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O ASTRO

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APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

Não, não vou sair daqui...

Não, não vou sair daqui...

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quinta-feira, 22 de março de 2012

DONA TIRIRICA

Dona Tiririca enfia o dedo na titica... 
Pode parar! Pode parar! Pode parar! 
Será que com vergonha você não fica 
Em querer de uma senhora aproveitar?! 


 Ela é idosa, simplória, sozinha no mundo 
Nem se quer um parente para defendê-la; 
Surge assim do nada um malvado vagabundo 
Para abusar dessa inocente velha sem tutela. 


 Livra-se desse coração de pedra, jovem rapaz, 
Trate os idosos, não só dona Tiririca, com cortesia Porque se Deus não mandar o contrário você será um dia  


Velhinho e livrar-se de qualquer mal sozinho não será capaz. 
Agora que minha ficha caiu. O senhor está coberto de razão! 
Pra corrigir minha falha só dando à dona Tiririca minha proteção. 


 O FILHO DA POETISA

SÃO BRÁS


Cof-cof-cof-cof 
Se for pouco, manda mais, São Brás 
Ah, é assim! Não gosto de mim galhofe. 
Você vai ver seu engraçadinho! Zás! 

 Ai, meu Pai! Aumentou a irritação 
Ainda mais da minha garganta irritada! 
São Brás, por gentileza! Dê-me uma mão 
Não zombei, fiz uma brincadeira, mais nada. 

 Se o senhor ficou chateado, peço -lhe perdão 
Não queria jamais lhe causar nenhum mal 
Desculpa aceita já que pediu com educação. 
Que do pentelho suma toda irritação 
e garganta do mesmo volte ao normal. 

 O FILHO DA POETISA

ALIMENTAÇÃO DIFÍCIL


Ando com os pés na cabeça. 
Quando estou a me alimentar, 
Vem uma mãozinha depressa 
Para coçar... coçar... coçar... 

 Acho pura falta de educação. 
Infelizmente não tem jeito. 
Na hora sagrada da refeição 
Não posso alimentar direito 

 O que fazer? É a minha triste sina, 
Livrar-me daquela mão assassina 
Que insiste tanto em me pegar. 

Eu não sou bobo não!  Fico de olho 
no meu algoz, o dedo mata-piolho, 
que deseja sem dó comigo acabar. 

 O FILHO DA POETISA

ESPOSA CIUMENTA


O grilo anda grilado 
Porque a dona “grila” 
Sua esposa, putzgrila! 
Tem-no provocado. 

 O motivo é passional 
Só pura desconfiança 
a “grila” não achou legal 
ouvir uma voz mansa 

 e bem feminina no celular 
do seu “safado” marido. 
Com quem gostaria de falar? 

 Se o celular é do seu marido, 
obvio,com seu esposo! Vá chamar ... 
Ligue depois, se ele tiver sobrevivido! 

 O FILHO DA POETISA

CUTUCANDO O NARIZ

Vamos ,menino! Pare com essa porcaria! 
Seja educado e tire já o dedo do nariz! 
Será de sua parte uma horrorosa mania? 
Ou uma péssima educação que não condiz 


Com a aparência muito linda que você tem? 
Higiene pessoal, a gente faz com privacidade. 
Que nojo! Ver sua meleca à amostra, ninguém 
Quer ver. Meu estômago embrulha de verdade. 


Peça licença, garoto, e fique num lugar sozinho 
Assua forte o seu nariz sobre um lenço bem limpo 
Até que sua meleca saia e lhe dê tchauzinho.


Aproveitando que estamos no campo do asco 
Nada de comer meleca e cutucar nariz.Ele não é garimpo, 
Muito menos meleca é alguma vitamina vendida num frasco. 


 O FILHO DA POETISA

BEIJA-FLOR

Beijo quaisquer tipos de flores. 
Romântico? Estou longe de ser! 
Delas me delicio de seus sabores; 
Alimento-me das flores pra viver. 

 Nem somente de néctar me alimento, 
Também de mosca, aranha ou formiga. 
O néctar é da minha alimentação 90% 
E creio que é melhor à minha barriga. 

 Sou o único pássaro que paira no ar, 
Para de inveja toda passarada matar 
E para ninguém conto esse segredo. 

