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O ASTRO

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APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

Não, não vou sair daqui...

Não, não vou sair daqui...

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terça-feira, 28 de agosto de 2012

PRESENTE DE SONINHABB


"Você é aquilo que ninguém vê.
Uma coleção de histórias,
estórias,memórias, dores,
delícias, pecados, bondades,
tragédias e sucessos,
sentimentos e pensamentos.
Se definir é se limitar.
Você é um eterno parênteses em aberto,
enquanto sua eternidade durar."

(Machado de Assis)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

UM SAPO “GALINHA”

Moça, beija-me e virarei um príncipe encantado.
Que isso, seu sapo! Não sou nenhuma princesa!
A fim de que o seu encantamento seja quebrado,
precisa de um beijo de amor que vem da realeza.

Não tenho sangue azul, sou uma plebeia somente;
A não ser que mentem os livros dos contos de fadas...
Um duro rolo de macarrão acerta o sapo de repente.
Minha fêmea, Chega! Eu não quero mais pancadas!

Então, meu imoral marido, proceda como ser casado!
Moça, desculpe-me pela cena de violência. Entenda
A minha situação. Sou casada com esse anuro tarado.
Ele dá em cima de tudo quanto é fêmea, não emenda.

Esse sapo já namorou todas as fêmeas que têm no brejo.
Depois que ele ouviu de alguém uma absurda estória
de um sapo se transformar num príncipe com um beijo
não tirou mais essa baboseira ridícula de sua memória.

Usando de má fé, meu obsceno esposo utiliza tal fantasia
Pra enganar belas fêmeas humanas, inocentes como você.
Senhora sapo-fêmea, um ótimo ingrediente de bruxaria
Seu cônjuge pode ser; tal destino qualquer bruxa antevê.

Pare com essa ideia horripilante, minha querida humana.
Deixe-me em paz! Não vou incomodá-la! Já aprendi a lição.
Não existe ninguém no mundo digno do amor que emana
do meu ser. Ouviu bem, humana? Ninguém, sem exceção!

Quanto a você, sapo fêmea, não quero e nem vou mais apanhar.
Nosso casamento termina por aqui. Quanto aos nossos filhotes,
você não vai criá-los sozinha. Fique tranquila, pois irei lhe ajudar.
Se você me amasse de verdade, não me daria tantos piparotes.

O FILHO DA POETISA

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

PERNILONGO


Pernilongo é um inseto muito chato que durante à noite, 

principalmente na hora de dormir, 
resolve tocar uma vuvuzela bem desafinada nos nossos ouvidos.

O FILHO DA POETISA

terça-feira, 7 de agosto de 2012

DISTRAÇÃO



Estava nas nuvens andando distraído...
Pisara em falso e acabei despencando.
Caí no chão e fiquei um pouco aturdido.
Minha pequena harpa acabou estragando.

Merda! O lugar onde caí não estava deserto!
Infelizmente presenças de humanos ali havia.
Eles jamais teriam visto um anjo de tão perto
E a curiosidade deles um desconforto me trazia.

Nossa! Meus pais não mentiram mesmo para mim
Anjos existem e eles nos protegem na vida sim,
De todos os males que recaiam sobre todos nós!

Retornei-me imediatamente ao espaço celestial.
Não olhei para trás, nem dei uma desculpa banal.
Minha distração deixará o Papai do Céu bem feroz...

O FILHO DA POETISA

sábado, 28 de julho de 2012

FATALIDADE



Estando num lindo jardim em flor
E aproveitando a bela oportunidade
Tive a infeliz ideia de sentir o olor
De uma planta que tive curiosidade.

Ao encostar-me o nariz (que horror!)
Na planta, toquei por infelicidade
Na lacraia que sem nenhum pudor
Injetou em mim toda sua maldade.

Meu nariz parecia com o de palhaço.
Inchou na hora, ficou bem vermelho,
Deixando-me triste diante do espelho.

Não adiantava eu fazer estardalhaço!
Isso não me levará a lugar nenhum,
a não ser causar um enorme zumzum.

O FILHO DA POETISA

quarta-feira, 25 de julho de 2012

ORAÇÃO À FADA SOL


Se o dia no Portal dos Sonhos e Magia
São ensolarados,
Agradecemos à Fada Sol.

