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O ASTRO

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APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

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Não, não vou sair daqui...

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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O DEUS DO VENTO


Varria com obstinação o meu terreiro
Já havia juntado num cantinho o lixo
Um vento fresco, todavia desordeiro
Transformou-me num feroz bicho;

Pois esse vento espalhou por inteiro
O lixo no terreiro limpo com capricho.
Diante desta bagunça fiquei grosseiro
Palavrões terríveis fizeram seu nicho

Na minha boquinha que é nada santa.
Eolo ouve meu xingatório, se espanta:
Um mero mortal ofender sua criatura.

Humano mal agradecido! Grande boçal!
Para refrescá-lo enviarei um vendaval
E converter a sua insolência em agrura.

O FILHO DA POETISA

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