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O ASTRO

O ASTRO

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APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

Não, não vou sair daqui...

Não, não vou sair daqui...

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sábado, 13 de agosto de 2011

“ZERO DOIS”


De repente senti uma baita contração
acompanhada de uma gostosa sensação.
A portinha do fundo começou a abrir
e de lá grossas massas começaram a sair,
na mesma hora a torneirinha da frente começou a jorrar
água tão salgada quanto aquela que existe no mar.

No princípio achei tudo bem agradável,
mas agora sinto-me muito desconfortável.
Estou completamente encharcado,
o local das minhas partes íntimas ficando assado,
concomitantemente vem um terrível aroma
que se continuar por muito tempo me levará ao coma.

Sou tão pequenino que não sei falar enfim,
todavia alguém precisa tirar esse desconforto de mim...
Ah, já sei! Há sempre uma mesma adulta adorável por perto
que se eu me manifestar virá rapidamente por certo,
assim que perceber que existe comigo algo de errado
e não sossegará enquanto não me ver do mal aliviado.

Creio que já disse que não sei ainda falar,
contudo sei chamar a atenção da adulta. Como? Vou berrar.
Contagem regressiva: três, dois, um, já!
Buaaá, buaaá, buaaá, buaaá, buaaá, buaaá...
Mamãe pode saber por que chora o meu pinguinho de gente?
sentindo o fedor do bebê, não há duvida: preciso trocar a sua fralda imediatamente!

O FILHO DA POETISA

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