 Outro segredo meu... esse posso revelar: 
De lambuja também polinizo as flores 
Perpetuando-as com suas lindas cores. 

 O FILHO DA POETISA

“VOU BEIJAR-TE AGORA NÃO ME LEVA A MAL...”


A fadinha ficou com uma enorme dor no coração
Em ver o mosquito aedes egypti sozinho no salão
Esperando uma linda companheira para dança. 
Pela demora o inseto já estava perdendo esperança.


Como toda fada gosta de praticar uma boa ação 
Ela se ofereceu para ser a partner e o mosquito então
Ficou no rosto com um enorme sorriso de criança 
E depois do sim foi aproveitar a tradicional festança. 


Ao ouvir a música “vou beijar-te agora não me leva a mal” 
O aedes egypti ficou empolgado e picou a samaritana fada 
Que no dia seguinte e até hoje se encontra acamada.


Com a picada do inseto , a fada contraiu a doença da dengue 
Agora, em termo de saúde, anda completamente perrengue 
Mas feliz por ter cumprido a missão pela qual foi destinada. 



 O FILHO DA POETISA

LEITINHO PARA O GATINHO



Meu São Francisco, que chato! 
Estou em plena prisão domiciliar 
Porque há lá fora um terrível gato 
Doidinho e desejando me devorar. 

 De jeito nenhum eu me candidato 
Para no bucho do felino ir morar... 
Tenho que queimar muito fosfato 
Para que possa do bichano me livrar 

 Já sei! Tenho aqui um pires de leite 
 Que roubei com muita dificuldade. 
Darei ao miau; espero que ele aceite. 

 Tal bebida será um presente de grego. 
Terá laxante. Ao beber o leite à vontade 
O efeito do remédio fará o gato me dá sossego. 

 O FILHO DA POETISA

IRA DE UM DEVOTO


 Pingue-pingue-pingue... 
Faz a chuva na vidraça 
E há gente que xingue 
Achando uma pirraça 

 Do São Pedro. Só pode! 
Queria pegar uma cor 
Mas a chuva explode 
   No ser uma ira interior.  

Houve reza pra santo errado? 
Nem se quer a reza foi feita! 
Então, por que da desfeita? 

Por não me deixar bronzeado, 
São Pedro, ouça com atenção: 
Vá à merda! Hoje não tem oração. 

 O FILHO DA POETISA

NÊNIA DE UMA MENINHA TRISTE**


“Tô tristinha hoje, amiguinho”. 
Eu posso lhe contar a real razão? 
A pessoa pela qual tenho carinho 
Recebeu do céu uma convocação. 

 Como prosseguir um caminho 
Guiado por um sofrido coração 
Que teme seguir a jornada sozinho 
Que o levará a total escuridão. 

 Não sou nenhuma heroína. 
Eu sou apenas uma menina 
Que sonha com a felicidade.

A tristeza hoje de mim se aproxima 
Sabendo que minha amada prima 
Fez-se substituir pela saudade. 

 O FILHO DA POETISA 
 ** Nênia ou epicédio é um poema em que chora 
ou lamenta a morte de alguém.

A PEQUENA VAMPIRA


De pulinho em pulinho 
Vou me locomovendo, 
Bebo sempre um sanguinho 
Quando a sede estou tendo. 

 Pena que os meus fornecedores 
Sempre tentam de um jeito 
Com técnicas de horrores 
Me impedir do tal direito. 

 Todo ser vivo sente sede! 
Isto acontecendo, a boca pede 
Algo para beber bem fresquinho. 

 Só ai é que procuro um animal 
Para satisfazer-me dessa necessidade vital. 
Depois com muitos pulos sigo meu caminho. 

 O FILHO DA POETISA

A PRINCESA DESENCANTADA

Era uma vez uma princesa 
Que pensava ter um rei na barriga 
Pediu uma serviçal sem nenhuma gentileza 
Que a colocasse a par da briga.

Pare com a encenação! Deixe de lerdeza! 
Quero saber o porquê que você e sua amiga 
Estavam se engalfinhando na maior brabeza. 
Aposto que tem algum homem nessa intriga. 