Se no mundo mágico
Há calor humano
Agradecemos à fada Sol

Se todos os dias em nossos corações
Há um lindo pôr- do- sol
Agradecemos à Fada Sol

Se as estrelas nascem
Com mais luzes e vigor
Agradecemos à Fada Sol

Os músicos ao escreverem
As músicas na partitura
usam a clave sol em homenagem à Fada Sol

Se no meu interior
Há uma amizade vistosa
Agradeço à Fada Sol.

O FILHO DA POETISA

sexta-feira, 20 de julho de 2012

MISSÕES PLUVIAIS

As gotas de água foram convocadas pela mãe natureza:
Vocês descerão em abundância em toda a Terra,
pois são os alimentos primordiais para as plantas;
ajudarão limpar a atmosfera terrestre;
darão banhos nos animais silvestres
e naqueles bichos coitadinhos que foram abandonados
pelos cada vez mais desumanos os humanos.

Vocês, gotas d’água, minhas queridas, farão
a farra das crianças ao se transformarem em enxurradas;
elas quererão sentir vocês tocar-lhes os pés.
vocês serão consideradas mares, pois conduzirão
os barcos de papéis que elas irão alegremente fazer.
Coitados dos goleiros! vocês tornarão a bola um quiabo
e ela e as mãos dos goleiros terão o seguinte relacionamento:
“belém-belém nunca mais ficaremos de bem”.

Agora quero pedir encarecidamente a vocês
para tomarem muito cuidado àqueles locais
onde o esgoto corre a céu aberto,
que são considerados zonas de risco;
porque em vocês serão imputadas todas as culpas
oriundas do desleixo e/ou falta de educação
desses que são seres de cabeças duras: a espécie humana.

Caso tenham cumprido com sucessos suas missões
deixem no céu a marca de suas felicidades: um belo arco-íris.

O FILHO DA POETISA

QUENTE OU FRIO?!


Meu rei, você quer seu vatapá quente ou frio?
O Minerim aqui esqueceu que estava na Bahia:
- Quero quente, sô! Comida fria, não aprecio!
Quem disse que comer vatapá eu conseguia?!

Parece que deixaram o vidro de pimenta vazio,
Despejando sim tudo na minha deliciosa iguaria;
Cada dentada que dava causava enorme arrepio
Na alma, pois você não tem noção de quanto ardia

Minha boca. Não quis bancar herói, quiçá teimoso.
Eu queria mesmo é que passasse o terrível ardume
E que pudesse comer algum trem mais saboroso.

Jamais em minha vida sonhei em ser um dragão,
De soltar labaredas pela boca em grande volume,
Colocando em risco, sem querer, toda população.

O FILHO DA POETISA

quinta-feira, 28 de junho de 2012

FOGUEIRA DE SÃO JOÃO



Durante a festa de São João
Que acontecia lá numa roça
contudo por minha distração
Acabei sendo alvo de troça.

Eu calculei meu pulo errado
Caí sentado numa fogueira
Receoso de haver queimado
Bem fundilho, saí em carreira


Caçando água desembestado
Pra não ter o bumbum tostado
Muito nessa fatídica brincadeira.

Primeiro rio que foi encontrado
Por mim atirei-me com ar aliviado
Naquela imensa e natural banheira.

Depois sentir o perigo eliminado
Voltei com meu espírito preparado
Á gozação que terei à noite inteira.

O FILHO DA POETISA

AULA DE MÚSICA


Meu amigo, o que você quer comigo? Pode falar?
Sabe, querido amigo, gostaria de aprender tocar violão...
Ah, se não for importuná-lo, queria aprender a cantar.
Claro, ensinar-lhe essas duas coisas será para mim uma satisfação.

Não vamos perder tempo. Vamos já com dó.
Que isso, amigo! Por que você está com dó de mim?
Acha que não vou aprender? Que sou um bocó?
Ou o seu dó é para me dizer que não está a fim?

Nada disso, meu amigo! Você está equivocado!
Dó é o nome da nota musical que vamos aprender!
Ah! Tá certo! Esta nota dó equivale a quanto no real?
Nada disso meu amigo! Preste atenção na hora de responder.

Nota é o elemento mínimo do som que na música é produzido.
Agora altura desta como foi originado recebe o nome de tom.
Quando disse vamos já para o dó, deixo aqui esclarecido
Que é o nome da altura que vamos atingir desse som.

