque você andou arrastando sua asa para a terrível bruxa
uma vez que a mesma estava disfarçada numa linda fada. Lembro-me muito bem do castigo,
é impossível disso eu esquecer. A deusa Vênus me transformou numa lagarta feia, puxa!

Fiquei um mês assim, enquanto a bruxa que perdeu o duelo virou cravo de defunto. Maldigo esse dia. Eu não me lembro, Fada Arco-Íris, de nenhuma jovem borboleta naquele momento,
Um dos dois está mentindo! Quem será? O que posso dizer diante do seu desconhecimento?

CAPÍTULO QUATRO - O GRILO É INOCENTE

Fada Arco-Íris, você me conhece muito bem. Eu a Considero uma das melhores amigas minhas,
jamais lhe esconderia algo tão sério e importante sobre mim.

Não sei o que está acontecendo,juro! 
Buscarei saber tudo sobre este assunto. Eu não vou perder o meu tempo com advinhas.
Pelo que me fora dito, acho que sei quem pode responder com clareza o que está sucedendo.

Deusa Vênus! Falou abruptamente a Fada Sol. A própria!Afinal Vênus não é a deusa do amor?
Talvez a borboleta está ou ainda esteja sobre algum efeito de algum encantamento da deusa grega. 

Você matou a charada, Grilo Falante. É isso mesmo! Não tem outra explicação melhor.
Tudo começa fazer sentido! Agora nós sabemos o porquê que a jovem borboleta lhe endeusa.

Tomara que eu esteja certo. Se não for a deusa Vênus, pode ser o filho dela: o deus cupido.
Sei! Aquele pentelho alado que anda por aí com arco e flecha. Grilo, novamente faz sentido.
Fada Arco-Íris, eu vou chamar a deusa Vênus para resolver de uma vez por toda tal situação.

Grilo, você quer que todas ou alguma de nós o acompanhe no seu encontro com a divindade?
Fada Sol! Eu não precisarei! Afinal de contas o mundo mitológico é por mim bem conhecido.
Grato pela gentileza. Sei que posso contar consigo em qualquer enrascada ou eventualidade.

CAPÍTULO CINCO - A DEUSA VÊNUS TAMBÉM É INOCENTE

Deusa Vênus, obrigado por ter vindo ao auxílio. Acredito que só a senhora possa me ajudar.
Grilo Falante, você sabe que é bem quisto no meio de nós. Vamos lá. Por que me chamou?
Vênus, apareceu no Portal dos Sonhos e Magia uma jovem e linda borboleta dizendo namorar
comigo. O pior é que não a conheço, nem sei de onde ela tirou essa estória. Tudo começou,

segundo ela, quando eu fui transformado pela senhora numa lagarta. Está lembrada?
Perfeitamente. Só não entendi o que essa borboleta apaixonada tem haver comigo...
deusa Vênus, eu pensei que a borboleta estivesse com o seu poder sido encantada.
Não tenho nada haver com isso, nem o meu filho. Apenas lhe imputei na hora meu castigo.

Você virou uma lagarta e a bruxa insolente cravo de defunto. Que eu lembre, fiz só isso!
Se não foi a senhora, nem seu filho, quem foi? Quem lançou então na borboleta o feitiço
que a fez apaixonar por mim? Não sei, Grilo Falante. Não fui eu e tampouco o meu filho.

Vixe! Eu Voltei à estaca zero. Meus suspeitos são inocentes. Com quem estará a resposta?
Não tenho mais de quem suspeitar. Deusa Vênus, ajuda-me. Em quem a senhora aposta
que possa estar por trás disso. Não sei, Grilo Falante. Não responderei nada no afogadilho.

CAPÍTULO SEIS - EIS QUEM PODE ME DAR EXPLICAÇÕES

Fada Futrica, eu chamei você pessoalmente até aqui para lhe fazer o seguinte pedido...
A deusa Vênus disse não ter nada haver com o surgimento da borboleta apaixonada.
O que quer de mim? Quero que me traga a borboleta que me quer como futuro marido.
Sabe onde encontrá-la, não sabe? Só ela poderá me contar a origem dessa estória equivocada.

Para eu trazer a borboleta apaixonada até aqui, basta usar minha linda varinha de condão.
É mesmo, Fada Futrica! Atenta o meu desejo de ter a jovem borboleta aqui na minha casa!
Num piscar de olhos a borboleta aparece diante do Grilo. A jovem borboleta chora de emoção.
Ninguém entendeu o que estava acontecendo. A borboleta diz que seu coração fica em brasa,

também o seu interior, toda vez que vejo meu lindo amado, o meu príncipe Grilo Falante.
Já vi que não preciso me apresentar. Fada Futrica, obrigado! Deixa-nos as sós neste instante.
Tenho muito que conversar com esta senhorita. Estou prevendo que vai demorar bastante.

Apesar de e curiosa para ouvir a conversa dos dois, Fada Futrica não tem outra saída e some.
Borboletinha, estamos só nós aqui. Quero saber tudo sobre você a começar pelo seu nome;
depois saber de onde vem o seu amor por mim e porque ele exageradamente lhe consome.