 Não foi nada, Sua Alteza. O motivo foi idiota. 
Conta-me a verdade e não me venha com lorota. 
Afinal de contas sou princesa e uma retardada!


 Tá bom princesa... É que o príncipe encantado... 
Aquele rapaz que é um gato e seu namorado 
Traiu a confiança de nós duas com aquela danada.

“traiu a confiança de nós duas”... Não entendi nada! 
Vou ser mais clara, Alteza. Do seu príncipe sou amante 
Minha ex-amiga é ficante e a augusta senhorita namorada. 


 Eu a expulso do meu castelo e do meu reino, serviçal insolente e traíra! Como pode o príncipe se interessar por uma eira sem beira 
Como você?! Enquanto ficar com sua amiga... O príncipe delira! 


 Sei que vocês me acham arrogante, uma pessoa pra lá de metida, 
Porém achar que uma imbecil, cometeram uma grande besteira. 
Besteira mesmo farei se vocês não saírem do meu reino e da minha vida!... 


 O FILHO DA POETISA

O CONVIDADO DA FADA DAS ÁGUAS

Cavalos marinhos vieram me buscar... 
Subi neles mesmo não entendendo nada! 
Só mais tarde é que um deles veio me contar 
Que fora convidado para aniversário de uma fada. 


Quando os animais me viram com aquele olhar de besta, 
Perceberam que da ignorância facilmente me tornara vítima; 
Esclarecera-me que era uma fada que não habitava floresta 
E sim uma fada que era originária da profundeza marítima. 


O nome da fada era Fada das Águas e que ela é muito linda 
- acredite - 
Também estavam convidados á festa Aquaman, o príncipe submarino Namor, 
nereidas, sereias e o deus do mar Netuno/Poseidon e sua esposa Anfitrite. 

Cavalos marinhos o que fazer? Fui pego de surpresa e nem comprei um presente 
Para a Fada das águas. Se vocês me têm alguma sugestão, deem-me -por favor - 
Uma vez que eu não quero bancar o mal-educado diante de tanta nobre gente. 


 O FILHO DA POETISA

O PASSARINHO E O GATO



Era uma vez um lindo gato 
Que resolveu de surpresa 
Atacar num átimo sua presa: 
Um pássaro que parecia pacato. 

 Que animalzinho peludo chato! 
Por que ele não me deixa em paz? 
Se o encaro dirá ser um desacato 
E irá pra cima de mim com todo gás. 

 O bichano assassino come é ração 
O dono não põe para o gato comida 
De sal espécie alguma: crua ou cozida.
 
 Qual é o motivo do pequeno felino então 
Querer me dar banho em seu suco gástrico? 
Não conseguiu , pois Deus me fez bem elástico. 

 O FILHO DA POETISA

CHAPEUZINHO VERMELHO NEGOCIADORA


Senhor Lobo Mau! 
Do senhor estou de mal! 
Não faça essa cara de bocó! 

Que estória é essa! Tenha dó! 
De querer devorar a minha vó! 
Ainda mais ela, coitadinha, 

Tem avançada idade, mora sozinha, 
depois da floresta, a pobre velhinha 
É viúva, completamente desamparada. 

 Peço-lhe ao senhor Lobo que não faça nada 
Com a minha avó que é por mim adorada 
E que me recebe sempre com festa. 

Larga mão, senhor Lobo, de ser besta! 
Sou eu que sempre carrego a cesta 
Lotada sempre de coisas gostosas; 

Deixe de lado essas ideias maldosas... 
Se o senhor quer comer coisas deliciosas 
Vamos fazer a seguinte negociação:

 Para que o senhor não coma então 
Minha avozinha do meu coração 
E deixe pra sempre essa ideia malvada,

Vou pedir minha mãe - não custa nada - 
Entregar-me duas cestas, bem cheias cada: 
Uma para vovó e outra para você, criatura esfomeada! 


 O FILHO DA POETISA

segunda-feira, 19 de março de 2012

MENININHA CONSCIENTE


Tia Gê, hoje sonhei que a minha cama estava inundada
e sem querer percebi que a água era salgada!
A garotinha da tia teve um sonho ruim, coitada!
Deve ter acordado em plena madrugada
Muito, mas muito apavorada.
Eu, com medo? Que nada!
Eu acordei foi toda mijada!