Entendi! Sabe, há uma música que adoraria cantar e tocar... sabe qual é?
É de um conjunto chamado Biquini Cavadão. O nome dela é Tédio...
Conheço bem essa música! Vou cantá-la. Me dá um ré.
Que isso, amigo! Eu não sou carro para ter marcha ré? Não há remédio...

Quando penso você está entendo, me vem com uma pergunta dessa, amigo!
Ré é o nome de outra nota musical. Essa pergunta me deu vontade de pular do prédio,
Olha que estamos no oitavo andar... Calma! Não faça isso! Tenha paciência comigo!
Você me pediu um ré. Vai querer um ré maior, re menor ou ré médio?

Amigo, você está me dando muita dor de cabeça. Vai querer um remédio?
Em termos de música só existe ré maior e ré menor. Aproveite me traga um calmante aí!
Novamente perdão pela minha ignorância musical, só sairei dela pelo seu intermédio.
Vamos lá! O tom ré está baixo. Aumente um tom. Vá para mi...

Meu amigo, me desculpe! Você acaba de cometer um erro de português.
Você deveria dizer corretamente : aumente um tom, vá, para mim!...
Paciência tem limite! Acho que vou jogar a toalha de uma vez...
Não faça isso, lhe imploro! Ensina música para esse burro que se alimenta de capim!

Tá bom! Tá bom! Vou tentar novamente em nome da nossa amizade!
Amigão! Sei que pra está difícil, mas saiba que estou me esforçando pra daná!
Não posso negar o seu esforço! Voltemos a nossa musical realidade!
Me diga com convicção o que é fá?

Fá é a redução de nomes que começam com esta sílaba como Fátima, Fabiana,
Fabrício e por aí vai. Quem fala e/ou escreve assim são as mulheres. Acertei?!
Ó meu pai, eu mereço! De onde rapaz você tirou uma resposta tão profana!
Se eu lhe perguntar sobre sol você me dirá que é uma estrela! E não é? É isso que eu sei!

Vou lhe decepcionar, visto que lá, na música, não é um advérbio que dá ideia de lugar,
E que si, na música, não é um pronome oblíquo ou um conectivo que indica condição.
Para não perdê-lo como amigo, vou encerrar a aula de música; mas vou lhe indicar
Uns livro pra ler. Na próxima aula você me dará respostas inteligentes para essa arguição.

O FILHO DA POETISA

quinta-feira, 7 de junho de 2012

ESSA CAUDA É MINHA?!


Por que o cachorro cheira o rabo um do outro?
Alguém sabe explicar?
Não sou contador de estórias e sim poeta,

mas tentarei se você não importar...

Antes de o homem habitar a terra,
houve uma festança de arromba no céu.
Os convidados para esta celebração seriam
os nossos melhores amigos: os caninos.
Todos os cachorros aceitarem o convite e
foram animados à festa em trajes finos.
O lugar ficou cheio. Para se ter uma ideia real,
não cabia nem uma folha de papel.

São Pedro com medo de que houvesse confusão, pois toda hora o rabo esbarrava num,
Pediu que cada cachorro tirasse o rabo e o coloca-se no cabideiro que havia ali num canto;
Assim todos poderiam dançar. Um não incomodaria o outro, nem o outro incomodaria um,
Já que sobraria muito espaço, contudo a festa cumpriria o desejo de ser um evento e tanto.

Auauauauauau, disse um cachorro para o outro. Traduzindo: o negócio aqui está muito bom!
Os comes e bebes estavam divinos. As cadelas eram cada uma mais bonita que a outra, porém
Os cachorros estavam achando a música baixa. Resolveram pô- la no último volume do som.
São Pedro apavorado pediu pra abaixarem a música. Ela estava tão alta, tão alta, que ninguém

Conseguia ouvir o santo. Só desligaram o som da música quando ouviram um terrível trovão.
Aproveitando o silêncio, São Pedro grita novamente ainda mais aterrorizado: Cachorrada!
Acabamos de acordar o Papai do Céu! Acabou a festa! Não percam tempo! Vão embora, Vão!
O Senhor não pode encontrar vocês aqui e nem tão pouco saber que uma festa fora realizada

Aqui. Assombrado com a notícia, os cães foram ao cabideiro e com as patas pegaram o rabo.
Todavia nem tiveram tempo de reparem se a cauda que estavam pegando era mesma deles
Ou de terceiros. Os animais caninos queriam era sair dali. Um Deus irado é pior do que diabo.
Eles correriam riscos de serem atirados ao inferno e sentir o tridente do demo em suas peles.