CAPÍTULO SETE - QUEM É A BORBOLETA

Deixa-me apresentar. Muito prazer, senhor Grilo Falante. Eu me chamo Apolinária.
Vim para cá com a mais pura intenção do meu ser de torná-la sua eterna esposa.
Espere um pouco, Apolinária, quem a enviou com a função de torná-la missionária
de querer casar comigo sem que eu saiba? Fazer isso de forma contundente, quem ousa?

Foram os deuses que me avisaram que você mora aqui. O dono da ousadia é o meu coração.
Você vem para cá, crendo estar gamada por mim e está fazendo o que seu coração manda...
não podemos namorar. Eu não a amo. Somos insetos de espécies diferentes. Entendeu o não?
Não, pois há aqui no Portal dos Sonhos e Magia o namoro de uma fada com um urso panda?

Nós, pelo menos, somos do mesmo reino (animal) e inseto, portanto temos algo em comum.
Já é um bom começo. Nada que uma boa conversinha entre nós para darmos de tudo conta.
A fada é um ser do mundo encantado e um urso é um ser real. São seres bem diferente, hum!

Se não podemos namorar e o fato que citei? O caso deles (panda e fada) é pior que o nosso.
Em que nosso amor é diferente? Vamos, explica-me? Pelo menos um motivo você me aponta?
Não apontará porque não tem! Se um urso pode namorar uma fada, namorar você eu posso!

CAPÍTULO OITO - PONTOS EM COMUM

Apolinária, bacana seu raciocínio. Ganhou pontos comigo. Amo conversar com ser inteligente.
Obrigada pelo elogio. Viu, você acaba de descobrir entre nós mais uma coisa bem semelhante.
A partir do momento que formos nos conhecendo, verá que eu sou uma criatura interessante.
Você está esquecendo. No caso do urso panda e da fada, ambos se amam reciprocamente.

Em nosso caso não, o amor é unilateral. Só você que me ama, o contrário não acontece.
Está falando isso para me magoar? Perde seu tempo. Você conhece bem o poder da oração.
Um deus há de ouvir e se sensibilizar com o meu amor por você e atender minha prece
e assim você me entregará de corpo e alma e eu saberei cuidar do seu pequeno coração.

Uma coisa tenho que admitir: você é determinada. Quando quer uma coisa não desiste.
Ops! Mais uma coisa comum entre nós. A determinação dentro de você também existe.
Pelo que estou vendo e observando, você conhece muito da minha da personalidade.

Seu nome também me chama atenção porque significa aquela que a Apolo foi consagrada.
Não recebemos um nome por acaso. Ele nos disse que vamos fazer em nossa vida encarnada.
Qual é sua relação com deus Apolo? Você é protegida por esse deus? Fora por ele criada?

CAPÍTULO NOVE - A PITONISA

Preste atenção na minha voz, meu querido Grilo Falante! Será que sua memória é surda?
Sua voz... agora sim... não! Não pode ser! Você é uma pitonisa que atendia lá do templo!
Eu sempre lhe orientava toda vez que você ia ao oráculo de Delfos consultar. Ideia absurda...
Desde o primeiro dia que você pisou lá, confesso-lhe que me senti atraída pelo belo exemplo

que você é de integridade, respeito, justiça, altruísmo,determinação, lealdade e respeito.
Os deuses têm por você grande apreço. Apolo então não cansa de tecer elogio à sua figura.
De tudo isso fui tomando conhecimento, a tal ponto que dentro do meu pequenino peito
começou uma admiração por você, depois passou ser inesquecível para mim e na altura

do campeonato, quando acordei-me para vida, entendi que por você já estava apaixonada.
Não podendo resistir ao amor, pedi uma reunião com Apolo para falar sobre esse assunto.
Conversamos e sugeriu-me que fosse atrás do meu amado já que a felicidade é coisa sagrada.

Para minha alegria, Apolo disse-me com todas as letras que eu o encontraria aqui no Portal.
Deus Apolo me transformou nesta linda e jovem borboleta para que pudesse ficar bem junto
a você e se não der certo, eu volto ao oráculo de Delfos como se não tivesse acontecido nada.

CAPÍTULO DEZ - DE FRENTE COM O AMOR

Se você mexia os seus pauzinhos para que no oráculo
de Delfos pudesse sempre me atender,
por outro lado eu procurava ir no templo de Delfos
somente na hora em que você estivesse lá.
Quem lhe disse os horários e os dias em que eu
estava no oráculo de delfos? Pode me dizer?
Ninguém me dizia.
Tinha forte intuição que me conduzia ao templo.
Outra explicação não há.

Se entendi, além de buscar respostas para
suas indagações, ao meu lado você sente prazer...
Eh! Sentia um bem-estar, uma alegria e sua voz
e imagem ficava muito tempo dentro de mim,
Depois o êxtase era subtraído pela realidade onde
tinha e tenho alguns casos para eu resolver.
Você é tão inteligente numas coisas e tolas noutras?
Afirmo que o seu coração quer dizer sim
para o nosso amor. Não só eu estou apaixonada por você,
como você está por mim também!
Contudo não tenho medo de expressar o amor que sinto,
mas você por ser reservado... porém
temos tantas coisas em comuns que o nosso amor não
pode ser simplesmente minha fantasia.