Quer saber, tia Gê! Já tomei uma decisão:
Antes de dormir não vou querer mais não
Tomar chá, suco, refri, né! De coração...
Tadinho! Como sofreu o meu colchão!

O FILHO DA POETISA

SEM MALÍCIA

Não acreditava direito naquilo que eu via:
Uma inocente criança, branca como cera,
Jogada no acostamento duma rodovia.
Como se uma fortíssima anemia tivera.

Eu não posso afirmar com total convicção.
Apenas domino as letras, não sou doutor.
Como o ser humano está hoje sem coração!
Abandonar um menino a morte ... que horror!

Parei o carro para socorrer rápido o infante.
Mesmo lânguido, ele conseguiu me responder...
Menino, onde estão seus pais nesse instante?
Sou órfão de pais e estou muito tempo sem comer.

Peguei a criança, coloquei-a no meu carro com cuidado
E fui imediatamente para o mais próximo hospital
Parei o carro, pois havia chegado ao lugar desejado.
A criança agora terá o tratamento adequado afinal.

Quando a solícita enfermeira foi buscar a maca
Ouço a voz da criança me chamando: moço! Moço.
Fui colocar meu ouvido, já que a voz dela estava fraca,
Na boca do menino. De repente sinto uma dor no pescoço

Acompanhado de queimação. A minha vista se embaça.
Um grito horroroso salta involuntariamente da minha garganta.
Jamais imaginara que estava acontecendo comigo uma desgraça.
O guri era um vampiro faminto e me transformara em sua janta.

Conforme diz o ditado: assombração sabe pra quem aparece.
De noite, criança “doente” no acostamento, sem os pais...
Por que não chamei a polícia? O SAMU? Bombeiro? Nem prece
Fiz à vítima e nem para mim. Ingênuo fui. Descobri isso tarde demais!

O FILHO DA POETISA

PRESENTE À FADA RUIVA



Fada Ruiva, o que você quer de presente?
Uma linda varinha de condão bem potente
Ou uma bolsinha com pó de pirlimpimpim
Para espalhar pelo universo a magia sem fim?

Fadinha, você quer um livro de feitiço
Que lhe faça dar no mundo o sumiço
De qualquer sofrimento e/ou maldade
Para que em todos reine a felicidade?

Você quer um unicórnio branquinho
Que deixe cheiro de paz pelo caminho
Por onde os dois vão simplesmente passar?

Está me estranhando, Grilo Falante?
Só quero uma coisa que é importante
Na minha vida: sua amizade singular.

O FILHO DA POETISA

COM A CABEÇA NA LUA

Coitadinho do Luã!
Vive tanto com a cabeça no mundo da lua
Que traz consigo o cabelo chamuscado,
Deve ser das baforadas do dragão;
Sua cabeça tem uma coleção de galos,
Devem ser das patas do cavalo de São Jorge.

Disseram ao Luã que a lua é feita de queijo...
Mentira! De queijo deve ser formado o cérebro de Luã.
Vou mais longe ainda! De queijo gorgonzola!
Disseram ao Luã que a lua é dos namorados.
Tolice! Lã, em vez de ser pelo cupido flechado,
Ele foi acidentalmente pelo São Jorge lanceado.

Tire a cabeça da lua, Luã,
Coloque-a no seu pescoço,
Pois tanto lá quanto cá,
Viver é um duro osso.

O FILHO DA POETISA

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

ANIVERSÁRIO DO PETER PAN




Ontem também foi um dia especial
Na Terra do Nunca dos meninos perdidos,
Nasce nesse local também no dia de natal
Aquele quem estes meninos têm protegidos

Seu nome todos sabem de cor, Peter Pan,
O eterno inimigo do terrível Capitão Gancho.
O menino que não quer crescer e é bambambã
E cada derrota do opositor ficará mais ancho.

Feliz aniversário, meu amiguinho encantado,
Mesmo sabendo que eu estou atrasado
Com você em lhe dar os parabéns pela data.

Se precisar de minha ajuda, conte comigo
Para derrotar o cruel maneta, seu inimigo,
E após a vitoria ver a Terra do Nunca pacata.

O FILHO DA POETISA