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O ASTRO

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APOLINÁRIA, A BORBOLETA AMANTE

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Não, não vou sair daqui...

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quinta-feira, 22 de março de 2012

O BOM VELHINHO



Buáááááááááááááá buáááááááááááááá!
Menino, posso saber o quê que há?
Qual o motivo que você está chorando?
Estou assim porque o natal está chegando.
Não estou entendendo? Ficam contentes
Todos nessa data. ... eh! Só que quem ficará sem presentes
Sou eu, inclusive já perdi até a esperança
Porque neste ano não fui uma boa criança...

Meu pai já me prometeu uma boa sova.
Não chamei os meus avôs de Vó e Vô e sim de pés na cova.
Minha mãe já nem tem mais paciência comigo,
Só d’eu abrir a boca, já vai me colocando de castigo.
Se benze toda ao ouvir meu nome a chata da vizinha
E diz prá todo mundo que não sou garoto e sim capetinha.
Posei sempre de vítima diante do meu irmão mais velho
Só pros meus pais lhe darem bronca e de tanta raiva ficar vermelho.
Estive sempre cutucando a minha irmã caçula
Deixando a maninha constantemente fula.
Lá em casa os bichinhos de estimação
Devem me considerar uma terrível assombração,
Pois eles se escondem, não sei aonde, ao me verem
E é só sentir a minha ausência para eles aparecerem.

Estou triste porque já sei dessa estória o final:
Ficarei sem nenhum presente de natal.
Já chorei que tinha de chorar. Lagrimas já nem tenho mais...
Enquanto eu peço ao senhor desculpas por alugar os seus ouvidos
E com certeza falar um monte de bobagens sem sentidos
Agradeço também ao senhor por ter me dado atenção e carinho
Apesar da idade, o senhor até que é um bom velhinho...

Uma coisa que gostei na sua fala ; é que você usou os verbos no passado
Isso quer disser que o presente, assim como o futuro, pode ser mudado
Portanto vou lhe dar um grande voto de confiança
Se você me prometer de agora em diante que será uma boa criança
Garanto-lhe que você não ficará nesse natal sem o presente seu
Sem querer você acertou: sou o Bom Velhinho, também chamado de Papai Noel.


O FILHO DA POETISA

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