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O ASTRO

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APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

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Não, não vou sair daqui...

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sábado, 13 de agosto de 2011

CONFISSÕES DE UMA BRUXA

Para padrão humano sou um ser felizmente muito feio.
Tenho um nariz bem comprido com uma berruga no meio;
os meus cabelos, qualquer escova aceita o desafio de penteá-los
e será digna de uma de uma medalha aquela que conseguir desembaraçá-los.
Há meio século que não escovo os meus escassos dentes
para meu mau hálito halitose é elogio, pois ele merece outros nomes bem feios e diferentes.

Minha pele é mais enrugada do que a pele de um elefante
e a minha figura é de uma pessoa muito horripilante.
Meu chapéu é preto e tem a forma de um cone;
meus seios e bumbum são flácidos, mas não coloco silicone
Porque o meu conceito de beleza é simplesmente a feiúra,
qualquer coisa que não seja isso é sim excesso de frescura!
Meu vestido, sem um corte perfeito, é uma negra mortalha
E minha voz é tão melodiosa como a de uma cantante gralha.
Minhas unhas são cumpridas e os dedos longos;
Como os cientistas experimento as minhas bruxarias em camundongos.

Meu livro preferido é o de São Cipriano de Capa Preta
Meu mestre é aquele que é temido por todos, o capeta.
Uma vassoura mágica de palha é o meu confortável transporte
e a minha felicidade é disseminar para todo mundo a má sorte.
Meu caldeirão é enorme e pelo fogo das lenhas empretecido;
minhas magias negras causam à humanidade terror e alarido.

Tenho comigo os seguintes inimigos terríveis e mortais:
Os cristãos,por motivos óbvios, e o Grilo Falante; segundo os meus anais.
Essa pequena criatura destruiu a minha amiga, a Madrasta da Branca de Neve,
além de derrotar a feiticeira e bruxa Circe da mitologia grega. Como se atreve!
Num dia em que eu botar as minhas mãos nesse pequenino e insolente inseto
transformá-lo-ei numa deliciosa comida, consoante o meu livro de receita predileto.

O FILHO DA POETISA

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