Nesse dia e hora, quem olhasse para o céu pensaria que estava chovendo cão de toda raça.
Por que São Pedro não cancelou a festa, já que o Pai eterno tava dormindo profundamente?
Ou então antes de começar a festa, justificar o porquê da música baixa, a fim de que desgraça
Alguma caísse sobre nós, trocando o nosso sentimento duma hora pra outra tão rapidamente.

A partir desse acontecimento, todos os cachorros quando se encontram, em qualquer lugar,
Ficam cheirando o rabo do outro para certificarem se não aconteceu mesmo nenhuma troca
Oriunda daquele fatídico dia. Se as nossas caudas foram trocadas, vamos de fato destrocar,
Uma vez que ninguém quererá a cauda do outro, pois agir como ser egoísta muito nos choca.
O FILHO DA POETISA

domingo, 27 de maio de 2012

INSOLAÇÃO


Por que eu não ouvi o conselho
Dado sabiamente pelo meu pai?!
Agora estou totalmente vermelho
E se algo me encosta digo ai, ui, ai!

Meu filho - escuta aqui o seu “velho”-
Estou vendo que pro clube você vai,
Será de sua parte um destrambelho
Se não levar o protetor solar, uai!

Estou agora cheio de não me toque,
O que me esbarra parece um choque,
Acompanhado duma forte queimação.

Agora um desconforto em mim recai,
Da minha boca só gemido de dor sai.
Meu Deus! Que horrível ter insolação!

O FILHO DA POETISA

O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO CRESCER?


Uma pergunta que minha paciência esgota
Por eu considerá-la completamente idiota
E que me deixa sem vontade de responder:
- Menino, o que você vai ser quando crescer?
Respondo à gente grande com um ar inculto:
- É óbvio que vou ser um adulto!

O FILHO DA POETISA

terça-feira, 22 de maio de 2012

A FADA DOS DENTES


Mãe, meu dente está bambinho!
Acho que não vai demorar sair!
Então faça o seguinte, filhinho,
Antes de deitar na cama e dormir

Vê se consegue extrair o seu dente
E colocá-lo embaixo do travesseiro
Assim uma fada deixará um presente
Ou então uma quantia em dinheiro.

Mãe, essa estória já está ficando legal...
Existe sim uma fada no mundo encantado
Que recolhe o dente que de modo natural
Foi simplesmente do céu da boca descolado.

A Fada dos Dentes - é assim que ela se chama -
aparece pé ante pé, em plena madrugada,
Aproxima cuidadosamente da nossa cama
Pega o dente e através de um gesto camarada,

Deixa-nos um presente ou uma moeda.
O presente é caro? A moeda é de ouro?
Essa ideia de grandeza, meu filho, arreda.
O presente é singelo e a moeda, tesouro,

É mesmo do valor do sistema financeiro local.
Essa estória tava boa demais para o meu gosto!
Se entendi, a fada colocará uma moeda de um real
Ou deixará uma simples lembrancinha (que desgosto)

Debaixo do meu travesseiro na troca pelo meu dente.
Que coisa ridícula! Tanta confusão pra dar em nada!
Á minha vida custa acontecer algo de tão diferente
E quando acontece, recebo visita de uma sovina fada.

Mãe, Por que a ridícula fada recolhe os dentes das crianças?
A Fada dos Dentes impede que os dentes possam parar
Nas mãos duma bruxa e vire ingredientes de pujanças
Nas mais terríveis feitiçaria que alguém possa imaginar.

Mãe, tenho muitos dentes de leite ainda que vão sair.
Como esse é o primeiro, vou negociar com a fada.
Eu vou pra cama, vou fazer de conta que vou dormir...
A Fada dos Dentes hoje vai ter uma surpresa danada...

O menino coloca o seu dente no bolso do pijama.
Não aquenta esperar a fada e cai num forte sono.
A Fada dos Dentes triste deixa um bilhete na cama
Do garoto. Fique com seu dente. Avareza, não abono.

O FILHO DA POETISA

domingo, 20 de maio de 2012

SUJEIRA INDESEJADA


Droga! Quem transformou o a rua num banheiro?
Distraidamente acabo de pisar numa fezes de animal.
Em termos de simpatia é sinônimo de atrair dinheiro,
Mas não poderia este vir a mim de outro modo mais legal?