Nós somos sacerdotes de Apolo zoomorfizados,
inteligentes e do mesmo sentimento portador.
Por tudo que você me disse, deixe a reserva de lado
e vamos nós agora viver do nosso amor;
pelo que eu sei não existe nenhuma proibição ao amor
aqui no Portal dos Sonhos e Magia.

CAPÍTULO ONZE - A RETÓRICA DO AMOR

Borboleta Apolinária, vamos por ordem na casa? Você está aumentando tudo que lhe falei.
Se prestou atenção no que disse sobre você, as frases estavam no pretérito, ou seja, passado.
É exagero seu ao falar em nosso amor, se nem se quer assumi o namoro consigo, pelo que sei.
Pra encerar, ainda não entendi essa de Apolo bancar o Cupido e deixá-la ir atrás do seu amado.

Você é um cabeça-dura, Grilo, mas eu também sou; entre nós mais uma característica comum.
Para lhe ser bem sincera, o deus Apolo sugeriu-me pedir ajuda para o Cupido e /ou Afrodite,
todavia recusei. Disse ao deus Apolo que não queria ajuda dos deuses citados de jeito algum.
Não é por orgulho não. Meu namorado deve se entregar a mim espontaneamente, acredite.

De fato! Ao se referir a mim, usou o verbo no pretérito. Claro, seu relato foi um fato passado!
Você podia usar o tempo presente que serviria. Esse tempo é chamado de presente histórico.
Nós não vamos aqui discutir gramática, Grilo Falante, portanto volto ao meu discurso retórico.

Em tempo. O deus Apolo não bancou o Cupido, ele simplesmente respeitou meu sentimento;
algo que você ainda não fez. Apolo considerou também o amor, a lealdade que tenho por ele.
E o grande amor que sinto por você como resolvê-lo? Fiz a minha parte e o deus Apolo o dele.

CAPÍTULO DOZE - O SIM DO GRILO

Você resolverá como a parte que lhe compete? Responda com convicção. Seja claro e direto.
O Grilo Falante ficou transparente, gaguejou, ficou gelado, confuso e sem saber o que dizer.
Aproveitando o reinado do silêncio, a borboleta tomou a iniciativa e beijou seu amado inseto.
O coração bate rápido. A visão do paraíso vem aos olhos. os dois insetos se tornam um só ser.

Ainda com o beijo percorrendo-lhe as entranhas, ouve aquela voz suave, agora no presente.
O que você pode falar de mim, Grilo? E do meu amor por você?E por mim o que você sente?
Você é uma criatura muito determinada, corajosa, sagaz e o que sente por mim é muito forte.
Eu não teria tal audácia. Largar tudo em busca do amado na certeza de que será seu consorte.

A felicidade é um troféu onde os nossos desejos realizados têm o inenarrável sabor de vitória.
Convenceu-me com o beijo que o seu amor e o meu se unirão para escrever uma bela história.
Pare! Entendi direito? Traduzindo o que você disse é: a partir de agora eu sou sua namorada?

Apolinária é Isso mesmo! Estava certa o tempo todo!Não tinha era coragem para lhe declarar.
Depois de tudo que fez para chegar até a mim, tendo certeza do seu amor, ouso lhe perguntar:
Apolinária, conceda-me a honra de tê-la como minha namorada? Ela cai no chão desmaiada

CAPÍTULO TREZE - O NOVO CASAL

Grilo Falante vai socorrer a sua amada. Borboletinha, acorda, fale comigo, minha querida!
Apolo, o senhor por aqui!... Grilo, os deuses concederam-lhe o bem maior que existe na vida:
O amor verdadeiro. Mérito total da borboletinha Apolinária. Aconselho-o aproveitar a chance
para viver ao lado de ser digno e destemido para viver na sua vida um lindo e ideal romance.

Eu, deus da ciência das artes divinatórias, afirmo e preconizo que vocês serão bastante felizes.
O amor de vocês seguirá por toda eternidade sem manchas, feridas, remendos ou cicatrizes.
Pode atirar nesse amor de cabeça sem qualquer tipo de medo em rachá-la ou coisa aparecida.
Apolinária está acordando. Deixa-me cuidar de outros afazeres. Dê atenção à sua querida.

Amor,que houve? Qual a razão do desmaio? Não se preocupe, querido, foi a forte emoção.
Ao ver o meu grande sonho realizado e o fim de sua resistência foi muito para o meu coração.
Pode ficar tranquilo, Grilo. Afianço-lhe que comigo está tudo bem. Já voltei ao meu normal.

Sabe o que podemos fazer, querida Apolinária? Comunicar nosso amor para o mundo inteiro.
Isso mesmo, amado Grilo, quem você acha que deve saber sobre o nosso namoro primeiro?
A resposta para sua pergunta é simples: Comuniquemos a todos os moradores aqui do Portal.

O FILHO DA POETISA