Agora estou aqui contrariado, com o tênis sujo e fétido;
Vou ter que retornar à minha casa e trocar de calçado.
O pior é que mamãe irá me xingar por andar distraído
E não olhar para o chão no caminho que havia andado.

Poxa! Por que as pessoas não fazem seu papel de cidadãs?
Manter ruas e passeios de suas casas limpas é sinal de cidadania,
Mostrar que nós somos asseados e garantir que todas as manhãs

Possamos sair de casa sem correr o risco de ficarmos atrasado
Para cumprir nossos compromissos em mais um corrido dia.
Grana não tenho, apenas sim um tênis com tal sujo indesejado.

O FILHO DA POETISA

quinta-feira, 3 de maio de 2012

COISINHA VERDE? III

Lourinho, a ideia de ter namorada, gostei,
Afinal o sexo feminino enfeita o nosso viver;
Considerar-me seu inimigo jamais pensei
Eu disse só verdade, não há o que esconder.

Claro que entre nós existem muitas diferenças
Você é uma ave do mundo real você mesmo atesta
Suas palavras ácidas não me soam como ofensas,
Pois não guardo dentro de mim nada que não presta.

Você é que invadiu o meu mágico espaço virtual
E não o contrário. Acredito que você foi expulso
Do seu poleiro pelas rolinhas que com forte pulso,

foram desonestas com você. Agiram de modo ilegal,
Em grupo. Quando seus amigos vieram socorrê-lo
Ao invés de deitar as penas você deitou foi o cabelo.

O FILHO DA POETISA

A AVÓ DA CHAPEUZINHO E O LOBO MAU


Vovozinha! Vovozinha! Abra a porta!
Quem bate é Chapeuzinho vermelho!
Trouxe-lhe uma cesta com bolo, torta;
Pra livrá-la do mal até um pé de coelho.

Ao abrir a porta e pela sua expressão facial,
A frágil vovozinha tem uma terrível surpresa,
Pois quem lhe batera a porta era o lobo mau
Que imitava sua netinha com total destreza.

Por favor! Não me pergunte, vovozinha, nada!
E tão pouco grite! Você será por mim devorada
Logo em seguida sua neta lhe fará companhia.

Lobo Mau, se você está com uma fome danada
Não desperdice o seu paladar comigo, acredite
Senta-se que lhe ponho a mesa e bom apetite.

O FILHO DA POETISA

COISINHA VERDE? - PARTE II

Primeiramente, louro, não lhe chamei de feio
Nem tão pouco eu falei a respeito do seu lar
Chamei sim você de velho sem algum receio
Pois é uma verdade que é dita só de lhe olhar.

Que você está caduco também eu afirmei
Visto que a sua dona Dionéa já me falou
O fato de você ser um rapagão jamais direi
E que você tem energia pra gastar, piorou.

Nada foi dito para lhe magoar. Não tenho
E nunca tive tal intenção. Logo mantenho
O que disse sem tirar uma vírgula se quer

Tudo que disse foi a mais pura verdade.
Quanto a você, lourinho, vir me ameaçar,
É caso polícial. Farei um B.O., pode deixar.

O FILHO DA POETISA

quarta-feira, 2 de maio de 2012

PAPO VAMPIRESCO


Drácula, qual é a razão de tanta careta?
É porque acabo de sugar um sangue
De um ser humano que vive de dieta,
Suguei aquele líquido bem exangue.

Aquele sangue sem colesterol algum
Triglicéride também nele não existe
Açúcar nesse sangue de jeito nenhum
Parece que não me alimentei. É triste...

Já que estou com a sensação de não saciado
Quero pedir a você que está lendo um favor:
Doe-me o seu pescocinho, meu querido leitor;

Cumpra-se aquilo que está escrito no livro sagrado:
Dai de comer quem tem fome e beber quem tem sede
Dê-me a sua jugular e cumpra já o que o Pai lhe pede.

O FILHO DA POETISA

domingo, 29 de abril de 2012

COISINHA VERDE?

Dona Dionéa, é com muito custo
Que eu estou agora recuperado
Pois levei um tremendo susto
Com o seu presente dado.

Até eu agora ainda ajusto
Meu interior desequilibrado
Era um pássaro bem robusto
Que me fora por você enviado.

Coisinha verde? Que nada!
Um papagaio verde, velho,
Caduco, puro destrambelho.

Minha alma está descansada
Pois papagaio não come inseto
Já que fruta é seu prato predileto.

O FILHO DA POETISA